Assistência de Enfermagem ao portador de Lúpus Eritematoso Sistêmico durante o pós operatório tardio de cirurgia bariátrica: Um relato de Experiência

Assistência de Enfermagem ao portador de Lúpus Eritematoso Sistêmico durante o pós operatório tardio de cirurgia bariátrica: Um relato de Experiência

• Autor
• Luzia Cibele de Souza Maximiano
• Co-autores
• Leilane Alice Moura da Silva , Palloma Rayane Alves de Oliveira Sinezio , Kalidia Felipe de Lima Costa
• Resumo

• Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença rara, inflamatória crônica, autoimune, de causa idiopática, caracterizada laboratorialmente pela presença de diversos autoanticorpos, possuindo uma clínica variada. Os sintomas abrangem desde fadiga, dores articulares, erupção malar (asa de borboleta, sintoma clássico) até sintomas mais perigosos como abortamento, tromboses arteriais/venosas e nefrite. O tratamento medicamentoso é específico de cada paciente, adequado para qual órgão ou sistema é afetado, bem como da gravidade destes acometimentos. Objetivos: Relatar a experiência da assistência de Enfermagem ao paciente portador de LES em pós operatório tardio de Cirurgia bariátrica. Método: Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência acerca do desenvolvimento da assistência de enfermagem ao paciente portador de Lúpus durante o pós operatório tardio de Cirurgia Bariátrica. A coleta de dados foi realizada por meio de uma consulta de enfermagem de rotina. Resultados: A monitorização constante dos sinais vitais mesmo após a alta hospitalar é importante para avaliar a estabilidade hemodinâmica de um paciente em pós operatório tardio de cirurgia bariátrica. A perda de porcentagem significativa do estômago predispõe, inicialmente, não apenas a uma restrição de quantidade alimentar, como também proporciona uma deficiência na ingestão de vitaminas e minerais que podem influenciar negativamente na estabilidade hemodinâmica. Devido ao quadro de LES, são realizados usualmente tratamentos com medicações que objetivam para manter a síndrome inflamatória em remissão e prevenir/proteger órgãos comumente afetados pelo Lúpus, como por exemplo, os Rins. Dentre as medicações utilizadas com o objetivo de realizar a proteção renal está o captopril, um inibidor da enzima conversora da angiotensina I, um potente hipotensor que ao ser associado com a restrição alimentar do pós operatório tardio pode causar crises hipotensivas, que coloquem em risco o bem estar e a vida do paciente. A orientação da Enfermagem quanto a horários de medicamentos, monitorização dos sinais vitais diariamente, pelo menos duas vezes ao dia, assim como a explicitação dos sinais e sintomas de uma crise hipotensiva, o que fazer para evitar a síncope devido a hipotensão, como tratar a hipotensão em casa e os sinais que devem indicar o encaminhamento ao serviço de urgência, são de extrema importância. Conclusão: Desse modo, percebe-se que a assistência de enfermagem vai muito além dos procedimentos restritos a ambiente ambulatorial ou hospitalar, a educação em saúde é um dos campos de atuação do enfermeiro e de vital importância, em especial quando se tratando de pacientes raros, a identificação dos sinais alerta para encaminhamento ao serviço de urgência e emergência, além da orientação acerca de hábitos que devem ser alterados a fim de evitar complicações.

• Palavras-chave
• Lúpus Eritematoso Sistêmico, Assistência de Enfermagem, Cirurgia Bariátrica.
• Área Temática
• Relato de experiência

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