SAÚDE MENTAL EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS BRASILEIRAS: UMA PROPOSTA DE REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

  • Autor
  • Gislayne Ellen Vital Oliveira
  • Co-autores
  • Maria Auxiliadora Ferreira Araújo , Rochelly Rodrigues Holanda
  • Resumo
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    Introdução: A história das comunidades quilombolas é marcada por um passado de lutas e resistências à uma conjuntura social discriminatória e perpetradora de violências, uma vez que os quilombos foram um dos principais grupos a romper com o sistema escravista, buscando recuperar sua identidade e liberdade. Apesar da mudança cronológica, cabe considerarmos que, na conjuntura atual, os quilombolas ainda buscam movimentos de enfrentamentos contra as práticas opressivas, racistas, e desiguais, sobretudo, o processo de invisibilidade. As condições relacionadas à saúde mental dessa comunidade tradicional devem ser observadas, em perspectiva interseccional, bem como subsídios da psicologia para a promoção da saúde de forma ampla. As iniquidades sociais vivenciadas pelas populações quilombolas, uma vez que estas são predominantemente negras, pobres, rurais, com baixa escolaridade, sem acesso adequado a serviços de saúde e sem saneamento ambiental, são determinantes de piores condições de saúde. Estes atravessamentos tem forte associação aos transtornos mentais com eventos vitais produtores de estresse, como a falta de apoio social, tempo para o lazer, variáveis relativas ao gênero e perspectivas de futuro. Objetivo: Debater sobre as condições de saúde mental da comunidade quilombola diante do cotidiano vivenciado no Brasil. Método: Metodologicamente, trata-se de uma Revisão Sistemática de Literatura. Para construir essa pesquisa, as buscas se realizarão em bases de dados de livre acesso, a saber: SciELO e Portal de Periódicos CAPES. As chaves de busca a serem utilizadas serão: “quilombola OR quilombo AND saúde mental”. Após a seleção dos artigos, os materiais serão avaliados e sintetizados mediante protocolo PRISMA. Como critérios de inclusão, foram considerados artigos revisados por pares, em português, de livre acesso, publicados nos últimos dez anos (2014-2024). Enquanto critérios de exclusão, serão desconsiderados os artigos que não se dedicam à compreensão aprofundada da saúde mental dos povos quilombolas e que não discutam sobre o contexto brasileiro. Resultados: Conforme a análise cautelosa dos artigos, enquanto resultados esperados pretendemos discutir o sofrimento psíquico das comunidades quilombolas em perspectiva interseccional, como fenômeno atravessado por múltiplas precariedades em termos de condições de vida, trabalho, acessibilidade e moradia. Ademais, os artigos podem orientar os marcadores que operam fatores de vulnerabilidade social e influenciam o surgimento de quadros depressivos, ansiogênicos, preocupações e angústias. Conclusão: De acordo com o Observatório Quilombola, ações externas indiscriminadas caracterizadas por interferências em âmbitos político-sociais, ambientais, educativos, culturais e de saúde têm, notoriamente, fragilizado as comunidades quilombolas no Brasil. Essas ações resultam em ameaça à identidade, à autonomia, ao modo de organização do trabalho e às condições de permanência em seus locais de origem e, consequentemente, à saúde. Em síntese, essa pesquisa pretende evidenciar que as comunidades quilombolas sofrem prejuízos devido ao contexto social e histórico discriminatório no qual foram historicamente construídas. Assim, pretendemos contribuir à discussão sobre sofrimento psíquico da comunidade quilombola, destacando a necessidade fundamental de que a Rede de Assistência Psicossocial (RAPS) ofereça estratégias delineadas para atender pessoas em sofrimento psíquico em sua diversidade de contextos e formas de existência no Brasil.

     

  • Palavras-chave
  • Comunidade Quilombola; Saúde Mental; Sofrimento Psíquico
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • I Mostra Científica de Pesquisa
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