INTRODUÇÃO: No Brasil, a Reforma Psiquiátrica ocorreu a partir da década de 70, quando uma crise no modelo assistencial até então vigente sucedeu. Portanto, as urgências e emergências psiquiátricas se caracterizaram como situações em que a pessoa apresenta um transtorno de pensamento, comportamento e de emoção, na qual se faz necessário um atendimento mais especializado, para que não ocorra prejuízos maiores à saúde psíquica, social e física do indivíduo ou eliminar possíveis danos a sua vida ou à integridade do outro. OBJETIVO: Identificar conforme a literatura evidências científicas sobre a assistência de Enfermagem prestada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência frente às urgências e emergências psiquiátricas. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada por meio de levantamento de material bibliográfico eletrônico. Foi feito levantamento de artigos nas bases de dados: BDENF, LILAS e PUBMED utilizando os descritores: Serviço de Atendimento Móvel; Assistência; Emergência Psiquiátrica. Foram selecionados artigos publicados nos anos de 2019 a 2022 em idioma português e inglês. Foram excluídos artigos no qual não contemplavam o objeto proposto pelo estudo. RESULTADOS: A literatura relata que nas últimas décadas houve um crescimento significativo no número de indivíduos que apresentam transtornos psiquiátricos, diante disso, exige que os serviços de atendimento extra-hospitalares atuem com o objetivo de acolher estes pacientes. A assistência em Enfermagem é de suma importância, pois atua na abordagem inicial da pessoa com crise psiquiátrica. O profissional deve seguir alguns critérios para um trabalho mais eficaz frente à essa situação. O critério inicial consiste em avaliar o ambiente, observando se ele está apto para o profissional e sua equipe, não trazendo danos a integridade física desses profissionais. Após essa breve avaliação, os profissionais irão acolher o indivíduo, de forma que consiga promover ao paciente uma escuta qualificada, focalizando no sentimento da pessoa, mas sempre mantendo uma observação continua, averiguando as condições físicas e sintomas como ansiedade ou agressividade que pode provocar alterações na memória, atenção e orientação, orientar a família se estiver presente quanto à necessidade de possível contenção, orientar a família a procurar atendimento pós alta para dar continuidade ao tratamento. CONCLUSÃO: Diante do que foi exposto, conclui-se que a assistência prestada pelo Serviços de Atendimento Móvel de Urgência diante das urgências e emergências psiquiátricas ainda há fragilidades que precisam ser resolvidas, além disso, constatou-se com esse estudo, que tais fragilidades, como falta de conhecimento específico na área de saúde mental, ocasionam algumas complicações como aumento da ansiedade, euforia e agressividade do paciente em crise. Desse modo, é importante destacar atualizações contínuas, para que a assistência prestada seja mais eficaz, de forma a reduzir danos a integridade física do paciente e do profissional.
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