INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa de transmissão aérea e de alta mortalidade, provocada na maioria dos casos pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Em 2020, o Brasil registrou 66.819 novos casos de tuberculose e ficou entre os 22 países com maior incidência da tuberculose no mundo, segundo a OMS. A doença tem elevada chance de cura quando o tratamento medicamentoso é disponibilizado universalmente e o esquema terapêutico indicado é mantido sem interrupção até a sua conclusão. A pesquisa se justifica na necessidade da apresentação de ações que potencializem a adesão ao tratamento da tuberculose. OBJETIVO: Analisar na literatura as ações de adesão ao tratamento da tuberculose realizadas por enfermeiros. METODOLOGIA: O estudo se trata de uma pesquisa bibliográfica do tipo narrativo. A busca foi feita na base de dados Portal Regional da BVS , como também em literatura especializada, utilizando as seguintes palavras chaves: “tuberculose”, “enfermagem”, “cuidado de enfermagem”, “atenção primária”. Foram selecionados dois artigos e duas literaturas para desenvolver a revisão. Os elementos incluídos perpassam nos anos de 2021 e 2022. RESULTADOS: No que se refere à potencialização da adesão terapêutica, o enfermeiro tem um papel fundamental na construção de planos de cuidado que incluam desde o auxílio no diagnóstico até a preparação do tratamento diretamente observado (TDO). Os estudos evidenciam que o profissional enfermeiro precisa aconselhar, fazer o acompanhamento clínico mensal da pessoa em tratamento, realizar o controle bacteriológico, como também realizar o controle radiológico, registrar e, por fim, notificar o seguimento do tratamento. No âmbito do aconselhamento do paciente, o enfermeiro deve, prioritariamente: realizar o acolhimento da pessoa, com escuta qualificada e humanizada; explicar a importância da adesão para garantir o sucesso do tratamento e evitar o desenvolvimento da drogarresistência e, assim, conversar sobre o TDO e aplicá-lo, caso seja viável. Acompanhar e registrar a conduta; informar que a cura é estabelecida quando se completa o período do tratamento, como também após avaliação médica e confirmação laboratorial de negatividade; orientar sobre os efeitos adversos ao tratamento e sobre a melhora inicial dos sintomas, o que não justifica a interrupção do tratamento; identificar situações de vulnerabilidades sociais e, se for o caso, discutir com com o serviço social e com a equipe da unidade básica sobre como auxiliar nas demandas dos pacientes; orientar o paciente que faz uso de álcool e outras drogas, como o tabaco, para que reduza o uso ao máximo possível, dado que tais substâncias interferem na resposta e adesão ao tratamento. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem é de extrema relevância ao paciente portador de TB, uma vez que o enfermeiro é o principal responsável pelos cuidados e orientações, ou seja, uma boa assistência propicia o controle e combate a doença, possibilitando a evolução positiva do paciente, como também na importância do Tratamento Diretamente Observado (TDO) o enfermeiro tem um papel fundamental frente a essa conduta, sendo responsável pelos cuidados, acompanhamentos e notificação do seguimento do tratamento.
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