Introdução: O sistema imunológico, tem função de defender o organismo humano contra agressões exógenas e endógenas, sendo responsável pela restauração da homeostasia do organismo humano. Assim, participa de vários mecanismos fisiológicos, dentre os quais inclui-se a reprodução humana, apresentando um importante papel desde o processo da fecundação até o nascimento do feto. Objetivo: descrever os aspectos imunológicos que permitem a tolerância materna ao feto na gestação. Metodologia: é uma pesquisa do tipo revisão de literatura. A coleta dos dados foi realizada nas seguintes bases: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Onliny (SciELO), Google Acadêmico, a partir dos descritores: “Gestação, Imunologia, Tolerância Imunológica”. Os critérios para seleção dos artigos foram textos completos, que contemplavam o assunto e em idioma português, enquanto de exclusão: artigos não disponíveis na integra. Resultado: durante a gestação ocorre a implantação do embrião no útero materno, onde ele carrega consigo células maternas e paternas o que poderia provocar uma rejeição materna. O sistema imunológico, possui um mecanismo denominado tolerância imunológica que permite que o feto consiga sobreviver sem danos durante os nove meses de gestação, mas para isso várias células são recrutadas para tornar possível uma sobrevivência até o final da gravidez. Dentre os aspectos imunes, podemos citar a importância da modulação dos linfócitos T, das células natural killers (NK) e das diversas citocinas existentes no organismo materno. A tolerância materna ao feto parece ser mediada por hormônios maternos específicos e pela expressão do antígeno leucocitário humano G (HLA-G) característico na gravidez. Outros estudos sugerem que a rejeição fetal e complicações durante a gravidez podem ocorrer devido à presença de antígenos de histocompatibilidade menor (mHAg), adquiridos pela mãe a partir do compartilhamento sanguíneo com o feto, e devido à presença de anticorpos maternos contra o espermatozoide paterno e/ou contra o feto. Conclusão: Dessa forma conclui-se que, compreender como ocorre a imunologia na gestação fisiológica ajudará a elucidar questões a respeito dos abortos espontâneos recorrentes, evidenciando suas causas e facilitando a prevenção e tratamento, assim possibilitando também a criação de soluções para reduzir a rejeição aos órgãos transplantados.
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