ESTRUTURAS SEXUAIS DAS BRIÓFITAS SOB MANGUEIRAS DO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ

ESTRUTURAS SEXUAIS DAS BRIÓFITAS SOB MANGUEIRAS DO MUNICÍPIO DE BELÉM, PARÁ

• Autor
• Carolina Ayumi Umezaki Maciel
• Co-autores
• Paulo Weslem Portal Gomes , Rita de Cássia Pereira dos Santos , Ana Cláudia Caldeira Tavares Martins
• Resumo

• As briófitas possuem mecanismos de reprodução sexuada e assexuada, que contribuíram para sua ampla distribuição pelo mundo, por milhões de anos. Entretanto, estudos fenológicos do grupo ainda são escassos na Amazônia. Assim, este trabalho objetivou identificar as estruturas sexuais das briófitas encontrada sob mangueiras de Belém-PA. As coletas foram realizadas nos meses de maio e junho de 2017, em cinco bairros da capital, nos quais delimitou-se quadrantes de 0,25 km² e optou-se por coletar sobre três a quatro forófitos. As amostras foram identificadas utilizando literaturas especializadas. Foram registradas 22 espécies, com 72 ocorrências, dentre elas, apenas 15 (nove hepáticas e seis musgos) apresentaram gametângios. Ocorreram sete espécies dioicas, sendo cinco hepáticas (Cheilolejeunea oncophylla (Aongström) Grolle & E.Reiner, Cheilolejeunea rigidula (Nees ex Mont.) R.M. Schust., Harpalejeunea stricta (Lindenberg & Gottsche) Stephani , Lejeunea laetevirens Nees & Mont. e Microlejeunea epiphylla Bischl.) e dois musgos (Calymperes palisotii Schwägr. e Calymperes erosum Müll. Hal.). Para as autoicas, observou-se quatro hepáticas (Dibrachiella parviflora (Nees) X.Q. Shi, R.L. Zhu & Gradst., Lejeunea flava (Sw.) Nees, Lopholejeunea subfusca (Nees) Schiffn. e Lejeunea trinitensis Lindenb.) e quatro musgos (Isopterygium subbrevisetum (Hampe) Broth., Fissidens guianensis Mont., Octoblepharum albidum Hedw. e Brittonodoxa subpinnata (Brid.) W.R. Buck, P.E.A.S.Câmara & Carv.-Silva). Em todas as hepáticas férteis foram encontrados ginoécios, e apenas H. stricta e D. parviflora não apresentaram androécio, na qual, ambas espécies, junto com M. epiphylla e L. flava não apresentaram periantos, além de não se observar estruturas assexuadas. Os musgos C. palisotii e C. erosum apresentaram apenas gemas, enquanto as espécies I. subbrevisteum e O. albidum apresentaram esporófitos abertos e fechados, respectivamente, apenas a espécie B. subpinnata apresentou ginoécio. A continuação desse trabalho é fundamental para entender os padrões de reprodução das briófitas nos centros urbanos e as suas respostas às variáveis ambientais e antropogênicas.

• Palavras-chave
• Fenologia, Gametângios, Brioflora
• Área Temática
• Biodiversidade