Assistência de Enfermagem ao paciente com Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide Um relato de Experiência

  • Autor
  • Leilane Alice Moura da Silva
  • Co-autores
  • Palloma Rayane Alves de Oliveira Sinezio , Luzia Cibele de Souza Maximiano , Kalidia Felipe de Lima Costa
  • Resumo
  •  

    Introdução: A Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF) é uma desordem auto-imune-sistêmica, caracterizada laboratorialmente por trombocitopenia acompanhada por altos índices de anticorpos antifosfolípides (anticoagulante lúpico e/ou anticardiolipina)1. Existem dois tipos de SAF: A Primária ou Idiopática que ocorre quando os anticorpos contra os fosfolipídios de membrana surgem de maneira espontânea, sem causa definida; A Secundária que ocorre em decorrência de uma condição preexistente, sendo a causa mais comum da SAF secundária o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Os sintomas são variados, abrangem desde um leve livedo reticular até sintomas mais graves como abortamento e Tromboses2. O tratamento consiste em Terapia com anticoagulantes1,2Objetivos: Relatar a experiência da assistência de Enfermagem ao paciente com SAF com trombose em MMII. Método: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência acerca da assistência de Enfermagem prestada à paciente com SAF após complicações com terapia anticoagulante administrada para controle de quadro trombótico. A coleta de dados foi realizada durante o Componente Curricular de Estágio Supervisionado em Serviços de Saúde I, no Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia, em março de 2020. Resultados: A necessidade de uma equipe de assistência capaz e compromissada se torna evidente ao deparar-se em um quadro de sangramentos sistêmicos devido à terapia trombolítica em um paciente de SAF, considerando que nenhum fármaco que possa reduzir esses sangramentos pode ser utilizado pelo risco trombótico aumentado, a maior meta da equipe passa a ser estabilizar o paciente enquanto os efeitos da terapia trombolítica são cessados. A reposição volêmica deve ser feita com ainda mais cautela devido ao risco de trombos, a hidratação deve ser feita de maneira criteriosa, a higiene e conforto do paciente passam a ser de inteira responsabilidade da equipe de enfermagem, que deve realizar seus procedimentos com prudência, evitando ao máximo procedimentos invasivos que possam vir causar quaisquer sangramentos, avaliando inclusive a necessidade, eficiência e o custo benefício de procedimentos como aspiração de TOT e gasometria, que são procedimentos protocolados para pacientes entubados. Conclusão: A assistência multiprofissional deve ser criteriosa na execução de procedimentos invasivos, a fim de evitar o surgimento de sangramentos, dosando sempre a necessidade de cada procedimento e os riscos de sua efetuação. O estudo contribui para o desenvolvimento do raciocínio clínico dos graduandos dos cursos da saúde, como também um desafio para o planejamento da assistência multiprofissional e de enfermagem, considerando a paciente gravíssima, necessitando de vários procedimentos, porém com restrições severas aos mesmos.

  • Palavras-chave
  • Assistência de Enfermagem, Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide, Terapia Trobolítica.
  • Área Temática
  • Relato de experiência
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Anais do VI Congresso Médico do Oeste do Paraná

Apresentação

VI COMOP, através de suas apresentações - palestras, apresentações de trabalhos e submissões - se propôs a informar e atualizar estudantes e profissionais; promover a integração entre a arte de cuidar e as áreas de informação, comunicação e tecnologia; divulgar trabalhos científicos e estimular a participação de jovens pesquisadores. Este evento científico, voltado para estudantes e profissionais da área da Saúde, ocorre na região oeste do Paraná e atrai estudantes e profissionais de diversas regiões do país. É organizado pelo Centro Acadêmico de Medicina Professor Orival Alves (CAMPOA), centro acadêmico do curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) de Cascavel.

O evento ocorreu entre os dias 04 a 07 de novembro de 2020, e teve como tema: “A arte de cuidar: informação, comunicação e tecnologia”.

  • Pesquisa
  • Relato de caso
  • Relato de experiência

Comissão Organizadora do evento

Coordenação Docente:

Profª. Dra. Juliana Gerhardt

Coordenação Discente:

Gabriel Yudi Higashi Braga
João Otávio Assis Lopes
Nicole Jansen Rabello
Sthefanny Josephine Klein Ottoni Guedes
Thais de Oliveira Busarello

Victória Ribeiro de Medeiros

Comissão Científica

Equipe Coordenadora Docente:

Profa Dra. Graziela Braun
Prof. Dr. Erwin Solina Junior

Equipe Coordenadora Discente:

Nicole Jansen Rabello
Eduardo Waldir Rothbarth
Elaine Moi
Eline da Rós Moro
Monique Evelyn Venturin
Sarah Regina Farina
Taynara Cristine da Paixão
Thaís Kaori Katsumata

Equipe Avaliadora Docente:

Prof. Dr. Abenor Moreira Minare Filho
Prof. Dr. Ademar Dantas da Cunha Junior
Prof. Dr. André Pereira Westphalen
Prof. Dr. Cássio Franco
Profª. Dra. Célia Cristina Leme Beu
Prof. Dr. Fabiano Sandrini
Profª. Dra. Gisele Toyama
Profª. Dra. Ligia Aline Centenaro
Prof. Dr Marcos Antonio da Silva Cristovam
Prof. Dr. Paulo Carrilho
Profª. Dra. Phallcha Luízar Obregón
Profª. Dra. Rafaela Maria Moresco
Profª. Dra. Rose Meire Costa

Centro Acadêmico de Medicina Professor Orival Alves: unioestecampoa@gmail.com

VI Congresso Médico do Oeste do Paraná: unioestecomop@gmail.com