CARACTERIZAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES DE CÂNCER OCUPACIONAL EM FORTALEZA, CEARÁ, NO PERÍODO DE 2010 a 2022

  • Autor
  • Maria Ymara Alves de Castro
  • Co-autores
  • Elienai de Souza Oliveira , Francisco Wellington Dourado Júnior
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: A saúde do trabalhador configura-se como um campo de práticas e de conhecimentos estratégicos interdisciplinares, multiprofissionais e interinstitucionais, voltados para analisar e intervir nas relações de trabalho que provocam doenças e agravos.  A falta de segurança dentro do ambiente de trabalho, expõe os colaboradores a fatores de risco, principalmente em empresas onde a exposição a gases tóxicos e produtos químicos como: fertilizantes, agrotóxicos, substâncias cancerígenas e exposição a raios ultravioletas. Empresas que submetem os seus colaboradores a serviços com maior risco de desenvolverem câncer durante seu período de atuação, devem adotar medidas e protocolos de segurança, ampliando ações de fiscalização, fornecimento de equipamentos de proteção individual, garantindo a integridade e segurança dos seus contratados. OBJETIVO: Caracterizar os casos de câncer ocupacional em Fortaleza, Ceará, notificados durante os anos de 2010 a 2022. METODOLOGIA: Estudo descritivo, epidemiológico, realizado por meio de levantamento de dados secundários advindos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN),  , cuja coleta foi realizada em março de 2023 referente às notificações de câncer ocupacional dos anos de 2010 a 2022, em Fortaleza, Ceará. Foram investigadas as seguintes variáveis: município de notificação, sistema de mercado de trabalho, faixa etária, sexo, raça, e dentre as causas relacionadas à ocorrência de câncer ocupacional, foram escolhidas três delas para fins deste estudo, sendo por hidrocarbonetos, aminas e cádmio. Em seguida os resultados foram transportados para o Excel e calculado as frequências relativas e absolutas. RESULTADOS: Dentro do recorte temporal escolhido, foram notificados um total de 12 casos referentes somente ao período de 2014 à 2020, dos quais 41,7% são datados do ano de 2015. No que concerne ao sistema de trabalho, 83,3% das notificações, tratam-se de profissionais autônomos e apenas 8,3% corresponde a um empregado registrado. A maioria das notificações (50%) eram de trabalhadores que possuíam faixa etária entre 50 à 64 anos, quanto ao sexo houve predominância do sexo masculino (66,7%) e quanto à raça, 75% se autodeclaravam pardos. Em relação aos produtos causadores do câncer ocupacional, 50% das notificações tiveram essa opção assinaladas como ignoradas ou estavam em branco, e do montante que estavam com essa opção informada, hidrocarbonetos, aminas e cádmio apresentaram a mesma prevalência entre os casos, sendo de 8,3% cada um. Percebeu-se a fragilidade no preenchimento das notificações relacionadas a esse agravo, o que impede o detalhamento dos casos em questão e a investigação aprofundada dos fatores associados. CONCLUSÃO: Logo, percebeu-se que houveram relativamente um pequeno número de casos de câncer ocupacional durante a série estabelecida, com predominância de empregados autônomos e do sexo masculino. Desse modo, reforça-se a importância da equipe de saúde ocupacional em grandes instituições de saúde e em grandes empresas, de modo a contribuírem nas fiscalizações diárias para avaliação das condições de trabalho e garantir que está sendo cumprido as normas de segurança pelos funcionários, assim como na realização de atividades de promoção da saúde ocupacional e prevenção de doenças. 

     

  • Palavras-chave
  • Câncer, Saúde Ocupacional, Epidemiologia e Saúde Pública.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Pesquisa científica na prática universitária
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