Introdução: A transfusão sanguínea é uma terapia utilizada no tratamento de hemorragias, anemias, coagulopatias, plaquetopenias e outros. Os principais componentes utilizados são hemácias, plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. A hemotransfusão possui como finalidade o restabelecimento ou manutenção de transporte de oxigênio, restauração do volume e homeostase sanguínea. A enfermagem atua executando e supervisionando a administração dos hemocomponentes e hemoderivados, identificando possíveis reações adversas e registrando informações acerca da transfusão. Objetivo: Identificar a atuação de Enfermagem frente a transfusão sanguínea. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica, utilizando-se como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e tendo como descritores: Reação Transfusional, Transfusão Sangue, Enfermagem, combinados com o operador booleano and. Como critérios de inclusão, optou-se por artigos disponíveis na integra publicados nos últimos cinco anos (2022-2018). Como critérios de exclusão, utilizou-se: artigos duplicados e estudos que não correspondiam com a temática estudada, encontrando-se 12 produções. Na leitura de títulos, resumos e palavras-chave destas na íntegra, selecionou-se 5 trabalhos científicos e após a leitura completa das produções, selecionou-se 3 trabalhos para compor a amostra final do estudo, pois apresentavam concordância com a temática em questão. Resultados: A equipe de enfermagem atua em alguns aspectos importantes na transfusão sanguínea, desde a conferência no recebimento da bolsa a dupla checagem na administração dos hemocomponentes. Ao receber o sangue o profissional enfermeiro deve realizar a checagem dos dados, quanto o rótulo da bolsa, etiqueta de liberação e identificação do hemocomponente, validade e inspeção visual da bolsa. Antes do início da administração da transfusão sanguínea deve ser realizado a aferição dos sinais vitais nos 15 minutos antes, 15 minutos após o início e ao término da transfusão. No prontuário do paciente submetido a transfusão deve constar a data, hora de início e término do procedimento, sinais vitais do início e término da transfusão, identificação da bolsa do hemocomponente, identificação do profissional responsável, além do registro de reação transfusional se houver. As reações transfusionais são classificadas em imediatas e tardias. As imediatas ocorrem nas primeiras 24 após o início da transfusão sanguínea, e as tardias ocorrem após as 24 horas da transfusão. As reações transfusionais imediatas apresentam como principais sinais e sintomas febre, calafrios, dor no peito, abdômen e região lombar, alterações da pressão arterial, desconforto respiratório, náuseas, com ou sem vômito, urticárias e anafilaxia. As principais alterações tardias são reação hemolítica tardia, púrpura pós-transfusão, doença do enxerto-versus-hospedeiro associada a transfusão e sobrecarga de ferro. A conduta de enfermagem frente as reações transfusionais devem seguir os seguintes passos: comunicar ao médico, interromper a transfusão, guardar a bolsa e comunicar a agência transfusional, verificar os sinais vitais, administrar solução fisiológica 0,9%, enviar amostra sanguínea do paciente junto a bolsa e o equipo ao serviço de hemoterapia, enviar amostra de sangue e urina ao laboratório clínico, notificar ao serviço de hemoterapia e comitê transfusional a suspeita de reação, e registrar as ações no prontuário do paciente. Conclusão: Diante do exposto, fica evidente a atuação de enfermagem acerca da transfusão sanguínea e suas possíveis reações transfusionais.
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