O EFEITO DO CONSUMO DE BLUEBERRY NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • Autor
  • Ana Gabrielle Rocha Rodrigues
  • Co-autores
  • Francisco Claudemir da Cruz
  • Resumo
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    Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de mortalidade no mundo de acordo com as últimas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia (CURTIS, et al, 2019). As DCV apresentam um conjunto de fatores de risco, alguns modificáveis, mediante das alterações no estilo de vida. Uma alimentação inadequada, por exemplo, pode favorecer a lesão oxidativa dos lipídios nas paredes dos vasos. Neste caso a abordagem nutricional é eficaz, pois engloba uma das mudanças de estilo de vida necessárias na prevenção e controle das doenças cardiovasculares, através do efeito de nutrientes isolados (CURTIS, et al, 2019). O blueberry (BB), por exemplo, por apresentar características antioxidantes, pode melhorar o estresse oxidativo e a inflamação. Seus compostos bioativos reduzem a a vasocontração derivada da ciclo-oxigenase (COX) em nível endotelial (MIRAGHAJANI, et al, 2020). Objetivos: Avaliar as evidências científicas sobre a eficácia do blueberry para o tratamento das doenças cardiovasculares. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura, no mês de março de 2023, nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Pubmed, utilizando-se dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Alimento Funcional”; ”Doenças Cardiovasculares”; “Bluebarry Plants”. Utilizou-se também os operadores boleanos “and” e “or”.  Foram incluídos os artigos publicados entre os anos 2018 a 2023, nos idiomas português e inglês. Foram excluídos os artigos do tipo resumo de eventos, dissertações e teses. Resultados: Foram selecionados três artigos, sendo que todos os artigos apresentaram efeitos positivos para a saúde tanto com a suplementação quanto com o consumo de bagas. A suplementação com BB (10–200 ?g/mL) melhorou o quadro inflamatório, em decorrência da atividade anti-inflamatória dos polifenóis que favoreceu o equilíbrio das citocinas pró-inflamatórias (interleucina-1?, -6 e -12). Dessa forma, os polifenóis do BB previniram doenças cardíacas, que estão associadas à redução da atividade da calpaína (proteases neutras que facilitam a degradação das fibras musculares cardíacas e esqueléticas) e o estresse oxidativo (MIRAGHAJANI, et al, 2020).   Outro estudo realizado com adultos que apresentavam síndrome metabólica mostrou que o uso de BB, por seis meses, na dose diária de 150 gramas resultou em melhorias na função endotelial, rigidez arterial sistêmica e concentrações de colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade) (CURTIS, et al, 2019). Além disso, um estudo com 25 indivíduos adultos, entre 18 e 50 anos, que receberam BB (equivalente a 250 gramas diárias de bagas), durante seis semanas, apresentaram aumento das células NK (natural killer) e na redução das pressões diastólicas, devido ao aumento da produção de óxido nítrico (Ma L, et al, 2018). Conclusão: O consumo diário de blueberry pode reduzir a pressão arterial e a rigidez arterial, além de colaborar para redução da inflamação, do estresse oxidativo no organismo e modular os marcadores de função vascular. Contudo, ressalta-se a necessidade de mais investigações científicas em humanos com relação entre o consumo de BB e a prevenção e/ou tratamento das doenças cardiovasculares.

     

  • Palavras-chave
  • Alimento funcional; doenças cardiovasculares; bluebarry planta.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Pesquisa científica na prática universitária
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