Introdução: A Fala rápida é uma expressão utilizada para os distúrbios de fluência como a taquilalia e taquifemia. Tais distúrbios muitas vezes são confundidos com a gagueira uma vez que o aumento da velocidade de fala geralmente aumenta o número de hesitações/defluências na fala, ocasionando a falsa impressão de gagueira. A taquilalia e a taquifemia, assim como a gagueira, estão codificadas na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), sendo assim, consideradas cientificamente como distúrbios ou transtorno de fala. A atuação do fonoaudiólogo em pessoas com taquifemia é importante para melhorar para melhorar a comunicação, priorizando a redução da velocidade de fala, a diminuição das defluências e o aumento da inteligibilidade da fala. Objetivo: Relatar por meio de experiência, a importância da fonoaudiologia a atenção ao paciente com taquifemia. Método: Trata-se de um relato de experiência do tipo descritivo, realizado por acadêmica do curso de fonoaudiologia de uma IES (Instituição de ensino superior), estudo na disciplina de saúde coletiva, em um atendimento na atenção básica à saúde, no interior do Ceará, no ano de 2023. Foi realizado uma escuta com o paciente e, como complemento do estudo descrito, o uso do caderno de anotações de uso pessoal onde foi anotado os dados da anamnese. Resultado: Durante o momento a fala do paciente foi avaliada de forma espontânea (através da anamnese) e através da leitura de um texto. Nas duas ocasiões foi observado: velocidade de fala rápida com rupturas do fluxo de fala, articulação travada, coarticulação entre os sons, rigidez/tensão nos órgãos fono articulatórios. O paciente realizou todas as solicitações, porém mostrou-se bastante tímido, com cabeça sempre baixa, não fazendo contato visual. Foi sugerido estratégias como: leitura de um texto com a articulação exagerada, leitura com uma espátula na boca, leitura de texto com pausas a cada três palavras. Após as leituras foi observado um início de fala mais lento. Foi indicado a realização das estratégias em casa, além de exercícios de conscientização da coordenação pneumofonoarticulatoria. Conclusão: conclui-se que o fonoaudiólogo é imprescindível no cuidado aos pacientes com taquifemia, e que a sua inserção na Atenção Primária à Saúde é de grande importância para o acolhimento das demandas relacionadas aos problemas de comunicação, que ocasionam impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes.
Referências:
LIMA, Ana Carolina Conti et al. Influência familial e ambiental em um quadro de taquifemia: relato de caso. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 2012. Acesso em: 24 mar. 2023.
Merlo, Sandra, 2020. In: https://gagueira.org.br/taquifemia/taquifemia-fala-rapida.Acessado em: 24/03/2023.
NAGIB, Leila; MOUSINHO, Renata; SALLES, Gil Fernando da Costa Mendes de. Caracterização do bullying em estudantes que gaguejam. Rev. psicopedag. São Paulo, V. 33, n.102, p.235-250, 2016.Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862016000300003&lng=pt&nrm=iso. acesso em 24 mar. 2023.
OLIVEIRA, Cristiane Moço Canhetti de et al. Perfil da fluência de indivíduos com taquifemia. Pró-Fono Revista de Atualização Científica, v. 22, p. 445-450, 2010.
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