Introdução: A transfusão de hemoderivados é uma forma de tratamento através do qual infunde-se no paciente, por via endovenosa, um tipo específico de hemocomponente para tratar uma condição clínica específica. Além disso, ele torna-se um procedimento complexo associado a um risco significativo de complicações, sendo importante como suporte na realização de tratamentos, transplantes, quimioterapias e diversas cirurgias. Adiante, é de suma importância que a equipe de enfermagem seja capaz de executar corretamente esta prática, reconhecendo os principais desafios e reações adversas que podem ocorrer antes ou após a transfusão de hemocomponentes. Objetivo: Explorar e reforçar o papel da equipe de enfermagem diante dos desafios encontrados na transfusão de hemocomponentes, trazendo propostas para a melhoria nos cuidados ao paciente, desde a captação de doadores até sua administração ao paciente. Método: Foi realizada uma revisão da literatura já existente sobre a temática na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores e critérios de inclusão: Equipe de Enfermagem; Processo de Enfermagem; Transfusão de Sangue. Dessa forma, evidenciaram-se 7 artigos, na língua portuguesa, nos últimos 5 anos sobre os determinados tópicos, 6 pertencentes à BDENF (Base de dados de enfermagem) e 1 à LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), sendo minuciosamente analisados. Resultados: Após a exploração das necessidades de melhoria na assistência perante as transfusões, destacam-se as principais condutas de enfermagem: verificação dos sinais vitais do paciente que receberá o hemocomponente, antes, durante e após procedimento; verificação da assinatura do termo de consentimento de transfusão; certificação do tipo de hemocomponente solicitado; determinação do tipo sanguíneo e a prova cruzada em relação à transfusão; comparação das etiquetas para ter certeza de que o grupo ABO e o tipo RH estão de acordo com a compatibilidade do registro; e avaliação da bolsa quanto à presença de bolhas, coloração diferente ou turvação. Dentre as principais reações tranfusionais, destacam-se: mal-estar, tremores, calafrios, febre (superior a 38º C), sudorese, palidez cutânea, mialgia, taquicardia, taquipinéia, cianose, náuseas, vômitos. Embora algumas reações sejam inevitáveis, a maioria das reações transfusionais é atribuída a erro humano, devendo haver intervenção imediata da equipe multiprofissional no estabelecimento da conduta adequada para o paciente específico, além da necessidade de notificação de eventos adversos por parte da equipe de enfermagem, a fim de introduzir medidas corretivas e preventivas. Conclusão: É necessário conscientizar os profissionais para o adequado monitoramento dos pacientes transfundidos e prepará-los para tomar as decisões necessárias caso haja alguma reação transfusional, além de notificar os incidentes observados. Contudo, faz-se fundamental a implantação de programas de educação continuada e treinamentos para a melhoria na assistência de enfermeiros e técnicos de enfermagem na prática transfusional, com troca constante de informações e busca contínua de aperfeiçoamento nos serviços prestados.
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