Introdução: No Brasil aproximadamente 16,8 milhões de pessoas são portadoras de diabetes mellitus (DM), uma doença caracterizada como distúrbio metabólico, decorrentes da ausência, deficiência ou resistência ao hormônio da insulina, resultando em uma hiperglicemia persistente. Para controle dos níveis glicêmicos são utilizados preferencialmente adesão a dieta nutricional e prática de exercícios físicos, sendo empregado recursos medicamentosos, em um segundo momento da terapêutica, a insulina e os hipoglicemiantes orais. Nesse contexto, diversas espécies de vegetais vêm sendo citadas com adjuvantes no tratamento da DM, apresentando benefícios tanto no tratamento propriamente dito da doença, como atenuando possíveis complicações e seus sintomas. Com isso, as plantas medicinais tornam-se uma importante prática integrativa e complementar do tratamento e controle de doenças crônicas, cujos benefícios somam-se aos da terapia convencional. Objetivo: Descrever os fitoterápicos e plantas medicinais com efeitos hipoglicemiantes utilizados no tratamento da diabetes mellitus, com base na literatura. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, de livre acesso, disponível na íntegra, realizada por meio de consulta à base de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e PubMed. Foram utilizados artigos de revisão e originais, em língua portuguesa, publicados nos últimos 10 anos, através do cruzamento dos descritores do DeCS: “diabetes mellitus”, “fitoterápicos”, “plantas medicinais” e “terapia complementar”, combinados pelo operador booleano AND. Os estudos encontrados foram analisados pelo título, resumo e texto completo. Definiram-se como critérios de inclusão estudos que se relacionam com a temática da pesquisa. Como critérios de exclusão foram considerados artigos que não contemplavam a temática da revisão, editoriais e anais de eventos. Resultados: Devido aos seus efeitos hipoglicemiantes uma série de plantas têm sido aplicadas ao tratamento da DM e de suas complicações. O mecanismo de ação dessas plantas ocorre a partir do estímulo das células beta pancreáticas, ao mesmo tempo que há o aumento da liberação do hormônio da insulina, bem como maior sensibilidade dos receptores da insulina. As plantas medicinais que apresentaram efeito hipoglicemiante são: Bauhinia forficata Link (Pata- de-vaca), Syzygium cumini (L) Skeels (Jambolão/azeitona), Baccharis Trimera (Less) DC. (Carqueja), Cynara Scolymus L. (Alcachofra), Marmodica Charantia L. (Melão de São Caetano), Cissus Sicifoides L. (Insulina), Allium sativum L., Eucalyptus globulus, Phyllantus niruri. Esses efeitos são mediados pela inibição da enzima catalisadora dos açúcares, ação antioxidade e antidiabética, e aumento da secreção de insulina pelo pâncreas. Entretanto, apesar da origem natural não se pode excluir a possibilidade de apresentarem reações adversos, a sua toxicidade e/ou interações medicamentosas. Logo deve-se considerar seus mecanismos de ação e extração e orientações médicas. Conclusão: As evidências acerca do uso dos fitoterápicos e plantas medicinais apresentam-se como alternativa preciosa no controle e tratamento da DM, visto seu potencial hipoglicemiante, explicado pelo estímulo às células beta pancreáticas, corroborando para a necessidade de investimentos para sua utilização.
O desenvolvimento de atividades de cunho científico-acadêmico no Centro Universitário Inta (UNINTA) Campus Itapipoca possibilita contextualizar o ensino superior em meio aos diversos discursos que se constroem na atualidade, mostrando sua identidade, originalidade e contribuição para as ciências e a sociedade entre as diversas instituições que compõem o cenário acadêmico cearense. Para tanto, a VII SEMANA ACADÊMICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA (UNINTA) CAMPUS ITAPIPOCA visa promover debates relacionados à relação entre Conhecimento e Prática, bem como divulgar as produções científicas da comunidade acadêmica da referida IES e áreas afins das cidades circunvizinhas de Itapipoca.
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