Hipetrofia de adenóide em pré-escolar: relato de caso

Hipetrofia de adenóide em pré-escolar: relato de caso

• Autor
• Isabela Bulhões Faganello
• Co-autores
• Rodrigo Daniel Eckert , Felipe Carpenedo , Guilherme Fernandes Kula , João Victor Pereira de Souza , Marcos Antonio da Silva Cristovam
• Resumo

•                                                                                 HIPERTROFIA DE ADENOIDE EM PRÉ-ESCOLAR: RELATO DE CASO

        As doenças do aparelho respiratório são o principal motivo de consulta pediátrica, e a obstrução nasal crônica é uma das queixas mais frequentes, sendo a hipertrofia adenoideana um exemplo clássico e frequente. A tonsila faríngea pode ser causa de obstrução respiratória crônica devido a hipertrofia desta, junto com as tonsilas palatinas (ou amígdalas), fazem parte do conjunto de estruturas linfáticas conhecido como anel de Waldeyer. Ambas as tonsilas são constituídas por tecido linfoide e estão localizadas na nasofaringe e orofaringe, respectivamente. A hipertrofia adenoamigdaliana, pode levar a uma obstrução crônica da via aérea, dificultando a respiração nasal, ocasionando roncos noturnos, sono de má qualidade e apneias do sono, que refletem diretamente na qualidade de vida da criança, inclusive no rendimento acadêmico. A hipertrofia pode levar à respiração oral contínua, que por sua vez leva a alterações do desenvolvimento da face, mandíbula e maxila. As amígdalas podem inflamar de forma recorrente, caracterizando quadros de amigdalites de repetição, além de otites e sinusites recorrentes, secundárias ao reservatório bacteriano que pode estar presente nas adenoides. Com isso, buscou-se o relato de uma criança de idade pré-escolar com hipertrofia de adenoide atendido em nosso serviço, além da breve revisão de literatura.

       JPS, 2 anos e 9 meses, masculino, procurou o serviço de pediatria por quadro de roncos noturnos, respiraçõa bucal e insônia de início há 3 meses, além de sonolência diária e baixo rendimento acadêmico. Ao exame físico, apresentou hipertrofia de amígdalas grau IV, palato em ogiva e má oclusão dentária. Restante do exame sem alterações, com peso e estatura adequados para a idade. Foram solicitados hemograma (sem alterações) e radiografia de cavum, que evidenciou a hipertrofia adenoideana com coluna aérea diminuída. Foi encaminhado ao médico otorrinolaringologista para a adenoamigdalectomia com resolução do quadro sintomático. 

        A hipertrofia das adenoides e/ou amígdalas e? considerada motivo importante de consulta pediátrica devido ao comprometimento respiratório que compromete a qualidade do sono, comprometendo o desenvolvimento físico e cognitivo da criança, o que acarreta prejuízos de ordem familiar, escolar e social. Pré-escolares com hipertrofia amigdaliana apresentam grande possibilidade de desenvolverem hipertrofia de adenoide, uma vez que pertencem ao mesmo tecido, e na maioria das vezes o quadro clínico é característico com alteração de sono, deformação da face, mandíbula e maxila, que é típica da Síndrome do Respirador Bucal. O caso relatado deve servir de alerta ao clínico geral como forma de diagnosticar precocemente a doença e encaminhar ao especialista para tratamento imediato, evitando prejuízos cognitivos, sociais e familiares para a criança.

   

   

   

   

   

• Palavras-chave
• Otorhinolaryngologic Diseases (otorrinolaringopatias); Nasal Obstruction (obstrução nasal); Adenoids (tonsila faríngea); Mouth Breathing (respiração bucal); Child Development (pré-escolar).
• Área Temática
• Relato de caso

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