INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o câncer é a principal causa de morte prematura em 48 países no mundo. Diante disso, novas terapias são desenvolvidas para o tratamento dessa doença, dentre elas a imunoterapia, que consiste em utilizar as proteínas de checkpoint, também chamadas de inibidores, que tem por finalidade modular a resposta imune contra as células cancerígenas. OBJETIVO: Identificar, mediante busca na literatura, como agem as proteínas de checkpoint no sistema imunológico e como esta imunoterapia aumenta a sobrevida dos pacientes. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada por meio de levantamento de material bibliográfico eletrônico. Foi feito levantamento de artigos nas bases de dados: BDENF, LILACS e PUBMED, utilizando os descritores: Proteínas de checkpoint; imunoterapia; resposta imunológica. Foram selecionados artigos publicados no ano de 2018 a 2022 em idioma português e inglês. Foram excluídos artigos no qual não contemplavam o objeto proposto pelo estudo. RESULTADOS: A literatura relata que algumas células cancerígenas podem exibir inibidores na sua superfície de tal forma que essas células tumorais não são reconhecidas pelo sistema imune, impedindo que o mesmo seja ativado. Desse modo, algumas células tumorais utilizam pontos de controle para inibir o ataque do sistema imunológico. Alguns fármacos promissores para o combate ao câncer como a Pembrolizumab e o Nivolumab são drogas que têm como alvo a proteína PD-L1, que é produzida na superfície das células cancerígenas, tornando essas células invisíveis ao sistema imunológico. Dados da literatura mostram que essas drogas são usadas no tratamento do carcinoma renal, melanoma maligno e câncer de pulmão. As drogas são administradas por meio de uma infusão intravenosa, que ao entrar na corrente sanguínea atuam em receptores, e faz com que os mecanismos que a célula neoplásica utiliza para se disfarçar e enganar o sistema imune não funcione mais. Permitindo que as células de defesa com os linfócitos T reconheçam as células tumorais e iniciem o ataque. Contudo, apenas 30% dos pacientes respondem a este tipo de tratamento e boa parte deles ainda têm um mau prognóstico. CONCLUSÃO: Portanto, conclui-se que as proteínas de checkpoint são uma forma de tratamento desenvolvida importante para certos tumores, aumentando a sobrevida dos pacientes. Muitos estudos estão sendo desenvolvidos com a finalidade de combinar outras imunoterapias para um tratamento mais eficaz.
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