Introdução: a Infecção do Trato Urinário (ITU) é uma das causas mais comuns desde os neonatos aos idosos. Tem sua prevalência no sexo feminino devido ao canal uretral ser mais curto e à maior proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e uretra. Não obstante, essa infecção também ocorre em pessoas do sexo masculino, principalmente associada à doença prostática e à manipulação inapropriada do trato urinário por sondagens vesicais realizadas de forma não estéril, podendo ser fator de risco em ambos os sexos e recorrentes em unidades hospitalares. A sondagem vesical de demora é realizado pelo profissional enfermeiro e este deve executá-lo de forma asséptica e utilizando materiais estéreis, desde o momento da inserção do cateter até sua fixação. É um processo invasivo, onde um cateter uretral é inserido até a bexiga, dentre suas principais finalidades, está a drenagem da urina em pacientes sem condições totais de eliminá-las, permitindo a saída da urina. O cateterismo de demora é utilizado quando há permanência do cateter para uma drenagem contínua por mais tempo. Para isso, é necessário que o enfermeiro tenha conhecimento científico, garantindo a segurança do paciente diante do procedimento invasivo supracitado, além de promover a prevenção deste evento adverso evitável e assegurar uma assistência de enfermagem de qualidade. Objetivo: evidenciar a prática segura e asséptica do cateterismo vesical de demora, realizado pelo enfermeiro (a) no âmbito hospitalar. Método: trata-se de um estudo do tipo revisão narrativa, utilizando-se com base de dados LILACS, BDENF, MEDLINE, tendo como os descritores: enfermagem, segurança do paciente, infecção do trato urinário e prática assistencial. Optou-se pelos artigos em português publicados nos últimos dez anos. Os critérios de exclusão, artigos duplicados, editorias e estudos que não correspondiam com a temática estudada. Resultados e Discussões: segundo evidências, a permanência do cateter no paciente precisa ser monitorada visando as suas condições clínicas. Para evitar infecções e agravos, o cateter precisa ser mantido somente em casos de indicação crítica, onde o paciente necessita de cuidados intensivos. Dentre as infecções hospitalares, existe uma alta incidência relacionada à ITU, bem como ao manuseio de forma inapropriada e não asséptica. Considerando trato urinário uma região estéril, toda precaução quanto a invasão de bactérias causadoras de infecção é importante. Além disso, no ambiente hospitalar, o(a) enfermeiro(a) deve se atentar no quesito do procedimento de cateterismo vesical de demora para não ocasionar a lesão ou a própria contaminação pelos microrganismos. Vale ressaltar a importância da lavagem das mãos antes e após o procedimento e certificar-se de que os instrumentos utilizados e a técnica empregada sejam totalmente estéreis. Além disso, deve ser documentado no prontuário do paciente, descrevendo a realização da sondagem, afim de garantir respaldo profissional. Conclusão: no ambiente hospitalar, o enfermeiro deve proporcionar o melhor atendimento em saúde, visando um cuidado holístico e sem demais danos ou agravos no prognóstico do indivíduo assistido. Com isso, ele deve realizar o procedimento supracitado com embasamento nas literaturas mais atuais e de forma asséptica, garantindo a segurança do paciente, a fim de prevenir a ITU.
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