APOROFOBIA E O ESTADO NEOLIBERAL: A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA POBRE SOBRE ATAQUE

  • Autor
  • Alíne dos Santos Líma
  • Co-autores
  • Jorge Luiz Cunha Lima
  • Resumo
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    APOROFOBIA E O ESTADO NEOLIBERAL: A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA POBRE SOBRE ATAQUE

     

     

    Introdução:

    Em uma sociedade predominantemente capitalista é observada uma patologia social que se manifesta na aversão a alguém que é percebido como diferente, denominado aporofobia. Esta nomenclatura foi criada pela  filósofa espanhola Adela Cortina e vem do grego á-poros, que significa “sem recursos”. Sendo assim, o termo significa “rejeição ou aversão aos pobres”. Mas afinal, quem são os pobres hoje atingidos pela aporofobia? Os pobres e debilitados são aqueles das classes baixas e dominadas, aqueles que não detêm nem o poder e nem o saber. Ou seja, são os invisíveis na sociedade, aquelas que passam fome e frio nas esquinas das cidades. Mas, o Estado não pode se omitir de seu papel constitucional no combate aos flagelos da pobreza e da desigualdade socioeconômica (art. 3º, III, CF/88). Sem dúvida, é importante uma aproximação para procurar compreender as diversas motivações e circunstâncias que levam um cidadão a ficar em situação de rua, pedindo alimento nas cidades. A pesquisa abordou como objeto de estudo o Estado neoliberal como promotor da aporofobia ao desenvolver a exclusão socioeconômica e a estigmatização da pessoa pobre. Objetivo: promover uma reflexão crítica sobre a relação entre a aporofobia e o Estado neoliberal, como perpetuadora da exclusão socioeconômica da pessoa pobre. Método: Refere-se a uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, utilizando-se de artigos e livros recentes acerca da temática. Resultados: O Estado neoliberal é aporofobico desde o início da década de 1970, pois é notória a preocupação de alguns líderes religiosos e sensibilização de alguns poucos políticos, buscando uma mudança nesta realidade de tantas pessoas que sofrem com as medidas aporofobicas, considerando que a maioria se encontra em situação de rua, bem como se entende a pandemia da covid-19 como agravante do alto grau de

     

    desigualdade socioeconômica. Conclusão: Através da referida pesquisa, conclui se através da  analogia entre a aporofobia e a dignidade da pessoa humana, que são pontos distantes, Observa-se uma segregação com esta comunidade menos favorecida, mas trata-se de algo enraizado desde o início da humanidade, o Estado neoliberal sempre implantou medidas aporofobicas, disseminando o que se chama aporofobia institucional, descuidando da atenção socioassistencial com relação à população mais vulnerável naquele momento, promovendo intervenções políticas opacas com relação à superação da desigualdade socioeconômica.

    Descritores: Aporofobia; Sociedade; Desigualdade; Estado Neoliberal; Pobres.

    Referências:

    CORTINA, Adela. Aporofobia, A aversão ao Pobre: Um Desafio para a Democracia. Trad. Daniel Faber – São Paulo: Ed. Contracorrente, 2020 volume 1.

    BRASIL, Senado Federal do. Projeto de Lei nº 1636 de 2022. Senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP). Brasília (DF): Senado Federal, 2022.

    MEIRELES, Carla. Desigualdade Social: Um Problema Sistêmico e Urgente: Disponível em: https://www.politize.com.br/ desigualdade-social/. Acesso em: 03/04/2023.

    VAGO, Alcantâra Augusto. Aporofobia como instrumento de estratificação social no meio ambiente de trabalho. 2021 IJDR.

     

  • Palavras-chave
  • Aporofobia, Sociedade, Desigualdade, Estado Neoliberal, Pobres.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Pesquisa científica na prática universitária
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