Introdução: A Enfermagem Forense (EF) segundo Resolução 389\2011, é a adjeção das ciências da saúde e ciências forenses, na qual o enfermeiro lida com vítimas de violência. As violências são questões sociais e estão intimamente ligadas à saúde e à qualidade de vida de pessoas e grupos populacionais em decorrência das lesões físicas, psíquicas e morais que o trauma pode ocasionar. Objetivo: Descrever a importância da atuação do enfermeiro forense na assistência às vítimas de violência sexual. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão de literatura, realizada durante o mês de março de 2023. A coleta dos dados foi elaborada nas seguintes bases: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Scientific Electronic Library Onliny (SciELO); Google acadêmico, a partir dos descritores: “Enfermagem forense”, “Violência sexual”, “Práticas de enfermagem forense”, fundamentado na leitura da temática a busca resultou em 7.040 artigos, porém apenas seis foram selecionados, pois atendiam aos critérios. Como critérios de inclusão: textos completos, que contemplavam o assunto e em idioma português, enquanto de exclusão: artigos não disponíveis na integra. RESULTADOS: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência sexual é caracterizada como qualquer ato sexual ou tentativa de consumar um ato sexual por violência ou coerção. Posto isto, os enfermeiros forenses são profissionais que prestam cuidados diretos às vítimas de violência sexual, ofensores e familiares, sendo fundamental seu papel na documentação das lesões vindas de uma violência, coleta e preservação dos vestígios, cadeia de custódia, dentre outras competências. Os procedimentos necessários na maior parte são simples e não interferem na assistência clínica à vítima, visto que nenhum procedimento forense pode inibir ou atrasar a avaliação e tratamento das vítimas ou dos agressores. Nesse contexto os enfermeiros exercem o protagonismo na assistência às vítimas de violência sexual, seja na unidade hospitalar ou na unidade básica de saúde são os primeiros profissionais a ter contato com os mesmos, dessa maneira proporcionando acolhimento, ausculta qualificada, atendimento de emergência, cuidando das lesões, realizando curativos, até o atendimento psicológico em conjunto da equipe multidisciplinar, bem como orientar o paciente que não abandone o tratamento e acompanhamento necessário. CONCLUSÃO: Desse modo, evidenciasse a necessidade de uma assistência de qualidade às vítimas de violência sexual nos serviços de saúde com enfermeiros capacitados, afim de estabelecer um atendimento humanizado e definir uma boa relação profissional-paciente, para assim aplicar medidas de minimizar os danos causados pela violência, prevenindo a revitimização dos pacientes e o combate a violência sexual no país.
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