CONTROLE ALIMENTÍCIO E FARMACÊUTICO DE DESENVOLVIMENTO DE CASOS DE DIABETES MELLITUS TIPO 2
Daniel Alexander Milholo Robles, Emilly Fernandes Medina, Laura Campos Blanc, Livia Mattos Martins, Carolina Crespo Istoe
Ciências da Saúde
Vídeos
Diabetes; controle; alimentação
Carolina Crespo Istoe; Livia Mattos Martins
10/09/2020 até 14/10/2020
CONTROLE ALIMENTÍCIO E FARMACÊUTICO DE DESENVOLVIMENTO DE CASOS DE DIABETES MELLITUS TIPO 2
INTRODUÇÃO
O século XXI é um período marcado pela constante busca pela otimização do tempo, de maneira a agilizar os processos do dia a dia que seriam mais demorados, como por exemplo, a alimentação. As pessoas muitas vezes não têm tempo durante o dia para cozinhar pratos completos, fato que as obriga muitas das vezes a recorrer a produtos industrializados em busca de saciedade, produtos estes que contém, em sua grande maioria, quantidades abusivas de glicose, que podem gerar casos de hiperglicemia, ou seja, o aumento descomunal do açúcar no sangue.
Este fenômeno acontece principalmente quando o nível de insulina produzido no pâncreas está inferior ao necessário. Isso, aliado a um quadro de sedentarismo, pode desencadear diabetes de tipo 2, uma das doenças que mais tem crescido e despertado preocupação por parte dos profissionais da saúde.
A diabetes mellitus tipo 2 consiste em 90% (noventa por cento) dos casos de diabetes registrados no último século, aparecendo de forma predominante em adultos com mais de 30 anos, mas também pode afetar crianças. Esta doença surge quando o organismo não consegue usar de forma correta a insulina que produz, ou então o organismo não fabrica hormônios suficientes para conseguir controlar glicemia (PIMAZONI-NETTO, online, 2016). Com a aquisição de bons hábitos alimentares, principalmente durante a infância, pode-se evitar o surgimento de tal patologia. Os maus hábitos alimentares geram uma grande propensão ao surgimento da diabetes, visto que causa um desequilíbrio dos macronutrientes voltados á gordura, gerando um mal funcionamento hormonal
Várias são as formas de incentivar os mais jovens a se alimentarem da maneira correta. Uma das formas mais eficazes de se alcançar este objetivo é através dos bons exemplos dos pais, pois as crianças se espelham nos adultos, o que influencia diretamente na aquisição de traços comportamentais e hábitos.
Além disso, o acompanhamento nutricional também é outro meio eficiente de alcance de uma alimentação saudável, pois um profissional especializado irá orientar seu paciente, e montar uma dieta voltada às necessidades dele, regulando a quantidade de gorduras e carboidratos, de maneira promover o melhor desenvolvimento possível, diminuindo assim as chances de adquirir hiperglicemia e obesidade precoce. Outro fator de prevenção à diabetes tipo 2 é a prática de exercícios físicos, que expõe as células musculares a um trabalho que desencadeia na captação de glicose, independentemente de insulina.
Ademais, os medicamentos também são grandes aliados no tratamento das patologias hiperglicêmicas. Os mais comuns para pacientes diabéticos sensibilizadores da ação de insulina (metformina, tiazolidinedionas), anti-hiperglicemiantes (acarbose), secretagogos (sulfoniluréias, repaglinida, nateglinida), drogas anti-obesidade e/ou insulina. (ARAUJO et al., online, 2000)
Infere-se, portanto, que para controlar a diabetes de tipo 2, é necessário a conciliação entre os três fatores: alimentação, exercícios físicos e a medicação adequada. Por tal motivo, o trabalho proposto irá analisar de forma breve os impactos da introdução de hábitos saudáveis na infância na prevenção de doenças hiperglicêmicas.
MATERIAL E MÉTODO
Em face ao exposto, o intuito do trabalho foi de conhecer e caracterizar a gênese que concebe os empecilhos que ocorrem nas práticas alimentares de pessoas com diabetes mellitus tipo 2. Utilizou-se o método de pesquisa bibliográfica e documental, através da Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO) e sites especializados no assunto (diabetes.org.br; saude.novartis.com.br) tendo como palavra-chave hiperglicemia, delimitando o período de tempo entre os anos 2000 a 2020, excluindo os autores estrangeiros, por meio de revisões sistemáticas literárias, que forneceram, por fim, diversas ferramentas sobre essa barreira enfrentada na área da saúde
DESENVOLVIMENTO
A hiperglicemia é o desequilíbrio de níveis elevados de açúcar (glicose) no sangue, podendo ser causada pelo excesso de alimentação, falta de exercício ou, falta de insulina, podendo evoluir ao longo do curso de um dia ou vários dias. A insuficiência de insulina pode ser ocasionada de duas formas: por falta de produção do hormônio ou simplesmente ele não passa a desenvolver sua função corretamente. Essas duas situações são responsáveis pelo surgimento da enfermidade hiperglicêmica: a diabetes mellitus. (NETTO, online, 2016).
A Diabetes Mellitus tipo 2 é uma enfermidade hiperglicêmica que surge devido a incidência de uma má alimentação, bem como está diretamente ligada ao excesso de peso (sobrepeso e obesidade). Este termo descreve uma desordem metabólica de múltipla etiologia, caracterizado por hiperglicemia crônica decorrente de defeitos na secreção e/ou ação da insulina. Durante a ingestão de grandes fontes de carboidrato, como os açúcares, por exemplo, ocorre uma alta produção pancreática de insulina – que é o hormônio responsável pela absorção celular dos açúcares. (VIABONI, 2014).
Quando há uma grande e constante solicitação pancreática desse mecanismo, a insulina vai sendo cada vez menos produzida, então acontece a resistência insulínica, que grande parte das vezes começa por conta da obesidade, pelo fato de dificultar todo o processo pancreático responsável por metabolizar os carboidratos (açúcares) ingeridos, fazendo com que os açúcares consumidos se concentrem na corrente sanguínea, acarretando uma hiperglicemia. Por conta disso se dá a importância de uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas regulares, basta inserir estes hábitos na rotina que as chances de desenvolvimento da doença diminuem significativamente (VIABONI, 2014).
Já na Diabetes tipo 1 se faz necessária a administração de insulina por meio de injeções na pele com seringas, canetas e bombas, consistindo em um cateter indolor interligado com o corpo e um pequeno aparelho que quando programado, introduz a insulina na hora necessária. Pode ter origem por herança genética ou fatores ambientais, como por exemplo, as infecções virais. (MINICUCCI, online, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho tem como escopo a análise da Diabetes tipo 2, uma enfermidade hiperglicêmica que ocorre devido á falhas na produção de insulina pelo organismo. Esta doença causa um déficit de absorção da glicose, afetando o funcionamento do organismo enfermo.
A doença pode surgir devida á má alimentação, obesidade e falta de atividades físicas, causando uma desordem metabólica, portanto o desenvolvimento de hábitos saudáveis faz com que os riscos de acometimento da Diabetes tipo 2 sejam reduzidos. Estes hábitos devem ser introduzidos desde a infância, para que assim haja uma maior eficácia na prevenção, uma vez que, durante o período da infância o organismo encontra-se em desenvolvimento e, a alimentação saudável, com baixo índice de açúcares e gorduras propicia que este organismo se desenvolva de forma plena e com pequenas chances de proliferação da disfunção.
Além da mudança de hábitos, outra forma de tratamento consiste em ministrar a aplicação de medicamentos farmacêuticos para controle da disfunção hiperglicêmica, que é feito através da ingestão de insulina, ministrada através de um acompanhamento médico. Estes medicamentos são fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita, dando á todos àqueles que necessitam possibilidade de tratamento e controle da doença.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Leila Maria Batista; BRITTO, Maria M. dos Santos; PORTO DA CRUZ, Thomaz R. Tratamento do diabetes mellitus do tipo 2: novas opções. Arq. Bras. Endocrino. lMetab. São Paulo, v. 44, n. 6, p. 509-518, Dec. 2000. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302000000600011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em15 de setembro de 2020.
FERREIRA, Leandro Tadeu et al. Diabetes melito: hiperglicemia crônica e suas complicações. In Arquivos brasileiros de ciências da saúde. Disponível em:<https://docs.google.com/document/d/1w5b-2lH-SpaE9kOaYO6BHB6-oYFeDP9qQ6aw9u3DD20/edit>. Acesso em: 13 de setembro de 2020.
GELONEZE, Bruno; LAMOUNIER, Rodrigo Nunes; COELHO, Otávio Rizzi. Hiperglicemia pós-prandial: tratamento do seu potencial aterogênico. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 87, n. 5, p. 660-670, Nov. 2006 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2006001800018&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 15 de setembro de. 2020.
MINICUCCI, Walter José. Uso de bomba de infusão subcutânea de insulina e suas indicações. SciELO. 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/abem/v52n2/22.pdf>. Acesso em 15 de setembro de 2020
NETTO, Augusto Pimazoni. O que você precisa saber sobre hipo e hiperglicemia. Sociedade Brasileira de Diabetes. 2016. Disponível em <https://www.diabetes.org.br/publico/colunistas/20-dr-augusto-pimazoni-netto/1307-o-que-voce-precisa-saber-sobre-hipo-e-hiperglicemia>. Acesso em 15 setembro de 2020.
NOVARTIS. Saiba a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2. Novartis, diabetes 2. 2016. Disponível em <https://saude.novartis.com.br/diabetes-tipo2/saiba-a-diferenca-entre-diabetes-tipo-1-e-tipo-2/>. Acesso em 15 de setembro de 2020.
SALES-PERES, Silvia Helena de Carvalho, etall. Estilo de vida em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 1: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva. 2016, v. 21, n. 4 pp. 1197-1206. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232015214.20242015>. Acesso em 15 de setembro de 2020.
VIABONI, Flávio. Qual é a relação entre a má alimentação e o surgimento de diabete tipo 2? Minha vida. 2014. Disponível em:<https://www.minhavida.com.br/alimentacao/perguntas/26713-qual-e-a-relacao-entre-a-ma-alimentacao-e-o-surgimento-de-diabete-tipo-2> Acesso em: 15 de setembro de 2020.
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