O IMPACTO AMBIENTAL DOS INCÊNDIOS NAS FLORESTAS DA AUSTRÁLIA

  • Autor
  • Fernando Xavier de Almeida
  • Co-autores
  • Carla Maria de Almeida Moraes , Luan Rangel de Araújo , Lucas Figueiredo Oliveira Jana , Guilherme Gomes da Silva Tardin
  • Resumo
  •  

    O IMPACTO AMBIENTAL DOS INCÊNDIOS NAS FLORESTAS DA AUSTRÁLIA

     

    BASTOS, Carla Maria de Almeida Moraes

    Professora do curso de administração da Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC)

    E-mail: calmeidamoraesbastos@gmail.com

     

    ALMEIDA, Fernando Xavier de

    Professor do curso de administração da Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC)

    E-mail: fxalmeida@gmail.com

     

    ARAÚJO, Luan Rangel de

    Graduando do 2º período de Administração da Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC)

    E-mail: luankybbe_@hotmail.com

     

    JANA, Lucas Figueiredo Oliveira

    Graduando do 2º período de Administração da Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC)

    E-mail: lfigueiredooliveirajana@gmail.com

     

    TARDIN, Guilherme Gomes da Silva

    Graduando do 2º período de Administração da Faculdade Metropolitana São Carlos (FAMESC)

    E-mail: guitardin1@hotmail.com

     

     

    INTRODUÇÃO

     

              O presente trabalho aborda sobre o incêndio que ocorreu na Austrália em junho de 2019 e se prolongou até maio de 2020. Esse fenômeno ocorre de forma irregular todos os anos, geralmente entre o final da primavera, novembro, e o início do verão, dezembro. Porém, no ano passado (2019), o incêndio começou de forma extemporânea, antes do previsto, e de forma extremamente agressiva. Isso se deu devido à elevada temperatura, superior a 45ºC e à falta de chuva, que resultou em vegetação seca.

    O referido incêndio influenciou a economia e prejudicou o turismo do país, além de causar enormes prejuízos as vidas silvestre e humana, acarretando grandes perdas para o meio ambiente. Sendo assim, faz-se necessário descrever qual o impacto ambiental dos incêndios nas florestas da Austrália.  

                O objetivo principal deste resumo expandido é discorrer acerca do impacto ambiental dos incêndios nas florestas da Austrália pelo mundo. E, além disso, relatar as causas deste fenômeno, apresentar as consequências negativas geradas por ele, bem como abordar a questão do homem também ter responsabilidade nessa tragédia ambiental.

     Fenômenos climáticos que afetam o país levaram a secas severas e incêndios exacerbados os quais, de acordo com Rodrigues (2017), contribuíram para lançar na atmosfera quantidades abundantes de gases de efeito estufa, aumentando a temperatura média da Terra. E, com isso, o planeta inteiro sai perdendo.

     

     

    MATERIAL E MÉTODOS

     

              Para a análise do tema deste resumo expandido o método empregado foi a revisão bibliográfica com base em leituras de alguns sites selecionados da internet que discorrem sobre o tema abordado. Além disso, foram apresentadas informações referentes ao avanço da temperatura na Austrália, à partir de 1910, para que fosse mais bem explicado e compreendido o presente assunto.

     

     

    DESENVOLVIMENTO

             

    Um ano se passou, outro ano começou e a Austrália continuou a arder. Desde julho de 2019, incêndios têm varrido o país: cerca de 10 milhões de hectares de terra foram queimados e 28 pessoas morreram (RODRIGUES, 2017). Segundo Mendonça (2020, s.p.) “Cerca de meio bilhão de animais foram mortos nos incêndios florestais que devastam a Austrália. A informação foi divulgada pela Universidade de Sydney”. Alguns especialistas estimam que, o coala, o símbolo do país, é uma das espécies mais afetadas por esses incêndios florestais.

    Como todos os anos acontece naturalmente esse fenômeno no país, não se pode dizer que os australianos foram pegos de surpresa. Segundo o governo local, várias plantas nativas do país são naturalmente inflamáveis, e algumas espécies de plantas dependem do fogo para se regenerar. E ainda, a chamas têm um papel importante para os povos indígenas, que durante muito tempo usaram os rastros do fogo para demarcar territórios (RODRIGUES, 2017).

    Greenpeace (2020) disserta acerca das queimadas na Austrália:

    Os incêndios florestais acontecem todos os anos, em todo o país – diferente do que acontece na Amazônia, o fogo faz parte da ecologia da Austrália. Mas o que têm tornado a situação deste ano tão catastrófica é a combinação de secas e calor recordes que, segundo pesquisadores, é um dos efeitos previstos das mudanças climáticas. E as notícias não são boas: as projeções mostram que esta pode ser a temporada de fogo mais longa já registrada pelo país (GREENPEACE, 2020, s p).

     

    “De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) o total queimado de janeiro a novembro de 2019 foi de 70.698 km² que valem a 7.069.800 hectares” (Incêndios, 2020), algo extremamente absurdo. A Austrália vive a pior temporada de queimada e, para somar com tudo isso, vem passando períodos de secas e temperaturas altíssimas.

    O consenso científico é que os níveis crescentes de dióxido de carbono estão esquentando a Terra. O clima na Austrália tem se tornado cada vez mais quente nas últimas décadas, e espera-se que continue assim (Incêndios, 2020), conforme demonstra o Gráfico na Figura, abaixo.                                                                                                    

    Embora os incêndios sejam uma parte natural do ciclo climático da Austrália, os especialistas há muito alertam que este clima quente e seco fará com que os incêndios se tornem mais frequentes e intensos. Padrões climáticos mais extremos e temperaturas mais altas aumentam o risco de incêndios florestais e fazem com que eles se espalhem mais rapidamente para áreas maiores (Incêndios, 2020).

     

     

    RESULTADOS E DISCUSSÃO

     

    Todo o panorama mostra que o incêndio das costas leste e sul da Austrália é um terrível reflexo de uma má conduta humana. Há que se levar em consideração que alguns incêndios foram, também, começados de forma proposital, inclusive, do ponto de vista do impacto ambiental, essas perdas em particular constituem perdas imensuráveis (RODRIGUES, 2017). Em muitos casos, comunidades e biomas inteiros sofrem perdas irreparáveis, mortes e extinções.

    Normalmente, os incêndios têm despertado a vigilância de várias comunidades e grupos, desde ambientalistas, biólogos, ativistas a comunidades inteiras, geralmente internacionais. Tomando o incêndio na Austrália como exemplo, a tragédia foi exacerbada pelas condições climáticas e a severa seca subsequente.

    Em dezembro de 2019, no dia 17, a temperatura chegou a máxima de 40,9º C e, no dia seguinte, 41,9ºC. Com essas altas temperaturas, seguidas da seca e do fenômeno Dipolo do Oceano Índico – uma espécie de “El Niño” índico – que aumenta, ainda mais, o calor, o fogo começou e se espalhou rapidamente (RODRIGUES, 2020). Na Figura, a seguir, exemplo do fenômeno Dipolo do Oceano Índico.

    Milhares de animais, criaturas e micro-organismos, e toda a comunidade biológica, foram destruídos pelo fogo. As coisas que foram preservadas têm extrema dificuldade em reconstruir as suas vidas num ambiente completamente destruído, ou seja, o habitat também desapareceu. Em muitos casos, estes locais são vitais para os animais. Sob esta dependência, esses animais não podem sobreviver sem outros animais.

              Deve-se considerar, também, que a Austrália é um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta, o que significa que, por exemplo, se o cidadão brasileiro é responsável por determinadas emissões, a Austrália ainda emitirá mais.

    Os impactos ambientais, além dos enormes prejuízos causados as vidas silvestre e humana, também influenciaram a economia do país, superando o “Black Saturday” (sábado negro, em português) um incêndio de proporção monumental que atingiu a Austrália, em 2009. À época os prejuízos ultrapassaram a US$3 bilhões de dólares, o equivalente a cerca de R$ 12 bilhões de reais (Agência, 2020).

    Além disso, as chamas, do incêndio de 2019, prejudicaram o turismo na Austrália. Conforme Agência (2020, s.p.) “os dados do Moody’s Analytics flagraram um prejuízo significativo para o setor turístico, que costuma experimentar pico de visitantes nesta época do ano”. 

     

     

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

     

    O presente trabalhou visou mostrar, com o exemplo do incêndio ocorrido em 2019, na Austrália, que os prejuízos que aquele tipo de tragédia pode gerar configuram perdas muito além daquelas de ordem financeira.

    O impacto no meio ambiente é geralmente irreversível, pois muda a estrutura de toda a comunidade biológica, a estrutura natural dos animais, o habitat e seu modo de vida e comportamento.

    Portanto, de forma cíclica e previsível, esses incêndios estão se tornando cada vez mais destrutivos e letais, sendo necessário preconizar ações rigorosas para que causem menos perdas e danos, no momento em que o caos está prestes a ocorrer. A chegada é irreversível a ponto de os humanos não resistirem e se extinguirem.

     

     

    REFERÊNCIAS

     

    Agência O Globo. Prejuízos com fogo na Austrália ultrapassam R$ 12 bilhões, apontam especialistas. 2020. Disponível em: https://ultimosegundo.ig.com .br/mundo/2020-01-09/prejuizos-com-fogo-na-australia-ultrapassam-r-12-bilhoes-apontam-especialistas.html. Acesso em: 25 set. 2020.

     

    GRANDA, Manu. Incêndios ameaçam diversidade da fauna australiana. 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-01-13/incendios-ameacam-diversidade-da-fauna-australiana.html. Acesso em: 30 set. 2020.

     

    Greenpeace Brasil. Incêndios na Austrália: tragédia incontrolável. 2020. Disponível em: https://www.greenpeace.org/brasil/blog/incendios-na-australia-tragedia-incontrolavel/. Acesso em: 30 set. 2020.

     

    Incêndios na Austrália: por que a temporada de queimadas está tão forte neste ano? BBC News Mundo, 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51011488#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20Instituto,e%20meses%20de%20seca%20extrema. Acesso em: 30 set. 2020.

     

    MENDONÇA, Ana. Cerca de meio bilhão de animais foram mortos nos incêndios florestais da Austrália. Estado de Minas Internacional, 2020. Disponível em:https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/01/03/interna_internacional,1112030/cerca-de-meio-bilhao-de-animais-foram-mortos-nos-incendios-florestais.shtml. Acesso em: 24 set. 2020.

     

    RODRIGUES, Leticia. O impacto ambiental dos incêndios na Austrália pelo mundo. 2017. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-Ambiente/noticia/2020/01/o-impacto-ambiental-dos-incendios-na-australia-pelo-mundo.html. Acesso em: 24 set. 2020.

     

  • Palavras-chave
  • Incêndio Florestal, Austrália, Impacto Ambiental
  • Modalidade
  • Vídeos
  • Área Temática
  • Ciências Sociais e Aplicadas
Voltar Download

Essa publicação reúne as produções científicas de discentes, docentes e pesquisadores dos cursos de graduação da Faculdade Metropolitana São Carlos – FAMESC, unidade de Bom Jesus do Itabapoana-RJ, participantes da V Expociência Universitária do Noroeste Fluminense, com a temática: Os impactos da pandemia nas relações sociais, jurídicas e de saúde, realizada entre 21 e 23 de outubro de 2020.

Em sua 5º edição, o evento se destina, fundamentalmente, o propósito de se criar, na Instituição, um lugar de intercâmbio científico e cultural entre os pares, privilegiando-se uma discussão sobre as teorias interdisciplinares que ganham expressão no debate acadêmico contemporâneo.

Nessa edição os trabalhos apresentados envolvem àreas das Ciências Humanas e Sociais, Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Estudos Interdisciplinares. Tal fator resultou na apresentação de 204 (duzentos e quatro) trabalhos de pesquisa apresentados a seguir. Acreditamos que a discussão ampliada, que inclua os diversos atores envolvidos nas diversas áreas, e, entendendo que existe uma abordagem interdisciplinar, esperamos contribuir para o fomento do saber acadêmico científico, viabilizando um espaço à divulgação de resultados de pesquisas relevantes para a formação do licenciando, bacharel, e do pesquisador da área e de áreas afins.

Por outro lado, queremos destacar que foi imprescindível a atuação coletiva na organização deste evento, que contou com a participação do corpo diretivo, das coordenações de curso, docentes e discentes. Sem o interesse de todos, a dedicação e a responsabilidade principalmente dos funcionários técnicos administrativos envolvidos, não seriam atingidas a forma e a qualidade necessárias ao sucesso da atividade. 

A Expociência representa um espaço significativo e verdadeiro de troca de experiências e de oportunidade de conhecer a produção científica de forma interdisciplinar e coletiva.

Boa leitura a todos!

 

 

Profª. Mª. Neuza Maria da Siqueira Nunes

Coordenadora da Extensão Universitária da Faculdade Metropolitana São Carlos

COMISSÃO ORGANIZADORA E CIENTÍFICA 

Direção Geral
Dr. Carlos Oliveira Abreu

Direção Acadêmica
Dra. Fernanda Castro Manhães

Direção Administrativa
Sr. Carlos Luciano Bieli Henriques

Assessoria Acadêmica
Me. Edyala de Oliveira Brandão Veiga

Coordenação de Extensão Universitária
Ma. Neuza Maria de Siqueira Nunes

Coordenação de Monitoria, Pesquisa e TCC
Dr. Tauã Lima Verdan Rangel

Coordenação do Curso de Administração
Me. Sérgio Elias Istoé

Coordenação do Curso de Direito
Ma. Geovana Santana da Silva

Coordenação do Curso de Enfermagem
Me. Roberta Silva Nascimento

Coordenação do Curso Medicina
Dr. Antônio Neres Norberg
Dra. Bianca M. Mangiavacchi (Ciclo Básico)
Dra. Lígia C. Matos Faial (Ciclo Clínico)

Coordenação do Curso de Gestão em Recurso Humanos
Me. Fernando Xavier de Almeida

Coordenação do Curso de Gestão Hospitalar
Me. Sérgio Elias Istoé

Secretaria Acadêmica
Espa. Danila Ferreira Cardoso

Setor Financeiro
Sra. Bruna de Souza Vieira

Núcleo de Apoio Psicopedagógico
Ma. Vânia Márcia Silva do Carmo Brito

Setor de Recursos Humanos
Espa. Edimara Bizerra da Silva

 

ORGANIZAÇÃO E EDITORAÇÃO
Dra Bianca Magnelli Mangiavacchi
Ma. Neuza Maria de Siqueira Nunes
Srta. Amanda Passalini de Almeida

FACULDADE METROPOLITANA SÃO CARLOS

Avenida Governador Roberto Silveira, nº 910

Bom Jesus do Itabapoana-RJ CEP: 28.360-000

Site: www.famescbji.edu.br

Telefone: (22) 3831-5001

 

 

O conteúdo de cada trabalho é de responsabilidade exclusiva dos autores.

A reprodução dos textos é autorizada mediante citação da fonte.