ESTRATÉGIAS QUE INFLUENCIAM A ADESÃO AO TRATAMENTO DA OBESIDADE: SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA
CORREIA, Bruno Luiz Lage 1
Acadêmico de Medicina 3º Período.
Faculdade Metropolitana de São Carlos (FAMESC).
GAMA, Luccas 2
Acadêmico de Medicina 2º Período.
Faculdade Metropolitana de São Carlos (FAMESC).
CARDOSO, Matheus Oliveira 3
Acadêmico de Medicina 2º Período.
Faculdade Metropolitana de São Carlos (FAMESC).
matheusCardoso.360@hotmail.com
ISTOE, Carolina Crespo
Professora na Faculdade Metropolitana São Carlos
ANDRADE, Claudia Caixeta Franco
Professora na Faculdade Metropolitana São Carlos
INTRODUÇÃO
A obesidade tem atingido um patamar cada vez mais elevado no Brasil (PINHEIRO; FREITAS; CORSO, 2004), principalmente na população adulta, resultando em um desafio cada vez maior para os profissionais da área de saúde; Dessa forma, necessita-se de intervenção para que esse problema não avance mais na sociedade. Diante disso, propõe-se realizar um estudo bibliográfico que permita encontrar a melhor estratégia terapêutica que influencie a adesão ao tratamento do paciente obeso. Assim, melhorar a qualidade de vida do individuo, prevenindo futuras complicações.
Nesse estudo, observam-se fatores fisiopatológicos da obesidade, em especial na população economicamente ativa, tal preocupação deve-se ao fato do alerta mais recente do Ministério da Saúde (BRASIL, 2020), onde 55,7% da população adulta encontra-se com o peso excedente; Em suma, os profissionais da saúde devem assumir o protagonismo assistencial, promovendo estratégias de informação, prevenção e tratamento dessa desordem nutricional.
Estudos na população vêm destacando problemas individuais no agravamento do problema e a postura do paciente referente ao tratamento, dessa forma é preciso que se avance em campanhas de conscientização em relação à nutrição de qualidade e praticas regulares de atividades físicas (ABRANTES; LAMOUNIER; COLOSIMO, 2002).
Portanto, seria interessante que houvesse a possibilidade da criação de um protocolo assistencial multidisciplinar, envolvendo o setor público e privado com a finalidade de ampliação das possibilidades terapêuticas para a população com maior risco para obesidade. Nesse sentido, governos e empresas devem investir e criar ações que possibilite adequar à realidade de cada paciente; Somente assim construiremos uma rede eficiente de cuidados e melhorias da qualidade de vida.
MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de síntese de literatura, com resumos de artigos, onde, foi feita uma revisão por meio da ferramenta Publish or Perish (software que analisa trabalhos acadêmicos através de bibliotecas virtuais como, Scielo, Google Scholar e Pubmed) no dia 11 de setembro de 2020, utilizando as palavras chaves com busca booleana com os operadores AND obesidade OR síndrome metabólica OR tratamento e prevenção OR revisão de literatura. Os artigos selecionados foram os com maior relevância em relação ao tema: Estratégias que influenciam a adesão ao tratamento da obesidade: Síntese bibliográfica. Foi utilizada também como critério a eliminação dos artigos de menor relevância em relação ao tema. As informações foram revisadas através de artigos de grande relevância para a comunidade acadêmica.
DESENVOLVIMENTO
Ao examinar alguns estudos, pode-se observar a realização analítica da relação entre obesidade e excesso de gordura abdominal no desenvolvimento de acidente vascular cerebral (AVC) pesquisada em periódicos e documentos eletrônicos encontrados em sites especializados como Scielo, pubmed, NCBI, Biomed central e dados da OMS/WHO. Diante disso, vale ressaltar que, o mecanismo comum encontrado na base de dados das avaliações apresentadas para confirmar a desordem supracitada, foi o IMC (Índice de Massa Corporal), entretanto, o autor relatou que tal avaliação é considerada imprecisa, por não quantificar a adiposidade corporal total (MOURA, 2017). Dessa forma, o estudo demonstrou que um bom e simples marcador de acúmulo de gordura abdominal é a circunferência abdominal, pelo fato da mesma mostrar uma melhor correlação do risco de doenças com o acúmulo de gordura abdominal. Por fim, entendeu-se que o melhor seria maiores aprofundamento em pesquisas sobre temática abord.
Em relevância, buscou-se atualizar cientificamente, condições semelhantes que abordassem todo o contexto relacionado à obesidade, outras comorbidades que se relacionam com a elevação da massa corpórea, e terapias que reduzam o armazenamento de lipídeos no corpo humano (FRANCISCHI et al., 2000). Concluiu-se que prevenir seja a melhor solução para o tratamento da obesidade, e umas das formas eficientes, seria, a redução de embargos empresariais para as organizações que incentivassem o seu corpo laboral à mudança de estilo de vida.
Com o objetivo de caracterizar uma amostra de portadores de diabetes mellitus tipo 2, no interior do Rio Grande do Sul, foi avaliada a frequência dos desfechos de síndrome metabólica e de complicações cardiovasculares. Neste estudo transversal, foram analisados prontuários de 341 pacientes, onde a prevalência de síndrome metabólica foi de 53% (IC95 47-59), tendo uma diferença significativa para idade e frequência de consultas na Atenção Primária de Saúde. Já a prevalência de doenças cardiovasculares foi de 22% (IC95 18-27), tendo diferença significativa com relação ao sexo, idade, tempo de diagnóstico e frequência de consultas na Atenção Primária de Saúde (BERTUZZI, 2019). Conclui-se que a amostra apresentou características semelhantes às verificadas em outros, sendo observado que a frequência das complicações estudadas é inversamente proporcional à frequência de acompanhamento na Atenção Primária de Saúde.
Estudo feito com base em bibliotecas virtuais entre 2010 e 2019, pode identificar que alimentos podem ajudar a regular as citocinas pró-inflamatória, pois eles atuam inibindo mediadores como fator nuclear Kappa ? e catecol-o-metiltransferase, diminuindo marcadores inflamatórios como fator de necrose tumoral ? e as interleucinas (1, 2, 6, 8, e 12) (OLIVEIRA et al., 2020). Além disso, ter total conhecimento das propriedades funcionais dos alimentos ajuda o profissional da saúde a elaborar soluções para a prevenção e o tratamento da obesidade. Portanto, parece correto afirmar que, uma boa alimentação é um fator extremamente importante para combater a obesidade.
Logo, foram identificados com mais destaque nos artigos encontrados, três importantes fatores de risco que incidem diretamente na obesidade; sedentarismo, distúrbios metabólicos e compulsão alimentar; sendo esses responsáveis por aumentarem o risco de outras comorbidades como diabetes, doenças coronarianas, dislipidemia, depressão, câncer, hipotireodismo, hipertenção (OLIVEIRA et al., 2020). Também chamou atenção a proposta de redução de impostos para as empresas como incentivo de melhoria da qualidade de vida dos funcionários (FRANCISCHI et al., 2000). Para um melhor estudo e compreensão, os fatores citados serão discutidos individualmente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, pode-se concluir que ainda não há um consenso nas literaturas sobre uma única forma de tratar o paciente obeso, devido a sua característica multifatorial. Diante disso, deve-se pensar nesta doença de forma global e talvez envolvendo grandes entidades na área da saúde como o poder público e privado. Tais iniciativas parecem no mínimo razoáveis, dado a sua grande importância no contexto nacional e mundial. Portanto, faz-se necessário maior aprofundamento sobre estratégias que possam tratar individualmente cada perfil de paciente e assim, contribuir de forma assertiva para a melhora dos marcadores epidemiológicos e principalmente, incentivar, não somente os pacientes com grande risco para os distúrbios metabólicos, mas também aqueles com sobrepeso e possibilidade de elevar seu indicie de adiposidade corporal.
REFERENCIAS
ABRANTES, M. M.; LAMOUNIER, J. A.; COLOSIMO, E. A. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes das regiões Sudeste e Nordeste. Jornal de Pediatria, v. 78, n. 4, p. 335–340, 2002.
BERTUZZI, S. Z. UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS DE PASSO FUNDO CURSO DE MEDICINA. p. 59, 2019.
FRANCISCHI, R. P. P. DE et al. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Revista de Nutrição, v. 13, n. 1, p. 17–28, abr. 2000.
MOURA, J. A. OBESIDADE E GORDURA VISCERAL COMO CAUSAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Semana de Pesquisa do Centro Universitário Tiradentes - SEMPESq - Alagoas, v. 0, n. 5, 2017.
OLIVEIRA, C. B. C. DE et al. Obesidade: inflamação e compostos bioativos. Journal of Health & Biological Sciences, v. 8, n. 1, p. 1–5, 3 jan. 2020.
PINHEIRO, A. R. DE O.; FREITAS, S. F. T. DE; CORSO, A. C. T. Uma abordagem epidemiológica da obesidade. Revista de Nutrição, v. 17, n. 4, p. 523–533, dez. 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Metade dos brasileiros está acima do peso e 20% dos adultos estão obesos. Brasília, DF, 2020. Acessado em 11 de set 2020. https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46485-mais-da-metade-dos-brasileiros-esta-acima-do-peso
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