No Brasil, temos muito da nossa cultura atrelada aos povos indígenas, que já habitavam antes da chegada do europeu em 1500, sendo inegável as suas contribuições em nossa economia e cultura, e para que esta não viesse ao esquecimento, sancionou-se em 10 de março de 2008 a Lei nº 10.645, que torna obrigatória o trabalho com a Cultura Afro-indígena nas escolas públicas e particulares brasileiras. Nesse contexto, este artigo se trata de um relato de experiência da ação interdisciplinar que envolveu coordenação pedagógica, direção, docentes e discentes, bem como a comunidade, índios da região, koiupanká. O projeto esboçado e aplicado visou promover um resgate histórico-cultural da trajetória dos indígenas no Brasil, destacando o papel deles como sujeitos históricos, que imprimiram marcas próprias na cultura, bem como no desenvolvimento social e econômico. Além disso, pretendeu mapear e entender como vivem os indígenas no Brasil e em específico da cidade de Inhapi-Alagoas e além disso, desmistificar alguns preconceitos relativos aos costumes religiosos e alimentares dos indígenas. Metodologicamente, tratou-se de um estudo descritivo baseado na observação sistemática das ações realizadas na Escola Municipal de Educação Básica Nossa Senhora do Rosário em Inhapi - Alagoas. Com base nas averiguações, notou-se que a escola em sua amplitude se envolveu e trabalhou para que se pudesse conhecer as diversidades e costumes culturais e isso permitiu uma melhora significativa na forma que a comunidade escolar compreende acerca do conteúdo, relevância e da valorização que os povos indígenas em âmbito local e nacional merecem.
Comissão Organizadora
José Crisólogo de Sales Silva
Comissão Científica