Introdução: As elaborações de Freud acerca das fantasias trazem para o primeiro plano as construções psíquicas feitas pelos sujeitos para dar conta da realidade. As fantasias acabam constituindo uma nova realidade como uma espécie de proteção à realidade insatisfatória, funcionando como realização de desejo, o que se deduz da afirmação de Freud (1908a/1996) de que “toda fantasia é a realização de um desejo, uma correção da realidade insatisfatória” (p. 137). Diferentemente da psicose, que repudia a realidade, a neurose apenas a ignora. Seu mecanismo é o de tentar evitar determinado fragmento da realidade e se proteger dele. Freud (1924/1996) considera que tal fragmento está associado a alguma exigência de satisfação que precisou ser recalcada. O delírio histérico é uma tentativa de fuga, é uma expressão da fantasia. O delírio psicótico vem no lugar onde a fantasia não veio. Objetivo: Entender como a elaboração de um mundo das fantasias pode ser uma proteção à uma cena traumática. Método: O método é uma pesquisa bibliográfica e os estudos foram realizados com base em artigos encontrados no Google Acadêmico, Scielo e em livros escritos por Sigmund Freud. Resultados: Freud observa que o adulto não revela suas fantasias, as mantém em seu íntimo e envergonha-se com a sua exposição, já que estas têm como fonte um desejo que deveria permanecer oculto. O Tagtraum (sonho diurno, devaneio, fantasiar) revela a fantasia, considerada pelo autor como seu sinônimo, sendo análoga ao sonho. Assim como o sonho, a fantasia também articula uma realização de desejo deformada. A fantasia, posta por Freud (1897) como uma ficção protetora diante da cena traumática, tal como construída no relato dos pacientes, indica o recobrimento de algo que não diz respeito a uma realidade factual, datável e verificável. Conclusão: A fantasia é a própria realidade, não havendo outra que estaria recoberta, assim, uma suposta realidade objetiva está, de partida, perdida. Conforme afirma Lacan (1959- 60/2008), é no interior do movimento basculante entre realidade e ficção que a experiência freudiana se coloca – esse é o ponto fulcral da experiência analítica, que implica a emergência de uma verdade que concerne ao sujeito. Uma verdade que, em sua estrutura de ficção, só pode se tecer mediante a linguagem. Conforme Freud, a experiência analítica se baseia “no amor pela verdade, isto é, no reconhecimento da realidade, excluindo toda e qualquer aparência e falseamento” (FREUD, 1937/2017, p. 355). O que é produzido através do endereçamento transferencial articula uma verdade, aquela do desejo inconsciente.
O desenvolvimento de atividades de cunho científico-acadêmico no Centro Universitário Inta (UNINTA) Campus Itapipoca possibilita contextualizar o ensino superior em meio aos diversos discursos que se constroem na atualidade, mostrando sua identidade, originalidade e contribuição para as ciências e a sociedade entre as diversas instituições que compõem o cenário acadêmico cearense. Para tanto, a VII SEMANA ACADÊMICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA (UNINTA) CAMPUS ITAPIPOCA visa promover debates relacionados à relação entre Conhecimento e Prática, bem como divulgar as produções científicas da comunidade acadêmica da referida IES e áreas afins das cidades circunvizinhas de Itapipoca.
Realização: Coordenação de Pesquisa do Centro Universitário Inta (UNINTA) Campus Itapipoca
Apoio: Direção do Centro Universitário Inta (UNINTA) Campus Itapipoca