VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA: UMA CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO DO PARANÁ

VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA: UMA CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO ESTADO DO PARANÁ

• Autor
• Juliana Emi Shimabukuro
• Co-autores
• Sara Naomi Shimabukuro , Jaime Ventura da Silva Junior , Rafaeli Vidaletti Barbosa , Guilherme Augusto Minato , Rafael Rauber
• Resumo

• De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a violência pode ser classificada de três maneiras: interpessoal, coletiva e autoinfligida. A lesão autoprovocada intencionalmente envolve atitudes violentas, incluindo o suicídio e autoagressão (KRUG et al, 2002). Diversos fatores influenciam de maneira direta no comportamento suicida, como questões psicológicas, biológicas, econômicas e socioculturais. (WHO, 2014). Dessa maneira, é indubitável a importância de classificar e identificar fatores de riscos individuais particulares de cada região para a promoção de ações de prevenção e proteção. O presente estudo visa caracterizar o perfil epidemiológico de indivíduos que passaram pelo serviço de saúde após tentar alguma violência contra si mesmo no estado do Paraná. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), correspondendo ao período de 2009 a 2018. A extração dos dados foi realizada no mês de outubro de 2020 pelo TabWin. Para análise de dados, foi utilizado o Excel®. Foram consideradas todas as variações de lesões autoprovocadas apresentadas no sistema, não havendo fator de exclusão para qualquer dado. Nos anos de 2009-2018, ocorreram 32.727 notificações de lesões autoprovocadas intencionalmente pelo sistema de saúde no estado do Paraná; sendo 22.470 (68,58%) em indivíduos do sexo feminino. No período estudado, as faixas etárias que apresentaram os maiores de acometimento foram as de 20-29 anos, com uma taxa de 26,21% (8.587). Em relação ao grau de escolaridade, com 5.765 dos indivíduos (17,594%) avaliados tinham de 5ª a 8ª série incompleta do Ensino Fundamental e 8.290 (25,3%) indivíduos não preencheram esse dado. Há registro de 24.392 ocorrências entre indivíduos considerados brancos (74,44%). A respeito da evolução do quadro, 0,70% (231) dos casos culminou no óbito e 15,33% (5022) receberam alta. Entretanto, na grande maioria dos registros (82,63%) não havia o preenchimento dessa seção (em branco). Conclui-se que a maior prevalência de lesões autoprovocadas intencionalmente no Estado do Paraná ocorre em indivíduos do sexo feminino, entre 20-29 anos, da raça branca. A ausência de preenchimento em seções como escolaridade e evolução do quadro prejudicou a análise dos dados e aponta para a necessidade do preenchimento correto das informações para uma caracterização mais precisa do perfil epidemiológico.

   

• Palavras-chave
• Lesões autoprovocadas, Suicídio, Perfil epidemiológico, Saúde mental, Violência
• Área Temática
• Pesquisa

Voltar Download