Extração de madeira e organização social no PDS Virola-Jatobá, Anapu, Pará: Percepções e discursos contrastantes em um assentamento ambientalmente diferenciado

Extração de madeira e organização social no PDS Virola-Jatobá, Anapu, Pará: Percepções e discursos contrastantes em um assentamento ambientalmente diferenciado

• Autor
• Helder do Nascimento Assunção
• Co-autores
• Roberto Porro
• Resumo

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  Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) é modalidade de assentamento que visa conciliar reforma agrária e conservação ambiental. Os PDS de Anapu, Pará, são pioneiros da modalidade, mas desde sua criação, famílias enfrentam dificuldades para consolidar seu assentamento. No PDS Virola-Jatobá, a extração de madeira conduzida entre 2008 e 2012 através de parceria da comunidade com empresa ampliou perspectivas para meios de vida locais. Todavia, problemas na atividade acentuaram processos de ruptura associativa. Nesse contexto, o presente trabalho buscou compreender as interações entre as práticas agrícolas dos assentados e a extração de madeira via o manejo florestal ali realizado. O estudo buscou verificar também em que medida a organização dos assentados pode influenciar o sucesso não somente de políticas fundiárias com viés ambiental mas também da própria modalidade de assentamento em questão. Diante do exposto, entrevistas semiestruturadas e análise de discurso foram utilizadas para avaliar se a percepção das famílias assentadas quanto a extração de madeira através de manejo florestal e a ocorrência de benefícios derivados dessa atividade no PDS Virola-Jatobá estariam atreladas a características das famílias relativas ao momento de chegada ao lote, localização e, sobretudo, organização associativa. Os resultados obtidos indicam que a variável associativa melhor distinguiu percepções quanto à inserção da extração de madeira nas estratégias produtivas locais, ou seja, este quesito compreendeu os discursos mais contrastantes em relação à interação entre o manejo florestal e as atividades empreendidas pelos assentados, tendo os precursores da ruptura associativa indicado maior resistência àquela interação. Sendo assim, conclui-se que o alcance das metas socioambientais previstas nos PDS necessita e condiciona-se a ações coletivas harmônicas que pactuem uma agenda consolidada em prol do desenvolvimento do grupo como um todo.

   

• Palavras-chave
• Associativismo, Manejo florestal comunitário, Projeto de assentamento.
• Área Temática
• Sociologia Rural

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