PARASITOS INTESTINAIS: ASCARIS LUMBRICÓIDES NA SAÚDE DAS CRIANÇAS E ADULTOS

  • Autor
  • Sintia Ramos dos Santos
  • Co-autores
  • Kelly Ferreira da Silva , Livia Mattos Martins , Mauricio do Carmo Lorete
  • Resumo
  •  

    PARASITOS INTESTINAIS: ASCARIS LUMBRICÓIDES NA SAÚDE DAS CRIANÇAS E ADULTOS

     

     

     

    INTRODUÇÃO

     

    O presente resumo expandido, têm por objetivo abordar os “Parasitos intestinais em crianças: Ascaris lumbricoides e seus impactos na saúde das crianças e adultos”, e já de início, é imperioso dizer que, esta infecção intestinal é um dos sérios problemas enfrentados na saúde pública brasileira, devido aos elevados índices de morbidade. No entanto, sabe-se que, essas dificuldades estão correlacionadas com as condições incertas que o saneamento básico de saúde, e habitação, vem oferecendo.

    Todavia, ainda há que exaltar que, o nível de infecções intestinais está ligada diretamente as noções básicas de higiene, nas quais o crescimento populacional não vem sendo acompanhado, principalmente com relação aos nossos pequenos, as crianças em idade escolar, pois estas estão com sua imunidade em desenvolvimento, com isso elas ficariam mais predispostas pela contaminação deste parasito.

    Cabe ressaltar que, estas infecções causadas em detrimento da má gestão de uma melhor condição de saúde, são classificadas pela Organização Mundial da Saúde– OMS, como doenças negligenciadas, atacando toda uma população com erta vulnerabilidade social, principalmente para aquelas em que residem em áreas com um déficit no saneamento básico, bem como no provimento de água

    Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo a importância dos estudos relacionados aos parasitos intestinais das crianças em idade escolar.

     

     

    MATERIAL E MÉTODOS

     

    Em virtude do modelo de trabalho adotado, o método empregado foi o indutivo, auxiliado por um conjunto de métodos e procedimentos de análise de bibliografia, por intermédio de artigos científicos e sites eletrônicos da web, bem como de estatísticas. Dada sua característica, esse trabalho não pretende, de forma alguma, esgotar o tema, ao contrário, essa será apenas uma breve explanação do assunto passíveis de maiores análises e discussões.

     

     

    DESENVOLVIMENTO

               

             Inicialmente, é preciso explicar, que o Ascaris lumbricoides é uma infecção intestinal também conhecida como “ascaridíase”, ou seja, lombrigas conhecidas popularmente. Ressalta-se que, segundo as estatísticas os lugares mais típicos pela proliferação destes parasitas são nas regiões onde o saneamento básico é precário, pois ali o índice de proliferação deste vírus se tornará maior, em vista do baixo índice de cuidados (ALEIXO, et all, 2010, p. 03).

    O Ascaris pode vir a medir de 15 a 20 cm quando macho, e de 20 a 40 cm quando fêmea, este vírus irá se desenvolver de forma gradativa dentro do intestino daquele que for contaminado por tal. Entretanto, com relação as fêmeas no período em que vierem a produzir os ovos, estes serão liberados para o corpo humano onde então ocorrerá o amadurecimento das larvas (ALEIXO, et all, 2010, p. 03).

    Diante disso, é preciso deixar claro que, o vírus do áscaris pode se desenvolver dentro do corpo humano pelo período de 5 a 7 semana no interior do intestino, e com isso ele poderá trazer certas reações ao indivíduo que for contaminado (ALEIXO, et all, 2010, p. 03).

    Ao chegar aos pulmões a contaminação deste vírus acabará provocando danos ao corpo humano, como por exemplo, certos problemas respiratórios bem como, bronquite e pneumonia, ou até mesmo, dor e aumento do volume abdominal, esgotamento físico e mental, podendo também ocasionar níveis elevado de febres, mas isso vai depender do órgão que tenha sido afetado (ARAGUAIA, s.a, s.p).

    Porém, para que se consiga um diagnóstico preciso, é imprescindível a realização do exame de fezes, onde então será avaliado o caso do paciente, e com isso observará se há ou não a presença de ovos deste parasita. Caso seja encontrado ovos nas fezes, será aconselhado o início de um tratamento, através de medidas de saneamento básico, ingestão de remédios, a ingestão de água filtrada, uma alimentação saudável, assim como a higienização dos alimentos, devendo sempre lavar suas mãos (ARAGUAIA, s.a, s.p).

    Com relação a contaminação nas crianças em que se encontram em ambiente escolar, poderá ser um pouco mais fácil para o tratamento destas de forma coletiva, uma vez que, os vermes não se dividem no hospedeiro humano, e com a ingestão correta de medicamentos poderá reduzir tanto a prevalência da doença neste ambiente, quanto a intensidade de infecção do indivíduo, ou até mesmo pela localidade onde as crianças residem (OMS, 2018).

    Desta forma, assim como no ambiente escolar, deve-se priorizar a intervenção daqueles lugares em que há grandes números de infecções, ou seja, naquelas regiões onde o saneamento básico é exercido de maneira precária, com relação ao provimento de agua e ao tratamento de esgoto (BRASIL, 2018. 

    Todavia, sabe-se que, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal a todos se qualquer distinção de classe ou cor, estando este definido pela Lei nº. 11.445/2007, pois é considerado como um direito humano essencial pela declaração da Organização das Nações Unidas (ONU, 2010).

     

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

     

             Neves (2016) expõe que, a contaminação dos parasitos intestinais em pessoas que moram na zona rural tem uma porcentagem muito maior, em comparação com aqueles que residem na zona urbana. Deste modo, é notório ver que a contaminação nos seres humanos ocorrem através do consumo de alimentos, principalmente pelas frutas, verduras e água, que esteja contaminada pelos ovos deste parasita (NEVES, 2016).

    Todavia, ressalta-se que, seus ovos aparecem na parede do intestino do hospedeiro, e com isso as larvas ali contidas migram através do fígado para o coração e pulmões, onde amadurecerão com máxima facilidade (NEVES, 2016).

    No entanto, logo após sua maturação é que então será possível se observar os sintomas, pois as larvas quando contaminadas nos pulmões causam febre, tosse com muco contendo sangue e larvas, e uma obstrução intestinal, ou até mesmo a morte da pessoa contaminada (SÓ BIOLOGIA, 2008- 2020, s.p).

    Deste modo, para que seja possível diagnosticar uma pessoa contaminada com o vírus da ascaríase, será necessário a realização de exame de fezes, onde então serão analisado se há, ou não a presença de ovos. No entanto, caso a pessoa seja diagnosticada de forma positiva, será necessário iniciar um tratamento com medicamentos, com o uso de albendazol, mebendazol, entre outros para combater este problema (KUNZ, et all. 2008, p.02).

    Segundo pesquisas realizada no sistema de saúde brasileiro, este tipo de infecção tem tido uma maior frequência, principalmente entre as crianças de dois a dez anos de idade, conforme demonstrado no gráfico abaixo. Deste modo, vem trazendo consigo sintomas atrelados a diarreia, má-absorção, anemia, baixo nível de concentração e certos problemas com relação ao aprendizado da criança (Figura 1) (KUNZ, et all. 2008, p.02).

    Figura 1 – Infecção de Ascaris lumbricoides pela faixa etária

     

    Fonte: Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, apud FERREIRA, et al, s.d.

     

    Entretanto, nos casos de infecção pela áscaris em que seja encontrado nas fezes mais de 100 vermes, poderá acorrer neste indivíduo um déficit nutricional muito grande, tendo em vista que o hospedeiro ao se alojar no corpo desta pessoa, este acaba por consumir as vitaminas, carboidratos, lipídios e proteínas deste corpo.

     Uma das complicações mais agravante em se tratando de complicações da infecção por intermédio deste parasita, é quando há a obstrução intestinal, neste caso a única solução é recorrendo por uma intervenção cirúrgica nestes casos mais graves. Conforme demonstra avaliação da intensidade da infecção causada por ela, e outros vírus que estão associado a ele, no quadro abaixo, para que se tenha uma melhor compreensão.  

    O Ministério da Saúde no ano de 2005 editou um plano nacional de vigilância e controle destes parasitos tendo como objetivo principal a definição de estratégias para controlar os índices associados aos enteroparasitoses, e de seus agentes etimológicos, afim de normatizar as ações estratégias de prevenção e controle dos mesmo. Deste modo, buscando identificar os fatores de risco, para que assim possa ser desenvolvido projetos de atividades educacionais com os profissionais de saúde, a fim de diminuir os níveis de contaminação daqueles que diante de nossos olhos são indefesos, as crianças (BRASIL, 2016).

    Diante das pesquisas feitas pelo Instituto Trata Brasil, pode-se ver que até nos dias atuais o Brasil vem convivendo, com milhares de casos de internação por diarreias, muito disso devido à falta de saneamento (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018).

     

     

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

     

                Conclui-se por fim que, as principais formas de se evitar a contaminação por Ascaris lumbricoides está ligada a educação sanitária, e no saneamento básico, bem como no tratamento do ser humano contaminado com os parasitos. Conforme exposto, pode-se observar que as crianças são quem detêm maiores chances de contaminação e proliferação do parasita, tendo em vista sua maior vulnerabilidade de sua imunidade que está em desenvolvimento.

    Contudo, nos foi exposto que com os cuidados necessários será muito mais fácil a não contaminação pelo Ascaris lumbricoides em nossas crianças, devendo sempre priorizar pela higienização adequada dos alimentos e de suas mãos, viver em locais com condições sanitárias boa, em que aja coleta de lixos e tratamento da rede de esgoto, visto que, isso é um dever que nos foi concedido pela Constituição Federal do Brasil.

     

     

    REFERÊNCIAS

     

    ALEIXO, Denise Lessa. FERRAZ, Fabiana Nabarro. MELO, Erenilson Moreira. IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE PARASITOS INTESTINAIS DE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR. Rev. Saúde e Biol., v. 5, n. 1, p. 43-47, jan./jul. 2010 ISSN 1980-0002. Disponível em: file:///C:/Users/Windows/Downloads/546-3078-1-PB.pdf.  Acesso em 13 de setembro de 2020.

     

    ARAGUAIA, Mariana. "ASCARIDÍASE"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/ascaridiase.htm. Acesso em 14 de setembro de 2020.

     

    "Ascaridíase: lombriga" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020. Consultado em 14/09/2020. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/Ascaridiase.php.

     

    BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das doenças transmissíveis. Coordenação Geral de Hanseníase e doenças em eliminação. Informe Técnico da Campanha Nacional de Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose 2016. Brasília, 2016.

     

    ______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia Prático para o Controle das Geo-helmintíases Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. p.33. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_controle_geohelmintiases.pdf. ISBN 978-85-334-2622-1.

    FERREIRA, Claudio Santos. FERREIRA, Marcelo Urbano. NOGUEIRA, Marcos Roberto. Prevalência e intensidade de infecção por Ascaris lumbricoides em amostra populacional urbana (São Paulo, SP). ISSN 0102-311XOn-line version. ISSN 1678-4464. Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Caixa Postal 4365, CEP 01051, São Paulo, SP. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1991000100007&lang=pt#figura1. Acesso em 13 de setembro de 2020.

    INSTITUTO TRATA BRASIL. Disponível em: Acesso em: 12 setembro. 2020.

    KUNZ, Jaques Muriel Oliveira, et al. PARASITAS INTESTINAIS EM CRIANÇAS DE ESCOLA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS, SC – EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EM SAÚDE. In: Revista Biotemas, 21 (4), dezembro de 2008. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/29674/2/marilia_almeida_etal_IOC_2008.pdf. Acesso em 13 de setembro de 2020.

     

    NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 13. ed. São Paulo, 2016.

     

    ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. O direito humano, a agua e saneamento. 2010. Disponível em: Acesso em: 15 de setembro de 2020.

  • Palavras-chave
  • parasitoses; crianças
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  • Área Temática
  • Ciências da Saúde
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Essa publicação reúne as produções científicas de discentes, docentes e pesquisadores dos cursos de graduação da Faculdade Metropolitana São Carlos – FAMESC, unidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ, participantes da V Expociência Universitária do Noroeste Fluminense, com a temática: Os impactos da pandemia nas relações sociais, jurídicas e de saúde, realizada entre 21 e 23 de outubro de 2020.

Em sua 5º edição, o evento se destina, fundamentalmente, o propósito de se criar, na Instituição, um lugar de intercâmbio científico e cultural entre os pares, privilegiando-se uma discussão sobre as teorias interdisciplinares que ganham expressão no debate acadêmico contemporâneo.

Nessa edição os trabalhos apresentados envolvem àreas das Ciências Humanas e Sociais, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Estudos Interdisciplinares. Tal fator resultou na apresentação de 204 (duzentos e quatro) trabalhos de pesquisa apresentados a seguir. Acreditamos que a discussão ampliada, que inclua os diversos atores envolvidos nas diversas áreas, e, entendendo que existe uma abordagem interdisciplinar, esperamos contribuir para o fomento do saber acadêmico científico, viabilizando um espaço à divulgação de resultados de pesquisas relevantes para a formação do licenciando, bacharel, e do pesquisador da área e de áreas afins.

Por outro lado, queremos destacar que foi imprescindível a atuação coletiva na organização deste evento, que contou com a participação do corpo diretivo, das coordenações de curso, docentes e discentes. Sem o interesse de todos, a dedicação e a responsabilidade principalmente dos funcionários técnicos administrativos envolvidos, não seriam atingidas a forma e a qualidade necessárias ao sucesso da atividade. 

A Expociência representa um espaço significativo e verdadeiro de troca de experiências e de oportunidade de conhecer a produção científica de forma interdisciplinar e coletiva.

Boa leitura a todos!

 

 

Profª. Mª. Neuza Maria da Siqueira Nunes

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