UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA) DE PEQUENO PORTE FRENTE À PANDEMIA DE COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.

  • Autor
  • Darken Eugenio de Oliveira
  • Co-autores
  • Bruna fernandes , Dagna Karen de Oliveira , Dyayne Carla Banovski , Frieda Saicla Barros
  • Resumo
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    Resumo: A doença COVID-19 foi caracterizada como pandemia em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde. As recomendações da ANVISA, para prevenção e controle da disseminação do novo coronavírus nos estabelecimentos de saúde, são de realizar a triagem dos pacientes já na recepção, isolar casos suspeitos, usar de precauções de contato e de gotículas em todos os pacientes e manter um distanciamento de dois metros entre as pessoas. Objetiva relatar como se deu o enfrentamento da pandemia da COVID-19 em Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Trata-se de um relato de experiência de uma enfermeira e três acadêmicas de medicina em uma UPA pertencente à região metropolitana de Curitiba frente às adaptações necessárias para o enfrentamento da pandemia da COVID-19. A UPA, onde se deu a experiência, conta com 14 profissionais de saúde da área médica, enfermagem, segurança e administrativa,por plantão diurno de 12 horas, já no período noturno esse quadro é reduzido para 11 funcionários. De março a setembro de 2020 a UPA atendeu 720 casos suspeitos de COVID-19, além dos 7.739 casos decorrentes de outras comorbidades de saúde que requereram cuidados de urgência e emergência. Dentre os procedimentos com maior risco de contaminação pelo SARS-CoV-2, devido a disseminação de partículas maiores que 5?m se destacam a intubação ou aspiração orotraqueal, a ventilação mecânica não invasiva, a ressuscitação cardiopulmonar, a ventilação manual e as coletas de amostras nasotraqueais. A estrutura física, que já era um lugar improvisado, sofreu adaptações para se adequar às recomendações exigidas pela ANVISA, a fim de evitar a infecção cruzada. A planta física passou a ter uma divisão esquemática, sendo 53,43%, destinada a pacientes com COVID-19 e 15,23% as demais afecções de saúde. A entrada da UPA e a sala de espera tornaram-se ambientes de triagem, a fim de ampliar o atendimento médico a sala de arquivo passou a ser usada como consultório, a antiga sala de triagem ficou como sala de sutura e o consultório, com funcionamento de cinco horas/dia, passou a ser uma enfermaria. A farmácia, a emergência e o expurgo continuaram de uso comum. Quanto às intervenções da prefeitura local houve a contração de dois profissionais da enfermagem para cada plantão e disponibilização de assistência psicológica aos profissionais de linha de frente no enfrentamento da pandemia. Conclui-se que a pandemia gera sofrimento no âmbito profissional e um maior medo da finitude da vida, que associado a um local de trabalho improvisado geram angústias e incertezas entre os profissionais de saúde, influenciando na forma do enfrentamento da rotina de trabalho e do atendimento aos pacientes. Percebe-se assim, que o planejamento da estrutura física de uma instituição de saúde pode evitar maiores infecções e contaminações cruzadas, além de influenciar na segurança dos profissionais e reduzir a aquisição de doenças infectocontagiosas e psicológicas.

     

  • Palavras-chave
  • Atendimento de emergência, Doença por Coronavírus 2019-nCoV, Pandemia
  • Área Temática
  • Relato de experiência
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Anais do VI Congresso Médico do Oeste do Paraná

Apresentação

VI COMOP, através de suas apresentações - palestras, apresentações de trabalhos e submissões - se propôs a informar e atualizar estudantes e profissionais; promover a integração entre a arte de cuidar e as áreas de informação, comunicação e tecnologia; divulgar trabalhos científicos e estimular a participação de jovens pesquisadores. Este evento científico, voltado para estudantes e profissionais da área da Saúde, ocorre na região oeste do Paraná e atrai estudantes e profissionais de diversas regiões do país. É organizado pelo Centro Acadêmico de Medicina Professor Orival Alves (CAMPOA), centro acadêmico do curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) de Cascavel.

O evento ocorreu entre os dias 04 a 07 de novembro de 2020, e teve como tema: “A arte de cuidar: informação, comunicação e tecnologia”.

  • Pesquisa
  • Relato de caso
  • Relato de experiência

Comissão Organizadora do evento

Coordenação Docente:

Profª. Dra. Juliana Gerhardt

Coordenação Discente:

Gabriel Yudi Higashi Braga
João Otávio Assis Lopes
Nicole Jansen Rabello
Sthefanny Josephine Klein Ottoni Guedes
Thais de Oliveira Busarello

Victória Ribeiro de Medeiros

Comissão Científica

Equipe Coordenadora Docente:

Profa Dra. Graziela Braun
Prof. Dr. Erwin Solina Junior

Equipe Coordenadora Discente:

Nicole Jansen Rabello
Eduardo Waldir Rothbarth
Elaine Moi
Eline da Rós Moro
Monique Evelyn Venturin
Sarah Regina Farina
Taynara Cristine da Paixão
Thaís Kaori Katsumata

Equipe Avaliadora Docente:

Prof. Dr. Abenor Moreira Minare Filho
Prof. Dr. Ademar Dantas da Cunha Junior
Prof. Dr. André Pereira Westphalen
Prof. Dr. Cássio Franco
Profª. Dra. Célia Cristina Leme Beu
Prof. Dr. Fabiano Sandrini
Profª. Dra. Gisele Toyama
Profª. Dra. Ligia Aline Centenaro
Prof. Dr Marcos Antonio da Silva Cristovam
Prof. Dr. Paulo Carrilho
Profª. Dra. Phallcha Luízar Obregón
Profª. Dra. Rafaela Maria Moresco
Profª. Dra. Rose Meire Costa

Centro Acadêmico de Medicina Professor Orival Alves: unioestecampoa@gmail.com

VI Congresso Médico do Oeste do Paraná: unioestecomop@gmail.com