INTRODUÇÃO: As doenças terminais ao ameaçarem à vida, apresentam recursos terapêuticos limitados ou anulados de cura devido a morte iminente. Entretanto, isso não quer dizer que os cuidados aos pacientes terminais sejam negligenciados, visto que no âmbito da saúde os cuidados paliativos surgem como uma abordagem resultante na melhoria de qualidade de vida oferecida ao paciente, tornando o seu tempo de vida o mais satisfatório possível. Assim, a terapêutica para o paciente não se concentra na cura, mas sim dar ênfase no ciclo vital que ainda pode ser vivenciado. Diante disso, os pacientes terminais carecem da assistência em saúde pautada nas dimensões holísticas, com foco na implementação e planejamento de intervenções que visem oferecer alívio ao sofrimento. Sendo assim, torna-se indispensável os cuidados paliativos para a promoção da ressignificação da vida, frente à fragilidade e complexidade da terminalidade. OBJETIVO: Debater sobre a prática dos cuidados paliativos enquanto possibilidade interventiva para desenvolver qualidade de vida nos processos de finitude. METODOLOGIA: Metodologicamente, trata-se de uma revisão narrativa da literatura. Para a elaboração deste estudo utilizou-se como fundamentação teórica pesquisas bibliográficas de livre acesso disponibilizadas nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC). Cujo foi selecionado temas com descritores específicos que abrangem o foco da pesquisa, sendo a atuação com pacientes em estágios terminais e os cuidados paliativos. RESULTADOS: A partir da reflexão e análise dos dados, fica sublinhado que devido à condição de vulnerabilidade do paciente com diagnóstico terminal, ele apresenta questões para além das dimensões físicas e psicológicas, por isso requer a compreensão de saberes e partilhas de uma equipe multiprofissional. Os cuidados paliativos direcionados aos pacientes de acordo com as diversas especialidades, conduz um suporte pautado no conforto e bem-estar biopsicossocioespiritual do indivíduo, onde os profissionais promovem ações focadas na singularidade do sujeito, a fim de minimizar o seu sofrimento a partir da organização e efetivação da assistência em saúde, voltada para oferecer um sistema de suporte que permite o paciente viver ativamente, com atenção e desvelo, permeado pela escuta ativa, respeito à autonomia, emoções, desejos e anseios do paciente, com um cuidado holístico, humanizado e flexível. Em busca de oferecer ao paciente, principalmente, a possibilidade de redescobrir o sentido da vida, assim como ofertar qualidade aos seus dias, para que dessa forma ele consiga lidar com a terminalidade. CONCLUSÃO: Nesse ponto de vista, fica elucidado que os cuidados paliativos contribuem significativamente no conforto ao paciente terminal, sendo a partir da assistência realizada que o indivíduo se sente acolhido e consegue encontrar os subsídios necessários para desenvolver um novo olhar sobre a perspectiva da vida diante da debilidade e complexidade da sua finitude. Assim, os cuidados paliativos enquanto proposta de intervenção desempenha um papel eficaz e transformador ao paciente.
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