Introdução: Glomus timpânico é um tumor vascular benigno do ouvido médio. É um tumor do tipo paraganglioma. Com maior predominância no sexo feminino. Os principais sintomas deste tumor normalmente é um zumbido que pulsa como o coração, perda de audição e, em casos mais avançados, até mesmo disfunção cranial. O exame físico pode mostrar lesão avermelhada na orelha média. O diagnóstico por exames complementares é feito com tomografia de ossos temporais, ressonância magnética nuclear e audiometria. Tratamento geralmente envolve cirurgia para remoção do tumor. Em decorrência do tamanho do tumor e gravidade os pacientes podem ocorrer complicações de hipoacusia em graus variados, disfagia, disfonia paralisia facial e meningite secundária. A fisioterapia inserida na equipe multiprofissional atua na reabilitação das sequelas que a neoplasia podem desenvolver. Objetivo: Descrever o protocolo de reabilitação no paciente com paralisia facial após a remoção cirúrgica do glomus timpânico. Método:Trata-se de um relato de experiência, realizado no Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) do município de Itapipoca, no mês de março e abril do ano de 2024, realizado um paciente do sexo feminino com paralisia facial, sequela da remoção cirúrgica do glomus timpânico. Atendimento fisioterapêutico realizado dois dias da semana, terça e quinta, com duração média de 50 minutos. Resultados: Durante o processo de reabilitação da paciente foram realizados atendimentos duas vezes na semana (terça e quinta) como objetivo de buscar o avanço dela. Durante o tratamento foram realizados eletroterapia com auxílio do FES que é utilizado com foco no fortalecimento de músculos que estão enfraquecidos, nesse caso os músculos faciais e é utilizado para a preservação das funções que eles apresentam tanto quando estão em atividade quando em repouso. Realizamos alguns exercícios com objetivo em coordenação e controle muscular, como o sorrir, franzir a testa, abrir e fechar olhos, aprimorando as habilidades que antes os músculos faciais realizavam. Os exercícios que apresentam conexão dos nervos com os músculos foram essenciais, ou seja, neuromusculares que apresentaram grandes benefícios por promoverem melhora em coordenação e resposta do movimento da paciente. Conclusão: O tratamento eficaz devolve funcionalidade ao paciente, a realização do protocolo ameniza as sequelas, devolvendo o fortalecimento dos músculos afetados. Durante o acompanhamento da fisioterapia foi possível observar grandes avanços por parte das respostas que a paciente conseguia dar ao tratamento proposto, sendo assim a fisioterapia desempenha um papel fundamental na reabilitação de pacientes que apresentam glomus timpânico.
Descritores: Fisioterapia; Glomus Timpânico; Reabilitação.
Referências
SMR Care, 2020. Disponível em: https://blog.smcare.com.br/como-fazer-fisioterapia-para-paralisia-facial-da-forma-correta/#:~:text=Massagens%20suaves%20e%20t%C3%A9cnicas%20de,auxiliando%20no%20processo%20de%20recupera%C3%A7%C3%A3o. Acesso em 05/04/2024.
Tomita, Shiro; Kos, Arthur Otavio; Pierre, Jorge Henrique Arraes Alencar; Ferreira, Noisio Guilherme Moraes.
V. Neto, Maria Eugênia L. R. B de; Vuono, Isabela M. de; Souza, Luiz R. O; Testa, José R. G; Pizarro, Gilberto U. Rev. bras. otorrinolaringol ; 71(1): 97-100, jan.-fev. 2005. ilus Artigo em Português | LILACS | ID: lil-4114472.
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