Alagoas desponta no ranking dos estados mais concentradores do país, em termos de terra e renda. Essa estrutura socioeconômica ineficiente vem sendo reproduzida por mais de cinco séculos, com mudanças pouco efetivas nesse percurso. O objetivo do presente trabalho, de caráter exploratório, vai justo no sentido de estabelecer um resgate histórico da questão agrária em Alagoas. Além disso, objetiva confrontar a teoria com os dados econômicos recentes tendo em vista a confirmação da persistência de traços herdados do período colonial. Para tanto, o texto conta com uma revisão bibliográfica acerca da discussão proposta, bem como a coleta e análise de dados secundários que tiveram como fontes principais o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra, Instituto de Terra e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Secretaria de Estado da Agricultura do Estado de Alagoas (Seagri/AL) e Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social. Com o estudo, conclui-se que Alagoas segue com a mesma configuração econômica e social repleta dos traços que foram adquiridos praticamente desde o limiar de sua formação histórica, o que nos permite entender em parte as assimetrias e distorções diversas presentes no Estado.
Comissão Organizadora
José Crisólogo de Sales Silva
Comissão Científica