RESTAURANTES VIRTUAIS E SEUS EFEITOS NO PROCESSO DE COMENSALIDADE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

  • Autor
  • Francisco Alexandre Sousa Moura
  • Co-autores
  • Bruna Aparecida Melo Batista
  • Resumo
  • Introdução: Com a crescente evolução tecnológica, os meios de produção, conservação e distribuição de alimentos cresceram de forma exponencial, surgindo alimentos mais ultraprocessados e meios de distribuição cada vez mais eficientes, destacando-se as redes de fast food, que muitas vezes se utilizam de restaurantes virtuais para a venda de seus produtos. Entende-se por restaurante virtual, também chamado de dark kitchen, como local fixo de produção de refeições, sem atendimento direto ao público, que são contratados para distribuir de refeições prontas. Nesse sistema, a maioria dos contratantes são empresas de entrega em domicílio. Objetivo: Evidenciar o que a literatura atual mostra sobre os efeitos dos restaurantes virtuais no processo de comensalidade. Método: Trata-se uma revisão bibliográfica a partir de estudos específicos que abordaram o tema das dark kitchens e seus efeitos no processo de comensalidade no atual contexto social, publicados entre 2018 e 2022. A pesquisa resultou em 12 artigos científicos, em língua portuguesa e inglesa, buscados via Biblioteca de Virtual de Saúde (BVS), nas bases de dados Lilacs e Medline. Os descritores utilizados foram “dark kitchen”, “comensalidade”, “consequências”. Ao final, foram descartados dois artigos por não terem dados conclusos, além da exclusão de monografias e trabalhos de conclusão de curso, restando 9 artigos para a revisão. Resultados: Um estudo realizado no ano de 2021 por universitários do Rio de Janeiro, mostrou que 300 mil empresas de comida fecharam suas portas entre 2020 e 2021. Outro fator preponderante foi o crescimento nas redes de fast food que em sua maioria produzem alimentos processados e ultraprocessados. Um levantamento feito em 2021 no norte de Londres, Inglaterra com 254.900 habitantes mostrou que 52,6% das empresas de onde os entrevistados relataram pedir comida, tinham sua fonte nas dark kitchens, 79,9% estavam descritas como delivery, 37,9% no Uber Eats®, além de quase todas utilizarem aplicativos de celular para pedir a comida. Destaca-se que 19,7% vendiam doces e salgados, e apenas 14,5% vendiam cereais, leguminosas ou laticínios. Um estudo realizado em 2021 por professores da Universidade Federal de Minas Gerais, demonstrou crescentes aplicações financeiras no modelo dark kitchen para produção de alimentos e distribuição. Um estudo realizado por acadêmicos da Universidade de Xidian, China, mostrou que, de um grupo de 80 entrevistados, 53% pedem comida ao menos uma vez por semana e 52% dos pedidos eram provenientes de dark kitchens. Vale ressaltar os efeitos da pandemia de COVID-19 na implantação dos restaurantes virtuais, visto as restrições sanitárias, forçando os consumidores a pedir cada vez mais comida em seus lares. Conclusão: Fica evidente o crescimento, principalmente após a pandemia, dos modelos de restaurantes virtuais, que alteram o processo de comensalidade, influenciando o aumento do consumo de alimentos processados e ultraprocessados. O processo de comensalidade é amplo, acarretando não somente o ato de consumir, mas todos os fatores envolvidos, como o ambiente em que se come e os contextos sociais e culturais, sendo importante considerá-los ao avaliar e acompanhar o consumo alimentar dos indivíduos.

  • Palavras-chave
  • Consumo de alimentos; refeições rápidas; serviços de alimentação.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • I Mostra Científica de Pesquisa
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