Riscos para transtornos alimentares em estudantes de nutrição: uma revisão bibliográfica

  • Autor
  • GABRIELLY COSTA GUIMARAES
  • Co-autores
  • Adrielle de Sousa Andrade , Amanda da Silva Araujo , Bruna Aparecida Melo Batista
  • Resumo
  • Introdução: Os transtornos alimentares geralmente apresentam as suas primeiras manifestações na infância ou na adolescência sendo o público feminino o mais atingido. Tais transtornos possuem causas multifatoriais, e um dos fatores que contribui é a influência das mídias sociais, que muitas vezes discriminam os indivíduos que não possuem um corpo considerado “ideal”, além de associarem este padrão ideal ao sucesso pessoal e profissional. Pessoas que são julgadas pelos padrões vigentes como atraentes desenvolvem mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes. A sociedade atual está inserida no âmbito de preocupação em relação aos padrões de beleza, muitas vezes inalcançáveis, que enaltecem medidas corporais, dietas excessivamente restritivas, comportamentos não saudáveis, compulsão alimentar, consequentemente podendo contribuir com os transtornos alimentares. Estudos mostram que o público universitário da área da saúde é suscetível a comportamentos que levam a transtornos alimentares, devido a pressões sociais, estéticas e ritmo intenso de atividades acadêmicas. Objetivo: Verificar na literatura recente, por meio de uma revisão bibliográfica, o que há de conhecimento quanto ao risco para transtornos alimentares em estudantes universitários de Nutrição. Método: A metodologia adotada baseou-se na pesquisa de artigos na Biblioteca Virtual em Saúde. Foram utilizados os descritores “transtornos alimentares” e “estudantes”, e considerados os artigos publicados no período de 2017 a 2023, na língua portuguesa, que avaliaram estudantes de Nutrição. Foram excluídas monografias, artigos de revisão e estudos que não especificaram nos resultados de interesse a que curso o estudante pertencia, resultando, assim, em três artigos. Resultados: Um estudo com 167 universitárias da rede pública mostrou que 32,7% possuíam risco para transtornos alimentares, e vale ressaltar, ainda, que as estudantes com excesso de peso apresentam um risco maior com relação ao desenvolvimento desses distúrbios. Em outra instituição pública, os resultados mostraram que de 30 estudantes, sete apresentaram comportamento de risco para transtornos alimentares e seis possuíam critérios sugestivos para transtorno de compulsão alimentar periódica. No estudo realizado com 70 acadêmicas de uma instituição privada, foi visto que 38,6% apresentavam risco de desenvolvimento de anorexia nervosa, mesmo que a amostra apresentasse 70% de eutrofia no índice de massa corporal. Conclusão: Os resultados indicaram que, por estarem em um ambiente onde a beleza e a saúde são suplicadas, estudantes de nutrição podem estar em maior risco de desenvolver transtornos alimentares ou potencializar o que já possuam. Existem causas múltiplas para os transtornos alimentares, e é importante que profissionais responsáveis possam viabilizar e se familiarizar com o assunto, para maior desenvolvimento, melhoria e manejo clínico nessa temática.

  • Palavras-chave
  • Alimentação, estudantes, padrão de beleza, transtornos alimentares.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Pesquisa científica na prática universitária
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