Introdução: O câncer é uma doença crônica ocasionada pelo crescimento desordenado e invasivo de células modificadas geneticamente, envolvendo o acúmulo de mutações no DNA do hospedeiro, provocando alterações na homeostasia celular. Como fatores influenciadores do processo, pode-se destacar a ingestão de álcool, obesidade e sedentarismo. Assim, o tratamento nutricional possui papel basilar na prevenção e no tratamento do câncer. Objetivo: Revisar na literatura científica o papel da nutrição no tratamento de pacientes oncológicos. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, que utilizou como fonte a plataforma da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), especificamente as bases de dados Medline e Lilacs, com os descritores “nutrição”, “câncer”, “tratamento” e “oncológicos” e suas combinações por meio do operador AND. Foram incluídos os estudos originais publicados em língua inglesa ou portuguesa, no período de 2012 a 2023, disponíveis na íntegra e tendo como assunto principal: “tratamento nutricional”, “pacientes oncológicos”, “tratamento nutricional e câncer”, excluindo- se monografias ou revisões e trabalhos inconclusivos ou que destoaram do tema principal, resultando em oito artigos. Resultados: Os cânceres mais prevalentes foram do tipo gastrointestinal, esofágico e em órgãos periféricos ao abdome. Os tratamentos radioterápico e quimioterápico foram os prevalentes. A necessidade de intervenção nutricional precoce foi habitual em todos os artigos. Sessenta por cento dos pacientes em ciclo quimioterápico apresentavam algum grau de desnutrição no início do tratamento, sendo necessário intervenção e tratamento nutricional em pelo menos 66% dos casos. A desnutrição mostrou-se prevalente no público masculino, destacando redução nos níveis de hemoglobina, ferro e linfócitos, além de alterações proteicas e de albumina, além disso o selênio, associado ao ?-caroteno e o tocoferol, apresentou associação com a redução das mortes por câncer gastrointestinal. Pacientes com desnutrição no momento do diagnóstico fora outro fator relevante e decisivo na melhora da resposta do tratamento, sendo os com desnutrição moderada os mais frequentes. Isto posto, entende-se a necessidade da intervenção nutricional anterior ao diagnóstico, como fator de prevenção e em caso de diagnóstico, intensificador da resposta fisiológica ao tratamento. Conclusão: Em virtude do que foi mencionado, a desnutrição destaca-se de forma significativa, pois essa condição implica diretamente ao tratamento oncológico. Com isso, a inserção do profissional nutricionista no âmbito hospitalar com estratégias nutricionais voltadas para o indivíduo tratado é de extrema eficácia, além da atenção voltada ao estado nutricional através da avaliação completa, incluindo antropometria, triagem, exames bioquímicos e dietética, apresentando-se competente para diminuição de riscos infecciosos, redução de carências de nutrientes e promoção de qualidade de vida ao paciente neoplásico.
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