O IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NAS EMPRESAS DE VESTUÁRIO
CUNHA, Rony Silva Ferreira
Estudante de Administração
roni-f-c@hotmail.com
MELLO, Pamela Ribeiro
Estudante de Administração
pamelarmellllo@gmail.com
PIMENTEL, Lais de Souza
Estudante de administração
laispimentel91@hotmail.com
ALMEIDA, Fernando Xavier de
Mestre em Cognição e Linguagem pela UENF-RJ
fxalmeida@gmail.com
ISTOE, Sérgio Elias
Mestre em Cognição e Linguagem pela UENF-RJ
sergioistoe@gmail.com
INTRODUÇÃO
A pesquisa busca responder o impacto da pandemia do COVID-19 nas empresas de vestuário, a importância das medidas que estão sendo tomadas para o combate e estabilização do vírus. E Como a gestão eficiente pode ser o diferencial competitivo no período de pandemia e pós.
Desta forma, evidenciando a turbulência que a economia está passando, destacando as estratégias e exemplificando como que as empresas estão utilizando para se manterem abertas de forma saudável financeiramente, como a utilização das redes sociais para fazer anúncios e chamar atenção dos clientes, efetuando vendas online, entre outros.
A presente pesquisa teve como questão norteadora a seguinte: Como a gestão das empresas no período de pandemia pode influenciar nos resultados de uma organização? Para atender a esse questionamento foi proposto como objetivo geral apresentar o processo de gestão estratégica para melhoria dos resultados organizacionais subdividido em: i) Apresentar a evolução dos conceitos da COVID-19 e como ela está afetando o mercado ii) Qual seria as ações a serem tomadas iii) Qual é o posicionamento da maioria das empresas de vestuário
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MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho tem caráter qualitativo e foram utilizadas referências bibliográficas como, notícias, revistas e artigos disponíveis na rede de computadores. A pesquisa também foi exploratória, descritiva e qualitativa. Foi feita uma revisão do conteúdo disponível, apontando os principais impactos da covid-19.
DESENVOLVIMENTO
Diante do atual cenário de calamidade gerado pela pandemia do COVID-19, as empresas estão cada vez mais preocupadas com o impacto econômico e suas consequências para os seus negócios. Dentre estes impactos estão, desde a queda da bolsa de valores até o pequeno comércio local como: restaurantes, bares, lojas de roupa, bancos, academias. O número de pessoas circulando nas ruas também diminuiu, e por consequência disso o consumo caiu. Sabemos também que a globalização trouxe uma maior competitividade entre as empresas e que por meio dela, atendemos os clientes e efetuamos a venda virtualmente, sem o contato físico, que no momento atual, é crucial para evitarmos que o vírus se espalhe, essa estratégia alinhada com as recomendações do ministério da saúde tem gerado uma série de benefícios que apresentaremos neste resumo expandido.
Sobre a COVID-19 e como ela está afetando o mercado
O coronavírus SARS-CoV2 é causador de uma doença chamada COVID-19, que seu quadro clínico que pode ser assintomático até problemas respiratórios graves, afetando drasticamente o pulmão. Não há relatos concretos de como o vírus surgiu e teve sua contaminação tão rapidamente pelo mundo inteiro. A contaminação ocorre quando uma pessoa contaminada passa para outra, então qualquer objeto que a pessoa contaminada tocar, outra terá chance de ser contaminada também. Os sintomas podem variar de um resfriado até doenças respiratórias mais sérias, os principais sintomas são: dificuldade para respirar, febre, coriza, tosse e dor de garganta.
Recomenda-se como prevenção da contaminação da doença: Higienizar as mãos até nas alturas dos punhos com álcool em gel 70% ou com água e sabão; evitando tocar a face em geral sem as mãos higienizadas; manter distancia de ao menos 2 metros de qualquer individuo espirrando ou tossindo; evitar compartilhar objetos de uso pessoal e evitar contato físico o máximo possível; manter a limpeza e boa ventilação de ambientes fechados; evitar circulação desnecessária, caso saia de casa é recomendado usar máscaras e luvas (SAÚDE, 2020, s.p.). Devido às medidas tomadas, o comércio em geral vem funcionando com horário e atendimento reduzidos, assim muitas empresas estão sendo prejudicadas pela falta de capital, por terem diminuído as vendas. Desde o início da pandemia já tiveram muitas quedas na indústria, logo o comércio começou a sentir o peso, com o sumiço dos consumidores e decretos estudais para fechamento dos comércios, favorecendo ao uso de delivery, alguns estabelecimentos se favoreceram com isso, mas quanto aos comércios considerados não-essenciais, como lojas de roupa e calçado, que maior parte só possui loja física, tornou-se um grande problema (LIGNELLI, 2020, s.p.).
Qual a solução?
Conforme diz Golldenzon (2020, s.p.), como estilista e empresária, é preciso traçar algumas estratégias que ao mesmo tempo podem preservar as vendas (ou reduzir as perdas) neste momento de crise na saúde e também, o mais importante, podem proteger tanto os consumidores quando as pessoas que trabalham com moda para que não sofram mais perdas (NOTÍCIAS, 2020,s.p.).
O pequeno empreendedor do segmento da moda deve aproveitar o devido momento para reinventar, reestruturar e ver novas possibilidades de negócios dentro de seu orçamento e que atendam a demanda e desejo dos clientes já que todos sofrem com a crise. Segundo Anny Santos, coordenadora nacional da moda do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), diz que “utilize do momento para se adaptar e tomar decisões rápidas, revendo seus processos e planejar como empregar seu tempo, observando se seus colaboradores podem trabalhar em Home Office e quais as adequações capitais que são necessárias para o período” (NOTÍCIAS, 2020, s.p.).
A entrega em residência (Delivery) se tornou a principal ferramenta para os segmentos da moda e de alimentação depois de anunciar o isolamento e fechamento dos comércios em geral pelas capitais brasileiras. Foi muito importante pro segmento de roupas, pois os lojistas conseguiram continuar suas vendas através de meios online e o delivery para entrega. Visto esse acontecimento o SEBRAE buscou os principais meios de entrega do país para sensibilizar as empresas para diminuir os danos da crise, ou seja, perda no faturamento e pelas mudanças de rotina, atingindo principalmente os pequenos negócios (DC, 2020, s.p.).
De acordo o analista do SEBRAE, Flávio Petry, as iniciativas dos aplicativos representam um passo importante para os pequenos negócios neste momento: “As medidas anunciadas pelas empresas de aplicativos representam uma conquista inicial para o segmento, pois, aos poucos, pela livre concorrência, as plataformas devem oferecer cada vez mais benefícios” (DC, 2020, s.p.).
A venda por mídias sociais como o Whatsapp Business e as lojas criadas no Instagram cria facilidade para o cliente ter acesso, assim como procurar impulsionar seus acessos com parcerias com influencers digitais, que no mínimo ajudam a gerar tráfego onde quer que os produtos desses lojistas estejam à amostra. De acordo com LIGNELLI: “Em uma papelaria ou loja de roupas sempre é bom usar o cadastro dos clientes para direcionar os produtos, mas com essa pandemia a internet é o foco, então mesmo que os consumidores não estejam comprando, estão sempre consultando os produtos” (LIGNELLI, 2020, s.p.).
De acordo com Giraldi, usar a criatividade para atrair os clientes ligados a situações de vendas à distância, já que é momento de pandemia, ao invés de oferecer uma roupa para festa, que tal oferecer uma roupa mais casual, também como é necessária muita higienização oferecerem kits para a pandemia, com foco nisso, além de tentar ter preços chamativos e acessíveis, nunca se tem conhecimento de qual produtor vai fazer sucesso ou qual vai ser um fracasso, o segredo é se adaptar ao momento e refletir nos produtos (LIGNELLI, 2020, s.p.).
Qual é o posicionamento da maioria das empresas de vestuário?
Uma pesquisa de transformação digital nas MPE (Micro e pequena empresa), foi realizada pelo SEBRAE no ano de 2018, diz que no varejo da moda grande parte tem uma presença e mercado digital já estabelecida, devido ao uso de propagandas nas redes sociais e em sites, porém muitas ainda não evoluíram para um formato completo de loja digital, que envolve serviços mais complexos de comercio digital (e-commerce). Também foi identificado que 73% dos micros e pequenos negócios são invisíveis no maior, mais usado e popular site de pesquisa do mundo, o Google (NOTÍCIAS, 2020, s.p.).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O impacto da COVID-19 mundialmente no mercado da moda já é significativo, porém enquanto a pandemia estiver no ápice o impacto vai ser ainda maior nos próximos meses em todas as etapas da cadeia de produtos e serviços. De começo os empresários e donos de lojas, o comércio em geral, foram sentindo a redução de consumidores circulando em lojas principalmente em shoppings e locais de grande aglomeração, até que todos foram fechados por tempo indeterminado para conter a disseminação da doença, ou seja, o impacto foi enorme (GOLLDENZON, 2020, s.p.).
No momento da pandemia pela preocupação com a saúde de todos sendo a maior preocupação do governo, pois isso acarreta na economia, e com essa crise com certeza afeta no número de empregos e das matérias-primas já que estão mais difíceis de conseguir, porém se o mundo todo tivesse engajado em ter os cuidados necessários para a doença não se espalhar como aconteceu na Europa e China, mais rápido o mercado em geral volta, consequentemente o mercado da moda também pode voltar a ter seu espaço, consequentemente melhorando a economia do país (GOLLDENZON, 2020, s.p.).
Enfim para conseguir sobreviver e passar a crise, tanto os donos de grandes empresas, quanto mais nas MPE, devem refletir e pensar novas estratégias financeiras e econômicas para se recuperar da crise, porém antes de pensar em procurar em novas linhas e meios de acesso a crédito é necessário ter negociações novas com os credos, principalmente no quesito dos custos fixos. O maior custeio do varejo de moda são as despesas com aluguel, principalmente nas MPE, e comprar de insumos, que representa aproximadamente 50% dos gastos podendo ser até mais (NOTÍCIAS, 2020, s.p.).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho foi feito com o intuito de mostrar os reflexos da pandemia no setor de vestuário, por meio de pesquisas bibliográficas e exploratórias na rede de computadores, apresentamos a COVID-19, suas causas e consequências. Destacando quais estratégias as empresas deste setor estão tomando em meio à pandemia para se recuperarem da queda do consumo.
Foi possível concluir também, que muitas empresas estão adotando estratégias de marketing digital, para se sobressair em meio aos concorrentes e conseguir normalizar suas vendas através das vendas online. Conclui-se que o impacto da covid é significativo. E que com a globalização e a competitividade nos produtos e serviços, o marketing digital se tornou o principal diferencial para o engajamento das organizações no período pandêmico, contribuindo também para o isolamento social recomendado pelo ministério da saúde, além de atuar como a principal ferramenta que irá minimizar o impacto econômico da Covid-19.
REFERÊNCIAS
DC, Redação. Apps de delivery se mobilizam em prol dos pequenos negócios. Disponível em: https://dcomercio.com.br/categoria/negocios/apps-de-delivery- semobilizam-em-prol-dos-pequenos-negocios. Acesso em: 24 mar. 2020.
GOLLDENZON, Julia. O impacto do coronavírus no mercado de moda. Disponível em: https://vejario.abril.com.br/blog/julia-golldenzon/impacto-coronavirus- moda/. Acesso em: 13 mar. 2020.
LIGNELLI, Karina. Em tempos de coronavírus, o negócio é vender à distância. Disponível em: https://dcomercio.com.br/categoria/gestao/em-tempos-de- coronaviruso-negocio-e-vender-a-distancia. Acesso em: 26 mar. 2020.
NOTÍCIAS, Agência Sebrae de. Coronavírus: Pequeno varejo de moda busca se reinventar para manter o negócio: empreendedores precisam mudar discurso de venda para atrair consumidores e oferecer serviços rápidos e eficientes. Empreendedores precisam mudar discurso de venda para atrair consumidores e oferecer serviços rápidos e eficientes. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Banco-de-ideias/Moda/noticia/2020/04/coronaviruspequeno-varejo-de-moda-busca-se- reinventar-para-manter-o-negocio.html. Acesso em: 01 abr. 2020.
SAÚDE, Ministério da. Sobre a doença COVID-19. Disponível em: <https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#interna> Acesso em: 14 Jun. 2020.
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