Ação do Óleo de Pequi (Caryocar coriaceum) no processo de cicatrização de lesões cutâneas

  • Autor
  • Aline da Silva Pereira Onofre
  • Resumo
  • Introdução- O óleo de Caryocar coriaceum (pequi), rico em ácidos graxos insaturados, tem sido utilizado na alimentação e indústria cosmética, sendo indicado na medicina popular por seus efeitos anti- inflamatório e cicatrizante, no tratamento de doenças respiratórias, úlceras gástricas, dores musculares e reumáticas. De acordo com alguns autores, esses efeitos ainda necessitam de validação científica. Nessa espécie já foi identificada os carotenoides. Estes metabólitos conferem proteção pele impedindo a lipoperoxidação, evitando desta maneira a formação de radicais livres e consequentemente retardando envelhecimento cutâneo. Também foram demonstradas as atividades leishmanicida e antimicrobiana do extrato das folhas de pequi Diante do exposto, o presente resumo teve por objetivo analisar o efeito do óleo de pequi no processo cicatricial de lesões cutâneas em ratos, tratados com uso tópico do óleo mediante análise macroscópica e histopatológica do processo cicatricial até o 14º dia de pós-operatório. Metodologia- Este trabalho é de natureza revisional qualitativo. Pesquisa bibliográfica com artigos científicos presentes nas bases: Scielo, PubMed e BVS, entre os anos 2011 a 2018. Resultados e discursões- No grupo tratado com óleo de pequi nos diferentes tempos experimentais foi observado maior percentual de regressão das lesões em relação ao grupo controle (p < 0,05). Ocorreu diminuição da área das feridas ao longo do tempo e no décimo quarto dia pós-operatório a área encontrada apresentava médias de 0,775 cm² e 0,424 cm², para os grupos controle e tratado com óleo de pequi, respectivamente. No 7º dia a média do percentual de regressão foi de 39,3% no grupo C e 52,6% no T, resultados semelhantes ocorreram no 14º dia com 71,2% (C) e 84,1% (T). Percebeu-se, então que as feridas do grupo C permaneceram maiores que as do grupo T. Outro resultado encontrado foi, Ao exame macroscópico, no terceiro dia pós-operatório as feridas dos animais pertencentes ao grupo tratado com óleo de pequi e controle apresentaram-se hiperêmicas e com bordos edemaciados. No sétimo dia pós-operatório as feridas tratadas com óleo de pequi apresentaram-se recobertas por uma crosta fina, nivelada com a pele e sem evidências de inflamação, porém, estas alterações não foram observadas no mesmo período no grupo controle, cujas feridas permaneceram hiperêmicas, com bordos edemaciados e exudato purulento em três animais. Conclusão- A análise do processo de cicatrização sob os pontos de vista macroscópico e histológico permitiu concluir que o uso do óleo de pequi tem papel benéfico frente ao reparo tecidual, pois promoveu maior velocidade do reparo, fato evidenciado pelo fechamento mais rápido das feridas e observação de características inflamatórias reduzidas no grupo tratado em relação ao grupo controle, sugerindo que a inflamação pode já ter regredido no grupo tratado. No entanto, são importantes estudos complementares para determinar a validade da técnica além de isolamento de componente(s) da planta responsável pela influência positiva no processo de reparação de tecidos.

     
  • Palavras-chave
  • Cicatrização, cutânea e óleo de pequi
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Tecnologia Química e Bioquímica
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