DESNUTRIÇÃO GESTACIONAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS AO FETO

  • Autor
  • Natália Araújo de Moura Cunha
  • Co-autores
  • Ellen Jade Costa Araújo , Carolina Crespo Istoe , Livia Mattos Martins , Claudia Caixeta Franco Andrade
  • Resumo
  • DESNUTRIÇÃO GESTACIONAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS AO FETO

     

     

     

    INTRODUÇÃO

     

                Em uma gestação vai ocorrer alguns ajustes fisiológicos e anatômicos que destinam-se mudanças no organismo materno. Sendo assim, a gravidez necessita uma demanda maior de nutrientes, a fim de desenvolver o feto e a mãe, porém quando ocorre uma desnutrição gestacional é frequente observar um ganho de peso diminuto durante esse ciclo (FAZIO, 2010).

                A desnutrição pode ser configurada como qualquer carência de nutrientes necessários, já a materna envolve a falta de nutrientes importante e o desequilíbrio do organismo, sobretudo o metabolismo, modificando os níveis de colesterol, lipídios, vitamina E e ferro. Uma vez que, isso ocorre leva a danos irreversíveis como baixo peso, menor estatura, prejudica o sistema nervoso central do feto, desordens metabólicas e entre outros, mas os riscos também podem prejudicar à saúde materna, desenvolvendo uma anemia ou ocasionando hemorragia (FAZIO, 2010).

     

     

    MATERIAL E MÉTODOS

     

                O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura que refere-se a desnutrição gestacional e suas ocorrências no feto e na mãe. Nessa pesquisa foram utilizados artigos de revisão, artigos, livro, materiais acadêmicos, nos quais  identifica-se como base a plataforma Scientific Electronic Library Online (SciELO), o School Google, livro Tratado de fisiologia médica edição 12°, no qual foi retirado informações do capítulo 82 que explica sobre o metabolismo e o desenvolvimento do feto. Além disso, achou-se em slide da USP feito pela Ana Cristina d’Andreta Tanaka as consequências de uma desnutrição materna.

     

     

     

     

     DESENVOLVIMENTO

     

                De acordo, com a Organização Mundial da Saúde é importante monitorar a gestante, pois é um procedimento de custo baixo e de grande valia para as ações nutricionais que prioriza a redução de risco materno e fetal, sendo assim, a orientação nutricional é de suma importância, porque através dela consegue balancear um peso adequado, prevenindo o ganho exagerado ou insuficiente.(OMS, 2012)

                Durante o ciclo gestacional, a gestante produz uma quantidade excessiva de hormônios, tais como: adrenocorticais, estrogênio, progesterona, tiroxina e também ocorre uma elevação de 15% no metabolismo basal durante o 3°mês da gestação, posteriormente vai ter frequência de calor aumentado e demandar mais energia do que o normal na atividade muscular (GUYTON,2012). Consequentemente, vai ocorrer maior crescimento embrionário e o peso duplica ao longo do segundo semestre da gestação, pois a gestante diminui e absorve menos nutrientes como proteínas, ferro, vitaminas, cálcio, fosfato, caso essa nutrição esteja desequilibrada pode ocasionar uma série de deficiência materna.

     

     

     

     

     

    Desnutrição Materna

               

                A gestante e o feto necessitam de macronutrientes que são fontes de energia para organismo e os micronutrientes que estão em vitaminas e minerais, os quais ajudam no funcionamento do metabolismo, com a finalidade de garantir uma qualidade de saúde materno-fetal (MULDER,2017).

                Alguns sintomas podem aparecer devido essa falta de nutrientes, na mãe vai ocasionar um ganho de peso inadequado, hemorragias, anemia e até suceder um parto prematuro. Já no recém nascido causa uma restrição de crescimento intrauterino, infecções e prejudica o seu desenvolvimento motor (RODRIGUES, SZARFARC, BENÍCIO, 1991).

                É importante ressaltar que na gravidez tem algumas necessidades aumentadas no organismo como a elevação da absorção de ferro, aumento da hemoglobina, volume sanguíneo materno, formação de eritrócitos. No que se refere ao feto vai armazenar o ferro no fígado (PARIZZI, FONSECA, 2010).

                Nota-se que a desnutrição no início até o final da gestação ou na vida pós-natal podem provocar danos no embrião e na infância. Desta forma, os elementos nutricionais para o feto são por difusão facilitada, através da membrana placentária, no entanto, quando a mulher secreta progesterona por meio do corpo lúteo ovariano no período de cada ciclo sexual mensal, vai atuar no endométrio uterino, com as células inchadas que obtém quantidades a mais de proteínas, lipídios, entre outros que vai ser necessário no desenvolvimento do concepto. (GUYTON, 2012)

                Conforme o ministério da Saúde (MS,2004) Avaliar a gestante desde o início é fundamental e ter cuidado durante o pré-natal é indispensável. Diante disso, em uma avaliação consiste em medir a altura, realizar o cálculo da idade gestacional, classificar o peso e pedir um exame hemograma para analisar a hemoglobina (Hb), o hematócrito (Ht), dentre outros. Ademais, identifica-se que o cálculo se faz por meio de Índice de Massa Corporal (IMC) e que por meio da consulta consegue ter um controle e diagnóstico melhor (TANAKA, 2015).

                A desnutrição gestacional causa um déficit no ganho de peso inferior a 7 kg durante a gravidez ou 450g por mês ao longo das 12 semanas da gestação. Para restituir essa deficiência, é necessário a suplementação. As proteínas são de fundamental importância para o feto e placenta, pois são sintetizadas através do aminoácidos que suprem a mãe por meio da alimentação, no período gestacional estima-se que 925 de proteínas estão associadas com aumento do peso materno e aproximadamente 12,5g  e com uma criança  em torno de 3kg. Diante desses dados nota-se que as necessidades proteicas no período gestacional implica na ingestão (SILVESTRE,2007).

                Os lipídeos por sua vez são necessários, porém não existe um valor específico durante a gravidez assim a gordura que é acumulada em um compartimento fetal e materno determinado facilita significamente para um gasto energético total do período gestacional. O ferro desempenha um papel importante na gestação, é necessário aumentar sua ingestão para suprir o crescimento do feto e da placenta por meio de suplementos adaptativos às necessidades da gestante. Uma gestante deve ter uma ingestão de 15mg de ferro com relação a mulher não grávida, visto que as Rodas de ferro em gestantes são de 15mg e de 30mg por dia. São estabelecido diversas vitaminas, com aumento, no período gestacional que são fundamentais para o crescimento, desenvolvimento fetal (SILVESTRE, 2007) .

                O ácido fólico é de suma importância na suplementação, uma vez que possui um efeito protetor dessa vitamina combatendo os defeitos do tubo neural durante o desenvolvimento fetal, além disso ajuda na bipartição dos cromossomos. O ácido fólico esta presentes em diversos alimentos, entretanto, essa quantidade não é suficiente para fazer essa prevenção (SILVESTRE, 2007).

     

    Metabolismo

     

                No metabolismo materno observa-se a interação do hormônio do crescimento (gh), Lactogênio placentário (hPL), estrogênio, progesterona, glucagon e adrenalina aumentando a mobilização da gordura corporal com intuito de energia para o metabolismo da gestante, preservando glicose adequada ao embrião e também o sistema nervoso da mãe. Mas, o que vai acontecer nesse controle é aumento dos níveis plasmáticos de triglicerídeos, ácidos graxos, colesterol que vão ter objetivo de  servir como reserva  energética (MULDER, 2017).

                Para que realize-se o equilíbrio celular, as proteínas são essenciais no período gestacional, sua carência pode acarretar alterações enzimáticas, bioquímicas, órgãos e tecidos. Favorecendo o desequilíbrio do ganho insuficiente de peso, causando a diminuição do crescimento de volume sanguíneo materno, por conseguinte reduz a perfusão uteroplacentária levando um atraso intrauterinos (MULDER, 2017).

     

     

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

     

                Diante do exposto, infere-se o quanto é imprescindível para gestante e o feto recebe macronutrientes e micronutrientes, para que haja um bom estado nutricional, prevenindo-se assim desordens metabólicas, patologias e um desequilíbrio da homeostase. Dessa maneira, realizar um diagnóstico precoce por meio das consultas de pré-natal, é possível alcançar um tratamento eficaz.

                Ademais, é de se verificar limitações de estudos, artigos em relação ao tema abordado, o que, observa-se é um antagonismo, pois encontram-se um número considerável de artigos relacionados a obesidade gestacional. Contudo nota-se que as deficiências de nutrientes são superior em populações de baixas condições socioeconômicas, pois são camada mais propícias a desenvolver diversas deficiências de que deficiência individuais.

                Portanto, fomentar um hábito saudável na mulher antes, durante e após a gestação promove desenvolvimento e crescimento, proporcionando assim um atendimento das necessidades diárias do organismo e prevenindo danos à saúde.

     

     

     

     

     

    REFERÊNCIAS

     

    FAZIO, Eliener de Souza. Perfil nutricional de gestantes que receberam orientação dietética: avaliação do ganho ponderal materno total, tipo de parto e resultados perinatais.2010. Dissertação (Mestrado em Ciências Médica)–Faculdade de Medicina, Universidade de  São Paulo, 2010.Disponível em:

    GONÇALVES, Carla Vitola et al. Índice de massa corporal e ganho de peso gestacional como fatores preditores de complicações e do desfecho da gravidez. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 34, n. 7, p. 304-309, 2012.

    GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro: Ed. 2012.

    https://teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-27092010-142844/publico/ElienerSouzaFazio. Acesso em: 13 set. 2020.

    MULDER, Alessandra. Apostila Materno Infantil, In:NutMed, p.1-34, 2017. Disponível em:https://nutmed.com.br/storage/resources/5/2096/Apostila%20 Materno-infantil%20parte%201.pdf.  Acesso em 13/09/2020.

    PARIZZI, Márcia Rocha; FONSECA, João Gabriel Marques. Nutrição na gravidez e na lactação. Rev Med Minas Gerais, v. 20, n. 3, p. 341-353, 2010. Disponível em: file:///C:/Users/ritam/Downloads/v20n3a11%20(2).pdf. Acesso em: 13 set. 2020.

    RODRIGUEZ, Odalis Sinisterra; SZARFARC, Sophia Cornbluth; BENICIO, Maria Helena d'Aquino. Anemia e desnutrição maternas e sua relação com o peso ao nascer. In: Revista de Saúde pública, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 193-197, jun. 1991. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-89101991000300006. Acesso em: 13 set. 2020. 

    SILVESTRE, M. Suplementação na gravidez e lactação. Monografia, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto, 2007. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/54694/4/115863_0736TCD36.pdf. Acesso em: 13 set. 2020.

    TANAKA, Ana Cristina d’Andreta. Necessidades nutricionais na gestação e suas consequências para o desenvolvimento fetal, 2015, 36 slides. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/204810/mod_resource/content/2/Necessidades%20Nutricionais_CV_noturno.pdf. Acesso em: 13 set. 2020.

     

  • Palavras-chave
  • Desnutrição gestacional
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  • Ciências da Saúde
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Essa publicação reúne as produções científicas de discentes, docentes e pesquisadores dos cursos de graduação da Faculdade Metropolitana São Carlos – FAMESC, unidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ, participantes da V Expociência Universitária do Noroeste Fluminense, com a temática: Os impactos da pandemia nas relações sociais, jurídicas e de saúde, realizada entre 21 e 23 de outubro de 2020.

Em sua 5º edição, o evento se destina, fundamentalmente, o propósito de se criar, na Instituição, um lugar de intercâmbio científico e cultural entre os pares, privilegiando-se uma discussão sobre as teorias interdisciplinares que ganham expressão no debate acadêmico contemporâneo.

Nessa edição os trabalhos apresentados envolvem àreas das Ciências Humanas e Sociais, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Estudos Interdisciplinares. Tal fator resultou na apresentação de 204 (duzentos e quatro) trabalhos de pesquisa apresentados a seguir. Acreditamos que a discussão ampliada, que inclua os diversos atores envolvidos nas diversas áreas, e, entendendo que existe uma abordagem interdisciplinar, esperamos contribuir para o fomento do saber acadêmico científico, viabilizando um espaço à divulgação de resultados de pesquisas relevantes para a formação do licenciando, bacharel, e do pesquisador da área e de áreas afins.

Por outro lado, queremos destacar que foi imprescindível a atuação coletiva na organização deste evento, que contou com a participação do corpo diretivo, das coordenações de curso, docentes e discentes. Sem o interesse de todos, a dedicação e a responsabilidade principalmente dos funcionários técnicos administrativos envolvidos, não seriam atingidas a forma e a qualidade necessárias ao sucesso da atividade. 

A Expociência representa um espaço significativo e verdadeiro de troca de experiências e de oportunidade de conhecer a produção científica de forma interdisciplinar e coletiva.

Boa leitura a todos!

 

 

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