Introdução: As cardiopatias congênitas complexas são anomalias do coração que podem levar a complicações na gravidez, tanto para a mãe quanto para o feto. A avaliação do risco materno-fetal em cardiopatias congênitas é um processo complexo e multidisciplinar que envolve uma avaliação clínica, ecocardiográfica e obstétrica do paciente. Os principais fatores que influenciam o risco materno-fetal são a gravidade da cardiopatia, o tipo de lesão, a presença de doenças cardíacas associadas, o grau de disfunção ventricular, a presença de hipertensão pulmonar, a presença de arritmias e a idade materna. Objetivo: Descrever com base na literatura a avaliação do risco materno-fetal em cardiopatias congênitas complexas. Método: Consiste de uma revisão de literatura sobre avaliações de risco materno-fetal com cardiopatias congênitas, no qual utilizou-se de buscas online pelo Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde - Informações e conhecimento para a saúde para buscas de dados, via: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Sistema de Analise e Recuperação de Literatura Médica (MEDLINE), foi utilizado os descritores: cardiopatias congênitas, fatores de risco e prevenção, conectados pelo operador booleano and, publicados nos últimos 10 anos (2013 – 2023), nos idiomas português e inglês. Foram excluídos os artigos que não estavam relacionados com a intenção das buscas, sendo, portanto, aplicado somente 2 na composição desta avaliação. Resultados: A avaliação do risco materno-fetal deve ser realizada por uma equipe multidisciplinar, incluindo um cardiologista fetal, um obstetra, um anestesiologista e um neonatologista. É importante que a paciente receba cuidados pré-natais adequados e que seja monitorada de perto durante a gravidez e no pós-parto. O período neonatal em pacientes com cardiopatia congênita pode ser crítico devido a dois fatores: a gravidade de alguns defeitos comuns e as mudanças fisiológicas que tipicamente ocorrem durante esse período. Portanto, esse grupo de crianças deve ser abordado com muito cuidado na atenção básica, visando à detecção precoce de cardiopatias, ainda durante o pré-natal. Cuidados extras devem ser tomados após o parto, pois ocorrem mortes maternas relacionadas a doenças cardíacas durante esse período. As pacientes devem ser admitidas em terapia intensiva nas primeiras 24 ou 48 horas após o parto e a alta deve ser adiada. Em suma, a gravidez em pacientes com doença cardíaca representa um desafio hemodinâmico com importantes implicações maternas e perinatais. A ajuda adequada pode prevenir complicações mais graves visando à redução da morbimortalidade materno-fetal. Conclusão: O tratamento da cardiopatia congênita durante a gravidez depende da gravidade da lesão e da condição da paciente. Em alguns casos, pode ser necessário realizar cirurgia fetal ou interrupção da gravidez. Em outros casos, pode ser possível controlar os sintomas com medicamentos ou monitoramento cuidadoso. Em resumo, a avaliação do risco materno-fetal em cardiopatias congênitas é um processo complexo e multidisciplinar que exige cuidados pré-natais adequados e acompanhamento do paciente durante a gravidez e no pós-parto.
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