INDÚSTRIA 4.0: SEU POTENCIAL DE PRODUÇÃO E UMA ANÁLISE EM TEMPOS DE PANDEMIA

  • Autor
  • Octavio Cesar Alves Crisostomo
  • Co-autores
  • Edimara Bizerra da Silva , Neuza Maria de Siqueira Nunes , Sérgio Elias Istoé
  • Resumo
  •  

    Indústria 4.0: Seu potencial de produção e uma análise em tempos de pandemia

     

     

     

    INTRODUÇÃO

     

    Atualmente, com a evolução das tecnologias, estamos vivenciando a quarta fase da evolução industrial. Tal fase consiste em aplicar tecnologias de informação na linha de produção, onde os processos passam a ser mais eficientes com recursos para oferecer mais soluções na logística, produção e para os clientes. Incluindo uma cadeia produtiva mais inteligente, ampliando assim, a capacidade de resoluções de problemas e diminuindo a interferência humana.

    A indústria 4.0 sucedeu as três revoluções industriais, lembrando que: a primeira revolução com origem na Inglaterra por volta do século XVIII trouxe a tecnologia do motor a vapor e a ideia de manufaturas mecanizadas. Nos Estados Unidos em 1879. A segunda revolução industrial surgiu após a invenção da lâmpada incandescente, que permitiu a substituição da máquina a vapor pela elétrica, além da teoria de Taylor com a racionalização do trabalho. Já a terceira revolução, com características técnicas- científico- informacional veio logo após a II segunda guerra, quando novas tecnologias foram implantadas a fim de diminuir o trabalho humano na linha de produção.

    É relevante que, diante do surto da pandemia do novo corona-vírus (COVID-19), a indústria 4.0 também sofreu consequências devido ao isolamento social. Porém sendo esta, altamente tecnológica e funcional, está ajudando o mundo na confecção de materiais para a prevenção desta doença.

    Assim, o presente trabalho buscou esclarecer no que consiste uma indústria 4.0 e seu fator de produção; como era o cenário antes da pandemia da COVID-19 no Brasil e sua contribuição na prevenção do vírus, considerando que mesmo com a linha de produção altamente robotizada e controlada por poucas pessoas, essa indústria também vem sofrendo com a paralisação e o isolamento social.

     

     

    MATERIAL E MÉTODOS

     

    O método utilizado para a elaboração deste trabalho foi a revisão bibliográfica com base em leituras de periódicos que discorriam sobre o tema abordado.

     

    DESENVOLVIMENTO

     

    A indústria 4.0 teve seu início na Alemanha com a intenção governamental e da iniciativa privada em tornar o setor industrial alemão mais competitivo no mercado mundial, o que proporcionou um reconhecimento mundial.

    Na comunidade brasileira é conhecida como manufatura avançada e nos Estados Unidos da America como Smart Manufacturing.

    Após ser implantada, apresenta características importantes proporcionando comodidade tais como, Interoperabilidade; Modularidade; orientação a serviços; Descentralização; Virtualização; Capacidade de operar em tempo real. (HERMANN; PENTEK; OTTO, apud SOUZA, 2017 pag.3):

    Interoperalidade - Diz sobre a capacidade de troca de informações entre os elementos da indústria através da rede (internet e internet das coisas).

    Modularidade - é a capacidade de flexibilizar o layout físico, podendo acoplar de diversas maneiras os equipamentos. Dando dinamismo e podendo satisfazer cada cliente com tempo recorde. Orientação dos serviços - consiste em criação de programas de computador customizado a cada tipo de produção, adaptando-se a necessidade, tendo resultado de soluções integradas e flexíveis.

    Descentralização - consiste em uma tomada de decisão sem a interferência humana, já que existe um grande número de troca de informações que possibilita a realização de ajustes e tendo resultados esperados. Virtualização- com os softwares que criam ambientes virtuais a indústria 4.0, desenha uma manufatura virtual que pode ter acesso a todo controle e rastrear problemas remotamente já que os equipamentos têm sensores que ajudam a identificar erros.

    Capacidade de operar em tempo real- com a facilidade de nas trocas de informações não é mais necessário está presente fisicamente na manufatura para tomar decisões, pois pode ser tomada remotamente pelo sistema.  (HERMANN; PENTEK; OTTO, apud SOUZA, 2017 pag.4)

    A quarta evolução industrial já chegou ao Brasil. Com uma caminhada promissora nos projetos, pesquisas revelam que 90% das empresas acreditam que essa revolução irá incentivar o aumento na produtividade da indústria brasileira. 30% por cento das empresas já iniciaram o processo e 25% estão em fase de planejamento.  (MAEDA 2020 S.P)

    Conscientes da evolução, do grupo de investidores de novas tecnologias de produção, somente 38% do empresariado brasileiro utilizam até 0,5% do faturamento das empresas nessas ações de melhoramento. O que não é tão relevante considerando os investimentos de outros países mais avançados. (MAEDA 2020 S.P)

    Mesmo atrás de países como Alemanha, China e Coréia do Sul, o Brasil seguia de maneira favorável, conforme os investimentos voltavam-se para a área de desenvolvimento das empresas, o que foi paralisado devido à pandemia. No entanto, mesmo com as dificuldades presentes, conclui-se que é necessário continuar com o enfretamento mediante a pandemia em busca do desenvolvimento das empresas. (MAEDA 2020 S.P)

     

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

    O Brasil e o mundo estão sendo afetados com a pandemia do (COVID-19), enquanto aguardam pela descoberta de uma solução para esta doença. O cenário é instável. As vacinas de combate ainda não são seguras ou estão em fase de testes, sendo assim, o único meio de amenizar as consequências, a tomada de medidas de proteção. (MANTOVANI 2020 S.P)

    Diversas empresas modificaram seu processo produtivo para produzir álcool em gel, máscaras, entre outros. Empresas multinacionais montadoras de veículos voltaram-se para fabricação destes produtos. Muito se questiona a respeito de como empresas mesmo não sendo voltadas para a produção destes produtos conseguem modificar-se e produzir tais produtos citados, se direcionando assim à indústria 4.0. (MANTOVANI 2020 S.P)

    Empresas como Ferrari, Tesla, Embraer, Ford, Mercedes, WEG, Foxconn são exemplos de empresas que utilizam o modelo 4.0 e estão produzindo em tempo recorde produtos de prevenção ao coronavírus. Mesmo com as diversas tecnologias empregadas, isso só foi possível, pois os consumidores ficaram mais exigentes e passaram a consumir produtos cada vez mais novos em um espaço curto de tempo. (MANTOVANI 2020 S.P)

    Essa resposta das empresas se deu pelo uso combinado de diversas tecnologias tanto na parte administrativa quanto no chão de fábrica. Toda essa tecnologia permite a modularização da estrutura produtiva, que permite uma adaptação ágil dos produtos. Todas as empresas acima citadas, utilizam o sistema 4.0 não só por ser mais produtivo, mas também pelo consumidor está cada vez mais necessitado, buscando por produtos que encaixem às suas necessidades. Essa nova forma de produzir é o que vai permitir a permanência e a competitividade das empresas. (MANTOVANI 2020 S.P)

    Mas mesmo diante desse sistema de produção, empresas em todo o mundo irão sofrer com o recuo da economia mundial que poderá ser de 32% este ano. Lembrando que o poder de compra dos consumidores está menor que o previsto, seja por cortes nas rendas familiares ou por medo de uma recessão. (G1 2020. S.P)

    Com perdas históricas nos valores das bolsas pelo mundo, estima-se que 14 milhões de dólares aproximadamente estarão perdidos em valores de mercado. Entre as ações mais afetadas estão do setor turísticos, tecnologias, automóveis e companhias aéreas. Abalos também aconteceram na bolsa brasileira, com o dólar superando a marca de 5,90 e as incertezas do futuro fez a Bovespa perder o patamar de 70 mil pontos, apresentando uma queda de mais de 40% em 2020.  (G1 2020. S.P)

     

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

     

    Mesmo com o seu potencial de modular sua produção e poder abastecer o mercado com produtos que satisfaçam cada cliente exclusivamente, a indústria 4.0 tem a sua dependência de um mercado consumidor que apresenta atualmente seu orçamento afetado. O que reduz a demanda dos produtos produzidos. A linha de frente da saúde está sendo abastecida, também, por empresas que nunca produziram álcool em gel. 

    Assim, tendo por base todo o assunto citado neste resumo, conclui-se que a indústria 4.0 tem um potencial de produção em massa expansível e volátil. Podendo produzir desde o seu projeto principal como outros itens que forem necessários. Ajudando no combate ao coronavírus e produzindo, essa indústria é o futuro das grandes empresas e o modelo a ser seguido.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    REFERÊNCIAS

     

    SOUZA, P. H. de. INDÚSTRIA 4.0: CONTRIBUIÇÕES PARA SETOR PRODUTIVO MODERNO. 2017. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_WIC_238_384_34537.pdf acesso em: 01 de outubro de 2020.

        

    SEBRAE. Indústria 4.0 a moda do caminho futuro. 2018. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RJ/Anexos/Industria%204_0%20-%20WEB.PDF acesso em: 01 de outubro de 2020

     

     

    MAEDA, F. Em tempos de coronavírus é preciso remodelar a indústria 4.0. 2020. Disponível em: https://rhpravoce.com.br/posts/em-tempos-de-coronavirus-e-preciso-remodelar-a-industria-40 acesso em: 03 de outubro de 2020.

     

    MANTOVANI, T. A Indústria 4.0 em tempos de Pandemia. 2020. Disponível em: https://programacentelha.com.br/2020/04/29/a-industria-4-0-em-tempos-de-pandemia/  acesso em: 03 de outubro de 2020.

     

    G1/economia. Entenda os impactos da pandemia de coronavírus nas economias global e brasileira. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/26/entenda-os-impactos-do-avanco-do-coronavirus-na-economia-global-e-brasileira.ghtml acesso em: 04 de outubro de 2020.

     

     

  • Palavras-chave
  • indústria 4.0; covid19, pandemia
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • Engenharias
Voltar Download

Essa publicação reúne as produções científicas de discentes, docentes e pesquisadores dos cursos de graduação da Faculdade Metropolitana São Carlos – FAMESC, unidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ, participantes da V Expociência Universitária do Noroeste Fluminense, com a temática: Os impactos da pandemia nas relações sociais, jurídicas e de saúde, realizada entre 21 e 23 de outubro de 2020.

Em sua 5º edição, o evento se destina, fundamentalmente, o propósito de se criar, na Instituição, um lugar de intercâmbio científico e cultural entre os pares, privilegiando-se uma discussão sobre as teorias interdisciplinares que ganham expressão no debate acadêmico contemporâneo.

Nessa edição os trabalhos apresentados envolvem àreas das Ciências Humanas e Sociais, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Estudos Interdisciplinares. Tal fator resultou na apresentação de 204 (duzentos e quatro) trabalhos de pesquisa apresentados a seguir. Acreditamos que a discussão ampliada, que inclua os diversos atores envolvidos nas diversas áreas, e, entendendo que existe uma abordagem interdisciplinar, esperamos contribuir para o fomento do saber acadêmico científico, viabilizando um espaço à divulgação de resultados de pesquisas relevantes para a formação do licenciando, bacharel, e do pesquisador da área e de áreas afins.

Por outro lado, queremos destacar que foi imprescindível a atuação coletiva na organização deste evento, que contou com a participação do corpo diretivo, das coordenações de curso, docentes e discentes. Sem o interesse de todos, a dedicação e a responsabilidade principalmente dos funcionários técnicos administrativos envolvidos, não seriam atingidas a forma e a qualidade necessárias ao sucesso da atividade. 

A Expociência representa um espaço significativo e verdadeiro de troca de experiências e de oportunidade de conhecer a produção científica de forma interdisciplinar e coletiva.

Boa leitura a todos!

 

 

Profª. Mª. Neuza Maria da Siqueira Nunes

Coordenadora da Extensão Universitária da Faculdade Metropolitana São Carlos

COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA 

Direção Geral
Dr. Carlos Oliveira Abreu

Direção Acadêmica
Dra. Fernanda Castro Manhães

Direção Administrativa
Sr. Carlos Luciano Bieli Henriques

Assessoria Acadêmica
Me. Edyala de Oliveira Brandão Veiga

Coordenação de Extensão Universitária
Ma. Neuza Maria de Siqueira Nunes

Coordenação de Monitoria, Pesquisa e TCC
Dr. Tauã Lima Verdan Rangel

Coordenação do Curso de Administração
Me. Sérgio Elias Istoé

Coordenação do Curso de Direito
Ma. Geovana Santana da Silva

Coordenação do Curso de Enfermagem
Me. Roberta Silva Nascimento

Coordenação do Curso Medicina
Dr. Antônio Neres Norberg
Dra. Bianca M. Mangiavacchi (Ciclo Básico)
Dra. Lígia C. Matos Faial (Ciclo Clínico)

Coordenação do Curso de Gestão em Recurso Humanos
Me. Fernando Xavier de Almeida

Coordenação do Curso de Gestão Hospitalar
Me. Sérgio Elias Istoé

Secretaria Acadêmica
Espa. Danila Ferreira Cardoso

Setor Financeiro
Sra. Bruna de Souza Vieira

Núcleo de Apoio Psicopedagógico
Ma. Vânia Márcia Silva do Carmo Brito

Setor de Recursos Humanos
Espa. Edimara Bizerra da Silva

 

ORGANIZAÇÃO E EDITORAÇÃO
Dra Bianca Magnelli Mangiavacchi
Ma. Neuza Maria de Siqueira Nunes
Srta. Amanda Passalini de Almeida

FACULDADE METROPOLITANA SÃO CARLOS

Avenida Governador Roberto Silveira, nº 910

Bom Jesus do Itabapoana-RJ CEP: 28.360-000

Site: www.famescbji.edu.br

Telefone: (22) 3831-5001

 

 

O conteúdo de cada trabalho é de responsabilidade exclusiva dos autores.

A reprodução dos textos é autorizada mediante citação da fonte.