RELAÇÃO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÉMICA COM A DIETA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • Autor
  • Francisca Eduarda Patricio Pessoa
  • Co-autores
  • Francisco Alexandre Sousa Moura , Geórgia de Mendonça Nunes Leonardo
  • Resumo
  •  

    Introdução: A Organização Mundial da Saúde, define hipertensão arterial sistêmica (HAS) como uma doença crônica, caracterizada pelo elevado e sustentado nível de pressão arterial (PA), com valores de PA sistólica ? 140 mmHg e/ou de PA diastólica ? 90 mmHg. A alimentação adequada influencia diretamente nos quadros de doenças crônicas não transmissíveis, incluindo a HAS, desta forma, considera-se como uma fisiopatologia, pois, surgi como um fator de risco de mortalidade associado a doenças cardiovasculares, hipercolesterolemia, hiperglicemia e obesidade. Isto posto, percebe-se que a HAS, afeta diretamente nas condições também mecânicas dos indivíduos. Objetivo: Demonstrar a relação existente entre a alimentação e o surgimento e manutenção da hipertensão arterial sistêmica. Método: Trata-se de estudo de revisão, do tipo bibliográfico, a partir de estudos científicos que abordam o tema de nutrição e HAS. Realizou-se a busca dos artigos na plataforma da Biblioteca Virtual de Saúde, especificamente nas bases de dados Medline e Lilacs, com a utilização dos descritores em ciências da saúde “nutrição”, “alimento”, “pressão arterial” e “relação” e suas combinações por meio dos operadores booleanos. Foram incluídos nesta revisão cinco estudos originais publicados em língua inglesa ou portuguesa, no período de 2012 a 2023, disponíveis na íntegra e tendo como assunto principal: “tratamento nutricional”, “pressão arterial”, “consumo alimentar e pressão arterial”, excluindo-se trabalhos acadêmicos, estudos de revisão, trabalhos inconclusivos ou que destoavam do tema principal. Resultados: Observou-se em todos os estudos a relação entre o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio e gordura e a elevação nos níveis pressóricos. Dois estudos relacionaram o descontrole de PA em indivíduos com dieta pobre em legumes verduras e que não praticavam atividade física ou os dois fatores combinados. A variabilidade na dieta mostrou-se um fator benéfico em indivíduos que apresentavam HAS, ajudando no seu controle. Em dois estudos o consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos processados ou ultraprocessados foi associado à elevação da PA, quando comparado a pacientes que não faziam esse consumo com frequência. Fora relatado ainda em indivíduos com elevação na PA, alterações nos marcadores antropométricos, níveis de glicemia em jejum, colesterol total e triglicerídeo sanguíneo. Ainda, dois estudos demonstraram que dietas hipossódicas apresentaram efeitos benéficos nos quadros de HAS, sendo a restrição calórica inicial como um meio de tratamento. Alimentos substitutos ou complementares ao sódio, como molhos, temperos e outros aditivos foram registrados como prejudiciais e diretamente ligados ao surgimento da HAS. Considerações Finais: Existe relação entre alimentação e HAS, de modo que se identifica o consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas como um fator agravante aos quadros de HAS, além da baixa ingestão de alimentos in natura, bem como a falta de prática de atividades físicas. O sódio elevado apresenta-se como principal fator maléfico para o descontrole da PA, além de alimentos que apresentaram alto teor deste composto, como molhos, temperos e outros aditivos alimentares.

     

  • Palavras-chave
  • Sódio, Ultraprocessados, Consumo alimentar, Hipertensão, Hipossódica.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ensino na integração entre pesquisa e extensão
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