APOROFOBIA: A FOBIA OU ÓDIO AOS POBRES.

  • Autor
  • Yan da Cruz Abreu
  • Co-autores
  • Maria Claudimila de Sousa Mota , Elizama Lopes Ribeiro , Kelly Erisnalda de Moura Sousa Rodrigues , Lara Venir dos Santos Pequeno , Mauro Michel El Khouri
  • Resumo
  • Introdução: Entre as diversas formas de violência que são historicamente reproduzidas na sociedade brasileira, destaca-se a aporofobia, ou seja, o ódio, rejeição e/ou aversão ao pobre. A autora Adela Cortina constituiu este termo a partir dos vocábulos gregos, ”Á-poros: pobre, e fobéo: aversão”, afim de facilitar o processo analítico do fenômeno em questão, nomeando-o, aporofobia. Tal fenômeno remete a um tipo de aversão que difere de outros tipos de ódio ou preconceito, entre outras motivações, porque a pobreza involuntária não é um traço da identidade das pessoas. Difere-se, pois diz respeito ao lugar dentro da estrutura social e não uma questão indenitária. Objetivo: Tecer uma discussão acerca da aporofobia enquanto uma intuição socialmente e historicamente estabelecida no Brasil. Método: Trata-se de Pesquisa qualitativa, mediante a uma breve revisão de literatura em livros (eletrônicos) e análise de reportagem em portais de notícias on-line, como UOL notícias e Ecoa Uol. Para aquisição de dados relacionados ao recorte social e de seus aspectos retroativos em questão, foi buscado compreender o fenômeno abordado através da perspectiva crítica de Souza (2009) e Cortina (2020). Resultados: Este fenômeno é socialmente instituído, ou seja, a aporofobia é estrutural. Como nos mostra Souza (2009), no passado da sociedade brasileira, a discrepância entre as camadas sociais era justificada pela “superioridade” dos bem-nascidos, já que os mesmos tiveram a sorte de nascer em uma família nobre. Na atualidade, estas desigualdades e privilégios das classes mais abastadas são maquiadas por um discurso meritocrático, no qual reproduz um mito de “igualdade de oportunidades” em que os privilegiados ocupam estes espaços por simples mérito de seus feitos. Conclusão: A instituição aporofobia propaga-se socialmente como uma construção subjetiva validada, reproduzida por quem oprime e aceita por quem é oprimido, pois desta forma aqueles que constituem as camadas mais baixas da sociedade se quer compreendem as violências que sofrem cotidianamente. O autor Souza (2009), denomina este tipo de violência como simbólica. A violência simbólica acaba refletindo nas relações sociais e no cotidiano das pessoas de uma forma extremamente negativa.

  • Palavras-chave
  • Aporofobia; Violência simbólica; Preconceito; Desigualdade social.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Pesquisa científica na prática universitária
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