Introdução: O racismo, como crença na superioridade de algumas raças sobre outras, que justifica a desigualdade entre os grupos, é uma forma de opressão, de agressão e de violência. As consequências relacionadas à opressão, agressão e violência são práticas que afetam a saúde mental das pessoas alvo e, por esse motivo, tornaram-se campo de discussões no âmbito da Psicologia, a partir da relação entre saúde mental e questões étnico-raciais. A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra reconhece o racismo estrutural e as desigualdades étnico-raciais como determinantes sociais das condições de saúde, bem como o Conselho Federal de Psicologia, ao elaborar a publicação Relações Raciais: Referências Técnicas para a Prática da(o) Psicóloga(o), como resposta às demandas do movimento negro para a produção de teorias que contribuam à superação do racismo, preconceito e formas de discriminação. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo identificar na literatura científica brasileira estudos sobre a contribuição da psicologia sobre os impactos do racismo na saúde mental da população negra no Brasil. Método: Metodologicamente, trata-se de uma Revisão Sistemática de literatura. Para construir essa pesquisa, as buscas se realizarão em bases de dados de livre acesso, a saber: SciELO e Portal de Periódicos CAPES. As chaves de busca a serem utilizadas serão: “racismo AND saúde mental”; “saúde mental AND raça”; “saúde mental AND etnia”. Após a seleção dos artigos, os materiais serão avaliados e sintetizados mediante protocolo PRISMA. Como critérios de inclusão, foram considerados artigos revisados por pares, em português, de livre acesso, publicados nos últimos dez anos (2014-2024). Enquanto critérios de exclusão, serão desconsiderados os artigos que não se dedicam à compreensão aprofundada da relação entre raça/etnia; racismo e os seus atravessamentos em saúde mental. E, ainda, serão excluídos aqueles que não discutam sobre o contexto brasileiro. Resultados: Destacamos que o delineamento deste estudo está em andamento e, enquanto resultados esperados, pretendemos identificar na literatura científica brasileira estudos sobre a contribuição da psicologia sobre os impactos do racismo na saúde mental da população negra no Brasil. Para tanto, em nossas análises, evidenciaremos a relevância da perspectiva interseccional. Conclusão: A grande maioria da população negra vive em incessante sofrimento mental devido às condições de vida precárias atuais e à impossibilidade de antecipar um futuro melhor. É apontado diversos sintomas físicos e psíquicos advindos da permanente condição “de tensão emocional, de angústia e de ansiedade, com rasgos momentâneos dos distúrbios de conduta e do pensamento”, vivida cotidianamente pela pessoa alvo do racismo. A relação entre raça e saúde, de maneira geral, e mais ainda entre raça e saúde mental especificamente é tema que ficou esquecido no pensamento brasileiro, muito provavelmente como consequência do mito da democracia racial brasileira.
O desenvolvimento de atividades de cunho científico-acadêmico no Centro Universitário Inta (UNINTA) Campus Itapipoca possibilita contextualizar o ensino superior em meio aos diversos discursos que se constroem na atualidade, mostrando sua identidade, originalidade e contribuição para as ciências e a sociedade entre as diversas instituições que compõem o cenário acadêmico cearense. Para tanto, a VII SEMANA ACADÊMICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA (UNINTA) CAMPUS ITAPIPOCA visa promover debates relacionados à relação entre Conhecimento e Prática, bem como divulgar as produções científicas da comunidade acadêmica da referida IES e áreas afins das cidades circunvizinhas de Itapipoca.
Realização: Coordenação de Pesquisa do Centro Universitário Inta (UNINTA) Campus Itapipoca
Apoio: Direção do Centro Universitário Inta (UNINTA) Campus Itapipoca