Introdução: A alimentação coletiva é promovida em Unidades de Alimentação e Nutrição- UAN, onde se tem a presença do profissional Nutricionista juntamente com os colaboradores e profissionais que preparam refeições para seus comensais. O desperdício alimentar é bastante visível nessas unidades por conta dos comensais e até mesmo na hora do preparo das refeições. Estratégias para redução do desperdício tornam- se cada vez mais necessárias, não somente a fim de promover a sustentabilidade, mas que resulta na redução de gastos para a unidade. Essa promoção deve- se não somente aos colaboradores, mas também aos comensais. Objetivo: Evidenciar os quadros de desperdícios de alimentos em unidade de alimentação e nutrição. Método: Trata- se de uma revisão bibliográfica do tipo qualitativa, por meio de artigos científicos publicados em língua portuguesa, de 2012 a 2022, na integra, que abordem como tema principal “Unidade de alimentação e nutrição” e “Desperdício alimentar ou de alimentos”. Foram utilizados como descritores os seguintes termos “UAN”, “Unidade de alimentação e Nutrição”, “produção de alimentos”, “desperdício”, “sobras sujas”, e todos estes combinados. A pesquisa resultou em 12 artigos científicos dos quais 8 foram utilizados neste trabalho. Foram excluídos artigos inconclusos, fora da temática principal, revisões bibliográficas ou integrativas, monografias, dissertações e teses. Resultados: Todos os estudos demonstraram em média 07 dias de observação, sendo em todos o almoço como refeição avaliada, onde em todas as pesquisas foram observados descarte de resto ingesta acima das quantidades consideradas ideias pela literatura (<10%), variando de 13,56% até 27% em todos os estudos. O principal formato de refeição utilizado foi o Self- Service (autosserviço), sendo este um dos principais motivos apresentados para o elevado desperdício, visto as situações de exagero dos comensais, adicionando em seu prato quantidades divergentes do que normalmente comeriam. Outro fator destacável foi a quantidade per capita, variando 22,80 g até 70,50 g por/pessoa no almoço. Em pelo menos 03 estudos foram realizadas campanhas de conscientização para o desperdício, obtendo resultados satisfatórios em dois estudos. Premiações para os comensais que consumissem todos os itens da sua refeição ou palestras de conscientização foram as principais alternativas. A capacitação, apontado a sua falta como agravante para a elevação nos índices de desperdício, foi recorrente, a fim de barrar a crescente, ao passo que a falta de variabilidade no cardápio e a falta de contato com o público foi também relatada. Isto posto, ficam evidentes que as campanhas de conscientização e estratégias de redução de sobras apresentam- se como estratégias válidas frente a falta de capacitação e planejamento de algumas unidades. Conclusão: Deste modo, entende- se que o desperdício de alimentos em UAN apresenta- se como um cenário frequente e recorrente, variando conforme as demandas das unidade, sendo a falta de planejamento, variabilidade do cardápio e a própria orientação quando ao desperdício para os colaboradores e comensais os principais fatores que acarretam aos elevados registros de alimento descartado, onde práticas de educação alimentar e nutricional, palestras e o uso de premiações para os comensais são estratégias viáveis para a redução progressivamente significativa
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