ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE CRIANÇA COM ENTEROPARASITOSE

  • Autor
  • Paula Rodrigues Brandão Dias
  • Co-autores
  • Christiane Mascarenhas dos Santos Lacerda , Livia Mattos Martins , Mauricio do Carmo Lorete
  • Resumo
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    ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO DE CRIANÇA COM

     ENTEROPARASITOSE

     

    INTRODUÇÃO

     

    As parasitoses são uma série de doenças que acometem milhões de pessoas do mundo. Estudos revelam que metade das crianças estão parasitadas de algum modo e que, por várias vezes, já foram tratadas, necessitando de um novo tratamento (SILVA MR,et al., 2016; GIRALDOBO, et al., 2015).

    As parasitoses intestinais são na maioria das vezes transmitidas por via orais-fecais, através de comidas contaminadas por portadores, durante a atividade de manipulação dos alimentos, que ajuda a contaminação e infecção da doença, por esse motivo deve-se ter atenção e educação voltada para compreensão de que as mãos são portas de entradas diretas de infecção intestinal, é de extrema importância realizar a higiene dos alimentos e a lavagem correta das mãos com sabão após o uso do sanitário para prevenir de qualquer tipo de contaminação.

    Diante disso, a contribuição do enfermeiro dispõe-se como instrumento de educação, já é bem conhecida, ainda não muito utilizada, principalmente nas escolas. Considera-se que boa parte da comunidade escolar de nível fundamental e médio de escolas públicas, principalmente em regiões de pobreza, não têm informação adequada que possam lhe assegurar uma correta promoção da saúde.

    De acordo com Klebian LV e Oliveira AS (2015); O conselho Federal de Enfermagem (COFEN) tem como resolução N.º 271, em 12 de julho de 2002, que determina ações do enfermeiro na consulta, prescrição de medicamentos e requisição de exames. O enfermeiro tem independência para prescrever medicamentos e suas posologias, porém, tem total responsabilidade sob seus atos. Assim a prescrição de medicamento é uma ação de enfermagem quando praticados pelo enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família (ESF).

    Portanto, é necessário que o enfermeiro tenha todos os cuidados, adotando medidas para a proteção dos indivíduos contra parasitoses, tratamento eficaz e evitar a reinfecção. Logo, em virtude da relevância dessa temática traçou-se o presente estudo cujo objeto é caracterizar a atuação do enfermeiro da ESF frente às doenças enteroparasitárias em crianças acompanhadas na Atenção Básica.

     

     

    MATERIAL E MÉTODOS

     

    Esse trabalho se constitui por uma revisão da literatura onde foram utilizadas pesquisas na internet de revisão integrativa e publicados a partir da busca no site Google Acadêmico, os descritores para a busca na plataforma foram: “enfermeiro”, “cuidado”, “criança”, “enteroparasitose” foram identificados 745 artigos e após a análise dos artigos que apresentassem como o assunto principal a Atuação do enfermeiro no cuidado de criança com enteropasitose, obtivemos 9 trabalhos que foram utilizados para a construção desse estudo.

     

     

    DESENVOLVIMENTO

               

                Sabe-se que na idade infantil existe uma incidência bem maior de enteroparasitoses, e o acometimento deste tipo de infecção pode ocasionar a desnutrição, gerando na maioria das vezes, diarreias prolongadas, ocasionando um déficit no desenvolvimento físico e intelectual. Por intermédio de estudos, é possível identificar e prevenir fatores que possam influenciar tanto a normal trajetória do crescimento físico infantil, como o seu desenvolvimento intelectual (SILVAPL, et al.,2017; BENJAMINSSJ, et al., 2015).

    O enfermeiro é visto como o profissional que possui a atribuição de promover a continuidade da assistência do hospital ao domicílio, com uma assistência integrada e comprometida com a saúde do paciente e para que este processo seja positivo necessita de integração entre dois níveis de atenção: atenção hospitalar e atenção básica (LOPES FE, et al.,2017; AGRA TP, 2014).

    É fundamental que toda criança tenha assistência à saúde de maneira sistematizada, porque além de está vivendo uma fase da vida de vulnerabilidade, precisa ser acompanhada e assistida para assim reduzir os riscos de doenças para crescer, desenvolvendo e alcançando todo o objetivo de uma vida saudável (AMARO GT,2014; BERMEJO PM, 2016).

    De acordo com Echagüe GS et al. (2015), o enfermeiro na atenção básica atua em todas as fases no clico da vida do indivíduo, inclusive na infância, tendo como uma atribuição a consulta de enfermagem que presta assistência coordenada pela equipe de enfermagem, de maneira individualizada e no todo, identificando todos os problemas de saúde e doenças, formulando e avaliando os cuidados necessários que contribuam com a promoção, proteção, recuperação e a reabilitação da saúde do indivíduo.

    O enfermeiro na ESF enfrenta desafios na sua assistência, pois, para que ações de Enfermagem tenham êxito se faz necessário que estabeleça uma comunicação satisfatória, além disso, a atuação do profissional de Enfermagem para atividades de educação em saúde exige a participação de uma equipe multidisciplinar, e esta muitas vezes não existe em UBS. O auxílio, experiências e conhecimentos de outras categorias profissionais viabilizam e engrandecem o trabalho do profissional enfermeiro (LAYBER A,et al., 2016; RODRIGUES AY, et al., 2016).

     

     

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

     

              De acordo com Freitas GM e Santos NSS (2015); Gomes SCS et al. (2016), observa-se que ocorrem erros na assistência prestada pelos enfermeiros na atenção básica, principalmente no que diz respeito à falta de um atendimento holístico à consulta de puericultura e saúde da criança. A ausência de orientações sobre a saúde integral da criança, como medidas de utilizar água tratada ou fervida; lavar bem os alimentos e deixá-los de molho; comer carne bem cozida ou assada; manter sempre as mãos limpas, principalmente antes das refeições e após evacuações e ao preparar os alimentos; manter as unhas curtas e limpas; proteção dos alimentos contra poeira, moscas e outros animais; estar sempre com os pés calçados; não usar água parada para banho ou brincar. Tudo isso não sendo tratado como um cuidado direcionado corrobora para a sua vulnerabilidade no processo de adoecimento frente às doenças enteroparasitárias.

              Por isso, vira necessário que esses profissionais sejam submetidos a ações de educação permanente para que as demandas do serviço básico de saúde sejam atendidas e para que a população se sinta acolhida através de consultas com um olhar sistematizado, longitudinal e holístico quanto à saúde da criança.

              A consulta de enfermagem na puericultura é uma ferramenta importante na atenção à saúde da criança, pois é a partir dela que o profissional enfermeiro investiga e acompanha o padrão de crescimento e desenvolvimento, identifica situações de risco, verifica a cobertura vacinal e promove o incentivo ao aleitamento materno. Impulsionando assim a promoção e prevenção das doenças mais comuns acometidas na infância (BRANQUINHO ID e LANZA FM,2018).

     

     

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

     

                Através deste resumo foi visto a necessidade de melhores registros de Enfermagem nas consultas de puericultura realizadas na atenção básica, tendo em vista a construção do perfil epidemiológico, além de possibilitar diagnósticos qualificados e tratamentos adequados. Esses diagnósticos, além de possibilitarem um planejamento realista, contribuem, ainda, para posterior avaliação do impacto das ações implementadas

    É necessário que o profissional enfermeiro registre suas ações da consulta de Enfermagem, pois, somente assim, refletirão em acompanhamento integral, individualizado e que engloba o ser humano em todos seus aspectos.

    Mostrou-se ainda a necessidade de implantação de programas educativos ao profissional enfermeiro para uma abordagem qualificada, fomentando estratégias para reduzir as infecções parasitárias em crianças assistidas pela Atenção Básica.

     

     

    REFERÊNCIAS

               

    AMARO, GRISEL TORRES. A abordagem educativa para prevenção das

    parasitoses intestinais.

    2019. https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/3547

     

    BRANQUINHO, Isabella Duarte; LANZA, Fernanda Moura. Saúde da criança na

    atenção primária: evolução das políticas brasileiras e a atuação do enfermeiro.

    Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, v. 8, 2018.

     

    DA SILVA, Mariane Roberta et al. Fatores de riscos relacionados às parasitoses em

    crianças. ANAIS SIMPAC, v. 8, n. 1, 2017.

     

    KEBIAN, Luciana Valadão Alves; DE OLIVEIRA, Sonia Acioli. < b> Práticas de

    cuidado de enfermeiros e agentes comunitários de saúde da estratégia saúde da

    família/Health practices of nurses and community health agents of the

    family health strategy. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 14, n. 1, p. 893-900, 2015.

    https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v14i1.22466

     

    DA SILVA, Patrick Leonardo Nogueira et al. Análise da prevalência parasitológica

    em amostras fecais de crianças de uma escola da rede pública do estado de minas

    gerais. Revista Contexto & Saúde, v. 17, n. 33, p. 146-154, 2017.

    https://doi.org/10.21527/2176-7114.2017.33.146-154

     

    ECHAGÜE, Gloria et al. Enteroparasitosis en niños bajo 5 años de edad, indígenas

    y no indígenas, de comunidades rurales del Paraguay. Revista chilena de

    Palavras-chave

  • enteroparasitoses; crianças
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • Ciências da Saúde
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Essa publicação reúne as produções científicas de discentes, docentes e pesquisadores dos cursos de graduação da Faculdade Metropolitana São Carlos – FAMESC, unidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ, participantes da V Expociência Universitária do Noroeste Fluminense, com a temática: Os impactos da pandemia nas relações sociais, jurídicas e de saúde, realizada entre 21 e 23 de outubro de 2020.

Em sua 5º edição, o evento se destina, fundamentalmente, o propósito de se criar, na Instituição, um lugar de intercâmbio científico e cultural entre os pares, privilegiando-se uma discussão sobre as teorias interdisciplinares que ganham expressão no debate acadêmico contemporâneo.

Nessa edição os trabalhos apresentados envolvem àreas das Ciências Humanas e Sociais, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Estudos Interdisciplinares. Tal fator resultou na apresentação de 204 (duzentos e quatro) trabalhos de pesquisa apresentados a seguir. Acreditamos que a discussão ampliada, que inclua os diversos atores envolvidos nas diversas áreas, e, entendendo que existe uma abordagem interdisciplinar, esperamos contribuir para o fomento do saber acadêmico científico, viabilizando um espaço à divulgação de resultados de pesquisas relevantes para a formação do licenciando, bacharel, e do pesquisador da área e de áreas afins.

Por outro lado, queremos destacar que foi imprescindível a atuação coletiva na organização deste evento, que contou com a participação do corpo diretivo, das coordenações de curso, docentes e discentes. Sem o interesse de todos, a dedicação e a responsabilidade principalmente dos funcionários técnicos administrativos envolvidos, não seriam atingidas a forma e a qualidade necessárias ao sucesso da atividade. 

A Expociência representa um espaço significativo e verdadeiro de troca de experiências e de oportunidade de conhecer a produção científica de forma interdisciplinar e coletiva.

Boa leitura a todos!

 

 

Profª. Mª. Neuza Maria da Siqueira Nunes

Coordenadora da Extensão Universitária da Faculdade Metropolitana São Carlos

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