INTRODUÇÃO: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um ambiente hospitalar de cuidados intensivos onde os enfermos são submetidos muitas vezes a oxigenoterapia, monitorização e medicações contínuas, sendo a unidade composta por uma equipe especializada e profissionais diversificados que atuam em conjunto buscando atingir um só objetivo, reestabelecer a saúde e a independência dos pacientes. Os clientes que demandam de cuidados críticos possuem incapacidades relacionadas ao comprometimento de sua fisiologia humana, esses são essenciais para manutenção da vida. A higiene corporal é uma das principias Necessidades Humanas Básicas (NHB) afetadas por essa incapacidade, o que antes eram realizadas diariamente pelo próprio individuo agora passa a ser responsabilidade da equipe de enfermagem, com isso emerge a necessidade de aprimorar e avaliar práticas relacionadas a esse cuidado, tais como monitorização da pressão arterial, visto que alterações hemodinâmicas importantes acometem pacientes críticos durante essa prática assistencial. OBJETIVO: Identificar fatores relacionados ao risco de pressão instável em pacientes críticos submetidos ao banho no leito a partir de uma análise da literatura. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa cuja pergunta norteadora foi definida a partir da estratégia PICo (P-População: pacientes críticos; I-Intervenção: banho; Co-Contexto: risco de pressão arterial instável),o que resultou na seguinte questão de pesquisa: Quais os fatores de risco de pressão arterial instável em pacientes críticos durante o banho?. As buscas foram realizadas no mês de março de 2023 por dois pesquisadores independentes, de forma pareada nas bases de dados LILACS, sciELO, BDENF e MEDLINE, utilizando os descritores: “hemodynamic monitoring”, “bath”, “blood pressure”, “critical care” combinados pelos operadores booleanos “AND” ou “OR” e adaptados conforme as bases de dados. Foram incluídos artigos disponíveis eletronicamente, nos idiomas inglês e português, publicados entre 2013 à 2023, que respondesse à questão norteadora. Foram excluídos os editoriais, cartas ao editor, trabalhos publicados em anais de evento, artigos de reflexão e duplicatas. RESULTADOS: Foram encontrados 23 artigos e selecionados 5 para amostra final. As publicações tiveram como foco relacionar o banho no leito com as alterações hemodinâmicas e selecionar a melhor prática clinica a fim de reduzir potenciais danos. A análise dos estudos selecionados evidenciaram alterações na pressão arterial em momentos distintos durante o procedimento, detectou-se queda da pressão arterial (PA) no início do banho, na lateralização dos pacientes e 15 minutos após o fim da higienização. Entretanto, a evidência significativa está diretamente relacionada ao tempo de duração do banho, visto que, expor o paciente crítico a um maior tempo de procedimento de higienização acarreta em alterações hemodinâmicas significativas e potenciais risco de pressão arterial instável, o que aponta a necessidade de uma monitorização oxi-hemodinâmica do paciente de forma mais intensa. CONCLUSÃO: Foi evidenciado que a prática do banho no leito, apesar de corriqueira no serviço de saúde hospitalar, pode acarretar riscos de alterações hemodinâmicas ao paciente crítico, principalmente quando o procedimento de higienização for mais prolongado. Ademais, a sistematização dessa prática é capaz de diminuir tais alterações e o uso de monitorização efetiva durante a prática assistencial, possibilita a identificação precoce de disfunções hemodinâmicas.
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