Introdução: Atualmente, cerca de 47% gestantes estão apresentando ganho de peso excessivo. Assim, os adoçantes não-nutritivos (ANN) visam substituir o uso do açúcar para evitar o excesso de peso gestacional. Porém, estudos questionam a segurança dos ANN a longo prazo consumidos desde o início da vida uterina. Objetivo: Elucidar os possíveis efeitos ocasionado na saúde materna e fetal pelo uso de ANN no período gestacional. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada em abril de 2021 nas bases de dados PubMed e Scielo. Foram incluídos estudos randomizados controlados, realizados com gestantes e que avaliassem os efeitos dos ANN, sem restrição de idioma, com corte temporal de 2011 até 2021. Após busca, foram incluídos 4 artigos. Resultados: No estudo de corte com humanos, não encontrou relação com ganho de peso no primeiro ano e o consumo de ANN na gestação e lactação. Já nos estudos de ensaio clínicos com ratos, confirmou a presença de ANN no leite materno e líquido amniótico. Além de que, os ANN aspartame, acessulfame de potássio, sucralose foram associados ao aumento de peso na prole adulta, preferências por doces, alterações cardiometabólicas, desregulação de metabólitos e modificação da microbiota. Considerações finais: Com esse trabalho, percebe que a literatura é escassa para assegurar o uso de ANN na gestação, sendo necessários mais ensaios clínicos randomizados que averiguem a saúde binómio mãe-bebê a longo prazo, com a exposição dos ANN.
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