Introdução e Objetivos: Após o início da vacinação em massa contra covid-19, vários artigos relataram o aparecimento de linfadenopatia relacionada a essa vacina. Nesse sentido, objetiva-se analisar o surgimento de linfadenopatia axilar e supraclavicular após vacinação contra covid-19. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, fundamentada em estudos do Medline (via PubMed) e utilizados os descritores: “covid vaccine”, “axillary lymphadenopathy” e “supraclavicular lymphadenopathy” no período de 2020-2022, sem restrições quanto ao tipo de estudo ou idioma, totalizando 14 artigos e selecionados 8, incluídos artigos que associam a linfadenopatia axilar à vacinação e preteridos os que versam sobre outras reações vacinais. Discussão: A linfadenopatia axilar unilateral é comum após a administração da vacina contra covid-19 e é atribuída à robusta resposta imune induzida pela vacina, com resolução espontânea em aproximadamente 10 dias. No ensaio Moderna, observou-se linfadenopatia axilar e supraclavicular de 2-4 dias após a vacinação em 1,1% dos participantes. No estudo Pfizer, verificou-se em 0,3% dos receptores de vacina. Em diferente estudo, os gânglios linfáticos eram ipsilaterais ao local da injeção da vacina, 70,8% dos pacientes desenvolveram linfadenopatia após a primeira dose e 29,2%, após a segunda. A ultrassonografia pode representar o método de imagem de primeira linha para avaliação devido à sua rapidez, baixo custo e repetibilidade, descrevendo características de tamanho, forma, morfologia, córtex-hilo, microvascularização e elastografia. Frequentemente, o aparecimento de linfadenopatias pós-vacinas covid-19 representou desafio diagnóstico com linfonodos anormais, observando-se características suspeitas de malignidade, sendo o acompanhamento ultrassonográfico fundamental. A fim de evitar avaliação equivocada da reação, a Sociedade Brasileira de Mamografia, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia orientam que exames de mamografia e ultrassom de mamas sejam realizados antes da primeira dose da vacinação contra covid-19 ou quatro semanas após a segunda. Considerações finais: Com a implantação em larga escala da vacinação contra covid-19, os médicos devem considerar a vacinação como possível causa de linfadenopatias axilares ou supraclaviculares. O conhecimento da história do paciente e dos achados radiológicos auxiliam no reconhecimento desse cenário clínico e na seleção de pacientes para acompanhamento ultrassonográfico.
É com muito prazer que apresentamos os ANAIS da V Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia e da Sociedade Alagoana de Ultrassonografia. Evento que tem se consolidado como um espaço importante de discussão científica, apresentações de trabalhos, negócios e troca de conhecimentos. Um puro Saber, Sabores e Lazer.
Nessa edição, a Jornada recebeu trabalhos nas nove áreas estabelecidas, que após a avaliação de nosso comitê científico, abrilhantaram nosso evento e resultaram na constituição desses anais. Foram aprovadas 23 pesquisas divididas entre os eixos temáticos.
Agradecemos a todos os participantes, organizadores, empresas, avaliadores e convidados, pela contribuição! Continuemos ainda mais engajados na produção do conhecimento e na consolidação dessa importante JORNADA para o SBUS/SAUS, para a Maceió/Alagoas e para a sociedade de um modo geral!
Comissão Científica
Md. Gustavo Cantarelli
Md. Adilson Cunha Ferreira
Md. Antônio Carlos Moraes
Md. Rejane Maria Ferlin
Md. Leonardo Piber
Md. Marcos Cintra
Me. Victor Lemos Tenório
contato@jornadasbus.com.br
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
