A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE SÃO FÉLIX DO XINGU: UMA ANALISE AMBIENTAL E EPIDEMIOLOGICA

A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE SÃO FÉLIX DO XINGU: UMA ANALISE AMBIENTAL E EPIDEMIOLOGICA

• Autor
• Rafael Aleixo Coelho de Oliveira
• Co-autores
• Claudia do Socorro Carvalho Miranda , Alcinês da Silva Sousa Júnior , Juan Andrade Guegues , Nelson Veiga Gonçalves
• Resumo

• A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma antropozoone considerada um grave problema de saúde pública. No Brasil, está distribuída em todo seu território com grande relevância na Amazônia, onde é considerada endêmica. No estado do Pará, seus municípios expõem características históricas, socioeconômicas e ambientais, que facilitam o estabelecimento da doença. Nesse contexto, o estudo objetiva analisar a distribuição espacial da LTA em São Félix do Xingu, no estado do Pará, e a sua relação com variáveis epidemiológicas, clínicas e ambientais, no período de 2012 a 2016. Os dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e os cartográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os dados ambientais foram obtidos do Programa de Desflorestamento da Amazônia (PRODES). Esses dados foram depurados e descritos utilizando os softwares TabWin e EpiInfo, respectivamente. O mapa temático foi realizado através do software ArcGis 10.5. O município teve 183 casos notificados e confirmados de LTA distribuídos em seus distritos administrativos. O distrito de São Félix do Xingu teve o maior número de casos notificados (87), enquanto Ladeira Vermelha teve o menor (6). Os indivíduos mais acometidos foram sexo masculino, adultos, etnia parda, baixo nível de escolaridade e moradores da zona rural. O perfil clinico prevalente foi a forma cutânea com evolução para cura. A série história demonstrou um número de casos crescente no período de 2012 a 2015, com um decréscimo de casos no ano de 2016. Foi observada ainda uma relação direta com o incremento do desmatamento e o número de casos. A LTA embora tenha sido decrescente no ano de 2016, ainda é um grande problema de vigilância ambiental no município, devido seu modelo de exploração econômica, com intenso desmatamento, que pode ter contribuído para a exposição da população local aos vários fatores de risco da doença.

• Palavras-chave
• Meio Ambiente, Epidemiologia, Leishmaniose Tegumentar Americana
• Área Temática
• Saúde Pública