Enterectomia e anastomose primária na intervenção cirúrgica de hérnia abdominal estrangulada: um relato de caso

  • Autor
  • Mariana Cardoso Camilo
  • Co-autores
  • Luísa Miranda Loidi , Liria Maria Daldoso Silva , João Pedro Zuin do Amaral
  • Resumo
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    Na hérnia abdominal incisional ocorre protrusão de um órgão através de um defeito na parede abdominal decorrente da cicatrização inadequada de incisão prévia. Quando o conteúdo apresenta comprometimento vascular tem-se a hérnia estrangulada, a qual pode evoluir com gangrena/perfuração. A abordagem cirúrgica faz-se essencial nesta situação. Este trabalho objetivou a descrição de um caso de hérnia abdominal estrangulada, cuja abordagem cirúrgica optada foi uma enterectomia segmentar seguida de anastomose primária término-terminal em alças viáveis, a fim de evitar uma colostomia. Paciente de 67 anos, feminino, com quadro de dor abdominal intermitente há 4 dias, de forte intensidade, associada à vômitos, com 7 episódios diários. Constipada há 7 dias, nega flatos e febre. Ruídos hidroaéreos metálicos, abaulamento infraumbilical em cicatriz mediana não redutível, eventração de estruturas abdominais, sem sinais de peritonite no exame físico. Toque retal sem sangramento e fezes. Radiografia exibe distensão de alças e ausência de ar em ampola retal. Tomografia computadorizada indica hérnia na parede abdominal anterior suprapública, com líquido livre e obliteração da gordura no interior do saco herniário. Paciente foi submetida à laparotomia exploradora, notando-se hérnia abdominal estrangulada e alças intestinais isquemiadas. Como forma de evitar novas abordagens, optou-se por enterectomia segmentar com stapler linear, seguida de anastomose primária término-terminal em alças viáveis. Nesse caso, a anastomose primária término-terminal em alças intestinais viáveis foi a abordagem escolhida a fim de evitar colostomia, a qual pode cursar com infecções da pele e do subcutâneo, sangramento, prolapso e necrose do coto intestinal, além de necessitar de reabordagem cirúrgica para reverter colostomia. Porém, a anastomose primária exige jejum pós-operatório mais extenso, pois pode ocorrer deiscências que resultam em fístulas, íleo paralítico prolongado, estenose e hemorragia anastomótica. Portanto, a anastomose primária em alças viáveis foi realizada para evitar colostomia, já que esta interfere na fisiologia gastrointestinal, imagem corporal do paciente, além de exigir cuidados especiais.  Optou-se pela anastomose primária levando-se em conta o quadro geral da paciente, buscando-se evitar a necessidade de nova cirurgia e todas as complicações inerentes à agressividade de uma nova laparotomia para decolostomia. Deve-se, porém, sempre avaliar o risco x benefício de cada técnica para adotar a melhor conduta.

     

  • Palavras-chave
  • anastomose cirúrgica, colostomia, colostomy, hérnia abdominal, hérnia incisional.
  • Área Temática
  • Relato de caso
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Anais do VI Congresso Médico do Oeste do Paraná

Apresentação

VI COMOP, através de suas apresentações - palestras, apresentações de trabalhos e submissões - se propôs a informar e atualizar estudantes e profissionais; promover a integração entre a arte de cuidar e as áreas de informação, comunicação e tecnologia; divulgar trabalhos científicos e estimular a participação de jovens pesquisadores. Este evento científico, voltado para estudantes e profissionais da área da Saúde, ocorre na região oeste do Paraná e atrai estudantes e profissionais de diversas regiões do país. É organizado pelo Centro Acadêmico de Medicina Professor Orival Alves (CAMPOA), centro acadêmico do curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) de Cascavel.

O evento ocorreu entre os dias 04 a 07 de novembro de 2020, e teve como tema: “A arte de cuidar: informação, comunicação e tecnologia”.

  • Pesquisa
  • Relato de caso
  • Relato de experiência

Comissão Organizadora do evento

Coordenação Docente:

Profª. Dra. Juliana Gerhardt

Coordenação Discente:

Gabriel Yudi Higashi Braga
João Otávio Assis Lopes
Nicole Jansen Rabello
Sthefanny Josephine Klein Ottoni Guedes
Thais de Oliveira Busarello

Victória Ribeiro de Medeiros

Comissão Científica

Equipe Coordenadora Docente:

Profa Dra. Graziela Braun
Prof. Dr. Erwin Solina Junior

Equipe Coordenadora Discente:

Nicole Jansen Rabello
Eduardo Waldir Rothbarth
Elaine Moi
Eline da Rós Moro
Monique Evelyn Venturin
Sarah Regina Farina
Taynara Cristine da Paixão
Thaís Kaori Katsumata

Equipe Avaliadora Docente:

Prof. Dr. Abenor Moreira Minare Filho
Prof. Dr. Ademar Dantas da Cunha Junior
Prof. Dr. André Pereira Westphalen
Prof. Dr. Cássio Franco
Profª. Dra. Célia Cristina Leme Beu
Prof. Dr. Fabiano Sandrini
Profª. Dra. Gisele Toyama
Profª. Dra. Ligia Aline Centenaro
Prof. Dr Marcos Antonio da Silva Cristovam
Prof. Dr. Paulo Carrilho
Profª. Dra. Phallcha Luízar Obregón
Profª. Dra. Rafaela Maria Moresco
Profª. Dra. Rose Meire Costa

Centro Acadêmico de Medicina Professor Orival Alves: unioestecampoa@gmail.com

VI Congresso Médico do Oeste do Paraná: unioestecomop@gmail.com