Introdução: A Portaria 272/98 estabelece que a Nutrição Parenteral (NP) é uma solução ou emulsão, composta de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril e epirogênica, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos sistemas. A administração de dieta enteral é entendida como a refeição do paciente, realizada através da introdução da dieta via sonda gástrica, entérica ou gastrostomia. A enfermagem e a nutrição têm papel indispensável no processo de reabilitação, pois atua de forma direta atendendo todas as necessidades que o paciente apresenta. Objetivo: Evidenciar o conhecimento das ações dos cuidados em enfermagem aplicados a pacientes enterais e parenterais. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica, qualitativa, a partir de artigos científicos que abordem o tema de nutrição, enfermagem e a dieta enteral e/ou parenteral, publicados entre 2012 a 2022, em língua portuguesa e disponíveis na integra, por meio da plataforma da Biblioteca Virtual de Saúde, nas bases de dados Medline e Lilacs, com a utilização dos descritores em ciências da saúde “nutrição”, “enfermagem”, “enteral” e “parenteral” e suas combinações, contendo como assunto principal: “Dieta enteral e Parenteral” e “Nutrição e enfermagem”, excluindo- se TCC’s, revisões bibliográficas ou integrativas, trabalhos inconclusivos ou que destoam do tema principal, resultado em 10 artigos dos quais 6 foram utilizados. Resultados: Inicialmente, todos os estudos demostraram breve conhecimento dos enfermeiros, pela vivência prática, dos cuidados e manutenção quanto a NE e NP. Ocorreu resistência quanto ao aprofundamento do assunto por parte dos enfermeiros, por vezes acreditando ser este um trabalho do profissional nutricionais. Os enfermeiros entendiam de maneira esclarecida sobre a temática, sendo ponto fundamental na qualidade do serviço ofertado ao paciente, contudo, encontrando ponto de divergência em questões como o posicionamento correto
da sonda, horários de aplicação, posicionamento da sonda, em especial a nasogástrica, mas que entendiam as diferenças entre a sonda periférica e venosa e os cuidados assépticos necessários a manutenção dos cuidados. Ocorreram poucos registros do conhecimento necessário quanto ao estado nutricional do paciente pré- utilização da NE e NP, de modo que poucos relacionaram a desnutrição como fator agravante na recuperação do paciente. Ocorre dependência do enfermeiro quanto as prescrições e orientações médicas, o que se mostra fator limitador para a busca de conhecimento sobre o assunto, mas que entendiam a necessidade do aprofundamento e de formações sobre a temática. Foi evidenciado em todos os estudos a importância da interprofissionalidade entre a nutrição e enfermagem, por vezes profissionais desta consultados profissionais daquela área, promovendo a integração multiprofissional. Conclusão: A interação profissional entre o nutricionista e enfermeiro apresenta papel essencial na boa manutenção do procedimento. As controvérsias demonstram a complexidade do procedimento que é da responsabilidade dos enfermeiros, salientando a necessidade de novos estudos sobre a temática a fim de se evitar danos decorrentes de posicionamento incorreto do cateter. O foco maior deve ser na qualidade de vida, uma vez que a expectativa de vida pode ser pequena, sendo que a terapia nutricional deverá envolver uma discussão ética.
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