Resumo: Introdução: A gravidez na cicatriz de cesariana é considerada a forma mais rara de gestação ectópica. É um evento pouco divulgado, devido a sua raridade. No entanto, o número de casos vem crescendo, gradativamente, junto com o aumento das taxas de cesariana. Objetivo: Discutir incidência, diagnóstico e manejo da gravidez ectópica em cicatriz de cesárea. Metodologia: Foi feita uma revisão sistemática de publicações relacionadas ao tema, através de consultas nas bases de dados PubMed, Scielo, MEDLINE e LILACS. Discussão: O aumento global do número de cesarianas nos últimos anos trouxe algumas consequências, como o crescimento da taxa de acretismo placentário e placenta prévia. Outra grave consequência tardia é a gravidez ectópica em cicatriz de cesárea (GECC), que é uma complicação ainda incomum. Contudo, não existem dados que comprovem relação com o número de cesarianas prévias. A GECC ocorre em cerca de 1:2000 de todas as gestações no mundo e representa, em média, 6.1% das gestações ectópicas em pacientes com cesariana anterior. A realização da ultrassonografia endovaginal de alta resolução e do Doppler colorido passou a ser essencial para o diagnóstico da GECC, principalmente em associação com teste quantitativo de Beta hCG sérico. As principais opções terapêuticas para a GECC são: uso de metotrexato (local e sistêmico), histeroscopia, laparoscopia, embolização de artérias uterinas, aspiração e curetagem uterina. Estas podem ser empregadas de forma isolada ou associadas. Apesar de não haver consenso sobre o tratamento, a maioria dos serviços optam pela interrupção no início da gravidez, preferencialmente no primeiro trimestre, após o diagnóstico ultrassonográfico, pelo alto risco de mortalidade materna. Conclusões: Existem diferentes opções de tratamento da gestação ectópica na cicatriz de cesariana que devem ser avaliadas individualmente considerando risco cirúrgico, desejo de manter a fertilidade e experiência da equipe com a técnica escolhida. Em relação ao diagnóstico é indiscutível a importância da ultrassonografia endovaginal e do Doppler colorido, com o uso de critérios ecográficos rígidos. Para a diminuição da incidência de GECC, é preciso uma discussão sobre as consequências tardias da quantidade de cesarianas realizadas, sendo muitas delas sem indicação.
É com muito prazer que apresentamos os ANAIS da V Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal da Sociedade Brasileira de Ultrassonografia e da Sociedade Alagoana de Ultrassonografia. Evento que tem se consolidado como um espaço importante de discussão científica, apresentações de trabalhos, negócios e troca de conhecimentos. Um puro Saber, Sabores e Lazer.
Nessa edição, a Jornada recebeu trabalhos nas nove áreas estabelecidas, que após a avaliação de nosso comitê científico, abrilhantaram nosso evento e resultaram na constituição desses anais. Foram aprovadas 23 pesquisas divididas entre os eixos temáticos.
Agradecemos a todos os participantes, organizadores, empresas, avaliadores e convidados, pela contribuição! Continuemos ainda mais engajados na produção do conhecimento e na consolidação dessa importante JORNADA para o SBUS/SAUS, para a Maceió/Alagoas e para a sociedade de um modo geral!
Comissão Científica
Md. Gustavo Cantarelli
Md. Adilson Cunha Ferreira
Md. Antônio Carlos Moraes
Md. Rejane Maria Ferlin
Md. Leonardo Piber
Md. Marcos Cintra
Me. Victor Lemos Tenório
contato@jornadasbus.com.br
Ferramenta completa de submissão, avaliação e publicação de anais para eventos científicos.
